Na FOLHA DE S.PAULO:
O PT de Belo Horizonte oficializou ontem a resistência e o confronto com a Executiva Nacional da sigla ao aprovar moção de "repúdio e indignação" contra a cúpula do partido que proibiu aliança com o PSDB do governador Aécio Neves, aliado do prefeito da capital mineira, Fernando Pimentel (PT).
Por ampla maioria dos 406 delegados do encontro municipal, foi aprovada a moção, seguida de discursos recheados de palavras contra a Executiva. No ato, também foi aprovado o nome de Márcio Lacerda (PSB), secretário no governo Aécio, como o candidato da coligação. O deputado estadual petista Roberto Carvalho foi indicado para a vaga de vice.
Pimentel responsabilizou petistas de "São Paulo e do Rio Grande do Sul e de outro Estado" pelo que chamou interferência nas decisões de Belo Horizonte. "Não vamos tolerar."
A moção ressalta as alianças feitas nos últimos 16 anos, tempo que o PT comanda a prefeitura, e encerra falando em "não medir esforços e ações" para garantir a aliança, embora em nenhum momento tenham sido citados o PSDB e Aécio.
"Repudiamos com indignação qualquer postura autoritária, antidemocrática, sectária, pré-concebida e pré-determinada que venha se contrapor aos interesses da cidade e do partido, desrespeitando o seu órgão máximo de decisão, que é o encontro de delegados do município." Diz ainda a nota: "É por essa razão que repudiamos a orientação isolacionista e a tentativa de impor uma tática eleitoral hegemonista e excludente, que nada tem a ver com a cidade e conflita com o desejo explícito da população e da base partidária. Não mediremos esforços e ações para assegurar o melhor para a cidade e para o partido".
Pimentel, ao discursar, criticou o fato de os dirigentes petistas, "muitas vezes ocupados com os assuntos de Brasília e de outros lugares do Brasil", não prestarem atenção no que é feito na capital mineira e "atropelam a vontade da cidade".
"Não podemos aceitar e admitir, não vamos tolerar que venham nos dizer, lá de São Paulo, do Rio Grande do Sul, do outro Estado da Federação -que têm trajetórias políticas diferentes das nossas, e menos exitosas e vitoriosas-, o que é que temos que fazer."
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