sexta-feira, 22 de maio de 2009

Comando está em boas mãos

No AMAZÔNIA:

Mesmo com o técnico Édson Gaúcho suspenso por 30 dias, os jogadores do Paysandu não estarão livres de levar uma dura, se as coisas não estiverem andando bem para o time nos jogos da Série C do Brasileiro. O substituto do treinador à beira do gramado, o auxiliar-técnico Édson Júnior, filho de Gaúcho, tem estilo de trabalho bem parecido com o do pai.
'Se duvidar, ele é até mais rigoroso do que o Édson', conta o goleiro Rafael Córdova. Na avaliação do arqueiro, a ausência do treinador não deverá ser tão sentida pela equipe. Ele explica: 'Antes do jogo, há a preleção, quando o Gaúcho diz como quer ver o time jogando', conta.
As orientações do treinador não ficam restritas aos momentos que antecedem aos jogos. 'No intervalo, ele consegue falar com a gente e dizer o que tem que se fazer no segundo tempo', informa Córdova.
Impedido de ir ao vestiário no intervalo, o treinador adota o famoso 'jeitinho brasileiro', usando o viva-voz do telefone celular para orientar seus comandados. A estratégia foi adotada pela primeira vez no segundo jogo da decisão do Parazão, contra o São Raimundo, quando Gaúcho já cumpria a suspensão provocada pela expulsão contra diante da Pantera, no jogo em Santarém.
Como costuma trabalhar lado a lado com Gaúcho nos treinamentos diários, os jogadores do Papão já estão acostumados com o estilo de Édson Júnior, conforme revela Córdova. 'Nos treinos, mesmo o Édson normalmente é exigente, cobrando dos jogadores. Nas partidas, mesmo quando ele não está encarregado de substituir o treinador, o comportamento é o mesmo', diz.
O departamento jurídico do Paysandu até que tentou transformar a pena do treinador em ação social, mas o pedido foi indeferido pelo presidente do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), Alberto Vasconcelos.
Impedido de estar ao lado de seu time na beira do gramado, mais uma vez, Gaúcho assistirá aos jogos da cabine do Mangueirão. As orientações ao seu substituto serão transmitidas via walk talk. Apesar de garantir o contato com os comandados, Gaúcho não deve estar nada satisfeito em ter de ficar longe do grupo.
Na final do Parazão, depois de o título estar garantido, o treinador admitiu na entrevista coletiva que a experiência não foi nada positiva. 'Foi duro ter de ficar distante. Nunca havia participado de um jogo decisivo nestas condições', contou.

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