sexta-feira, 22 de maio de 2009

“Crash” é continuação de “Navalha na Carne”

No AMAZÔNIA:

Para a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), as prisões de ontem, realizadas pela Polícia Federal, são uma continuidade da operação 'Navalha na Carne', iniciada, no ano passado.
Desde então, aproximadamente 50 policiais civis e militares já foram presos, no Pará, acusados de envolvimento com o crime. Para a Segup, o objetivo é 'extirpar' dessas instituições policiais criminosos.
Em fevereiro de 2008, no primeiro dia da 'Navalha na Carne', as Polícias Civil e Militar prenderam 23 pessoas, entre as quais 13 policiais militares. Eles eram acusados de fazer parte de um grupo de extermínio com atuação na Região Metropolitana de Belém. Estimava-se naquela ocasião que, no mínimo, 50 pessoas poderiam ter sido eliminadas por esses matadores. Entre os detidos estava o major José Djalma Ferreira Lima Júnior, conhecido na corporação como Ferreira Júnior. Ele trabalhava até então na própria Segup, onde foi preso.
As investigações apontaram que os policiais militares cometiam esses crimes durante o horário de serviço. Ou seja, fardados, usando viaturas e armas da corporação.
Segup ignora Paradeiro de delegado acusado de corrupção
A Polícia Civil ainda não foi notificada sobre a decretação da prisão preventiva do o delegado de Tucuruí, Fábio Veloso de Castro, e até às 20 horas de ontem o policial continuava em liberdade. Ele é acusado de prevaricação e de receber suborno para libertar presos. A prisão foi decretada no dia 15 passado pelo juiz Cláudio Hernandez Silva Lima, titular da Vara Penal de Tucuruí.
Na noite de ontem, por telefone, o delegado Miguel Cunha, diretor de Polícia do Interior (DPI), disse que a Polícia Civil continua aguardando a notificação sobre a prisão, mas nenhum documento havia sido entregue a ele ou à Delegacia Geral. O delegado disse ainda não ter informações sobre o paradeiro de Fábio Veloso e que só poderá se pronunciar após a notificação.
Informações da assessoria de imprensa da Secretária de Segurança Pública (Segup) também confirmam que o delegado não foi encontrado e que nenhum advogado teria tentado contatar a Segup em nome de Fábio Veloso, para negociar uma possível entrega.
O delegado de Tucuruí é suspeito de, junto com o escrivão Cláudio Lúcio Araújo Paes, que já está preso, ter recebido dinheiro para liberar quatro homens presos com uma arma.
Mesmo sem ser comunicada oficialmente, a Polícia Civil nomeou como diretora interina da Seccional de Tucuruí, no lugar de Fábio, a delegada Rosinara Abreu. A ocasião em que assumiu a seccional, a delegada preferiu não comentar o pedido de prisão contra o colega.
Caso - A prisão preventiva dos policiais foi decretada com base na acusação de que Fábio Veloso e o escrivão possam ter recebido suborno para a liberação de Delides Buzzato, Juarez Matias da Silva, Paulo Robson Silva Barbosa e Raimundo Abreu Filho, presos, na semana passada, naquele município, com uma arma.

2 comentários:

Anônimo disse...

Poster, faltou informar de onde partiram os mandados de prisão.

Anônimo disse...

Desculpe, poster, vi que partiram de juiz estadual.