quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Coordenador da Abin deu à PF nomes de arapongas

Na FOLHA DE S.PAULO:

A operação da Polícia Federal que, na semana passada, apreendeu documentos e computadores em casas e locais de trabalho de servidores da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) fez estremecer as relações entre os dois órgãos. A Abin e a associação de servidores reclamaram da exposição de agentes e da apreensão indiscriminada de documentos.
Relatório que integra a investigação revela que partiram de um alto funcionário da Abin os nomes e lotações de servidores da agência que passaram a ser ouvidos pelo delegado da Corregedoria da PF que toca o inquérito, Amaro Vieira Ferreira.
Durante depoimento, o então coordenador de operações de Contra-Espionagem da Abin, José Ribamar Reis Guimarães, entregou à PF "uma tabela" com os nomes de pelo menos 61 servidores da agência que participaram da Operação Satiagraha, alvo de investigação da Corregedoria.
Guimarães, segundo relatório da PF entregue à Justiça Federal, "tinha por responsabilidade todas as operações de contra-espionagem da Abin, cujos planos de operação fossem de Brasília".
De acordo com o relatório de Amaro, Guimarães "apresentou relato coerente dos trabalhos realizados pelo pessoal da Abin, nesse apoio à PF, tendo identificado nominalmente os servidores designados para o trabalho, indicando inclusive períodos de atuação, deixando claro que houve mobilização de diversos servidores, de diversas unidades da Federação, para compor equipes específicas".
A tabela relacionou servidores lotados nas superintendências da Abin de Brasília, PR, MG, RS, PA, CE, BA, MA, RJ, GO e MS.

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