Da jornalista Franssinete Florenzano, sobre a postagem A escola. Onde mesmo está a escola? Escola de quê?:
A escola, como ponto nevrálgico de qualquer sociedade, está com suas feridas expostas, sangrando em praça pública. Não é possível continuar assim. Atingida violentamente pela crise ética, pela falta de uma política consistente para a Educação, pela ausência do Estado e da família, a escola é o reflexo concentrado do que vivemos. Além de todas as situações de que falamos, há as meninas que faltam à escola porque são exploradas sexualmente pelas próprias famílias (não, isso não é um triste e pavoroso privilégio do Marajó), que as entregam a vizinhos e estranhos para sessões de horror em troca de comida. Como eu sei disso? Procurei saber. Que tal o Ministério Público, o Juizado da Infância e da Juventude, a Polícia, os Conselhos Tutelares também procurarem saber? É só conversar com abnegados professores que, mesmo ganhando salário incompatível com sua enorme missão, se dispõem a visitar os alunos que faltam seguidamente às aulas. Há os que, ao chegar à casa de uma criança de 11 anos, viram uma fila de curiosos olhando, através de um buraco na parede da casa de barro, a menina ser violentada por um velho contumaz na prática, combinada com a mãe da garota. Isso nos confins do nosso Pará? Não. Na periferia de Belém.
Esse horror não pode continuar! A tragédia é diária e, sem providências, só pode piorar. Não podemos fazer de conta que não existe. Também somos responsáveis. Se todos denunciarmos e cobrarmos ações das autoridades, há de acontecer algo de bom.
3 comentários:
Nesse contexto, ajuda bastante deixar as crianças longes da TV - ou, ao menos, selecionar com extremo rigor a programação a que os filhos podem assistir. Com raríssimas exceções, os programas das grandes redes são verdadeiras aulas de como jogar no lixo o caráter, a ética e toda gama de valores morais que sustentam uma sociedade digna e próspera.
Os pais também precisam ensinar aos filhos que é preciso ter critério para as amizades, para que as crianças e adolescentes tenham discernimento e saibam definir quem pode ou não entrar no seu círculo de amizades.
Agora, quantos pais ligam pra isso, hoje em dia? Poucos, muito poucos.
Poi é, Anônimo.
Isso é importante: as omissões dos pais também contribuem os desvirtuamentos da educação.
Vou postar seu comentário no blog, ao longo desta terça, por ser relevante para o debate.
Abs.
Ops! Eu digitei "longes"... foi um lapso.
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