quinta-feira, 10 de abril de 2008

Prefeita de Santarém diz que pode administrar hospital

No AMAZÔNIA:

A Prefeitura de Santarém resolveu intervir e chamar para si a responsabilidade de colocar em pleno funcionamento O Hospital Regional Público do Oeste, obra que custou mais de R$ 84 milhões e foi inaugurada por duas vezes. Fatia do PMDB, por meio da Secretaria de Saúde do Estado (Sespa), a administração do Hospital Regional tem dado muita dor de cabeça ao governo do Estado, além de deixar revoltados médicos e a população santarena, que já se cansou de realizar protestos pedindo o seu pleno funcionamento.
A prefeita Maria do Carmo fez a proposta à Laura Rossetti em Belém. 'Ela ficou um pouco espantada e disse que iria estudar a possibilidade', disse a prefeita, acrescentando que a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) está capacitada para gerenciar o hospital. 'Se ela quiser, nós administramos o Hospital Regional. É o papel que eu devo fazer neste momento. Começamos a atender 120 pessoas por dia hoje no Pronto-Socorro Municipal e, hoje, atendemos cerca de 400 pacientes todos os dias. Se o governo do Estado topar, eu aceito', completou a gestora.
O hospital vai passar por nova mudança em sua administração; já é a terceira no governo de Ana Júlia Carepa. A primeira aconteceu quando a Sespa aboliu o sistema de gestão pela OS (Organização Social de Saúde). 'Sabemos que o governo do Estado tem capacidade para isso, mas acho que deveria tomar essa postura. É um momento importante para darmos a resposta para a população na área de saúde. Não é a primeira vez que eu faço isso. No momento de transição, a proposta foi feita, mas o governo entendeu, à época, que a gestão deveria ser feita por uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público)', argumentou a prefeita.
Enquanto o hospital não funciona em sua plena capacidade, máquinas que chegaram a custar R$ 1 milhão estão se deteriorando com o tempo e abandono. O hospital deveria atender mais de 15 municípios do oeste paraense em casos de média e alta complexidade. Ele possui 100 leitos para internação e mais 20 para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

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