No UOL Esporte
O Corinthians e a BWA, empresa responsável pela fabricação e comercialização de ingressos para jogos do time, afirmam não serem responsáveis pela suposta grande quantidade de entradas falsas vendidas para a final do Campeonato Paulista, contra o Santos, no último domingo, no Pacaembu.
Segundo um dos orientadores das catracas de acesso ao estádio, estima-se que 5 mil bilhetes falsificados foram comercializados, o que provocou tumulto e protesto de torcedores, principalmente no portão principal. Para a Polícia Militar, esse número beirou os 10 mil. Segundo Bruno Balsimelli, sócio-proprietário da BWA, a quantidade de queixas sobre o assunto foi bem menor.
"Apareceram pouquíssimos casos, menos de 10 pessoas reclamaram no JECRIM (Juízado Especial Criminal). Em todos os casos as pessoas juravam que compraram ingressos em postos oficiais, mas depois caíam em contradição", diz o empresário, em entrevista ao UOL Esporte.
De acordo com Balsimelli, as adulterações das entradas foram feitas exclusivamente por cambistas e não há a possibilidade de terem partido de postos oficiais de venda. "A máquina não imprime ingresso falso. Os cambistas pegam ingresso de outro evento que não conseguiram vender e usam adesivo ou cola para fazer um novo."
A versão é corroborada pelo promotor público Paulo Castilho, que tem atuado na questão da segurança dos estádios e esteve no Pacaembu. "Os [ingressos] que eu vi eram todos falsos. Para você ver se um ingresso da BWA é falso, basta você por no meio das duas mãos e amassar. O original abre inteiro, e o falso fica igual folha de papel amassada."
Balsimelli diz ainda ter sido cumprimentado após o jogo pelo presidente corintiano, Andrés Sanchez, por ter barrado a entrada de ingressos falsos. E aponta alguns clarões na arquibancada verde como atestado de idoneidade da ação de sua empresa na final do Paulista.
"Deixamos dois mil lugares vagos para respeitar a lei municipal [nº 11.256, que autoriza entrada gratuita de menores de 12 anos e maiores de 60 em espetáculos públicos]. Se tivesse havido uma evasão, estaria tudo lotado", afirma. "Além disso, 84% dos ingressos vendidos foram de inteira e só 16% de estudantes."
O supervisor de arrecadação do Corinthians, Lúcio Blanco, diz que o clube não se manifestará sobre o assunto por não ter qualquer responsabilidade na emissão de ingressos falsos. E afirma também que se disponibilizou a acompanhar as vítimas ao distrito policial para elaboração de boletim de ocorrência, o que não teria sido aceito por nenhum torcedor.
Os ingressos para a decisão foram vendidos na bilheteria na quarta-feira passada e esgotaram-se em 1h30, o que também gerou confusão por parte dos torcedores que aguardavam nas longas filas. Cerca de 17 mil bilhetes já haviam sido adquiridos antecipadamente pela internet, seja pelo site "Ingresso Fácil" ou pelo programa "Fiel Torcedor".
Um comentário:
Será que é a mesma "thurma" que também "trabalha" nesse ramo aqui por Belém há anos sem que ninguém descubra a sacanagem???? será???
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