domingo, 27 de abril de 2008

Envolvida na morte de defensora pública é presa

No AMAZÔNIA:

A Polícia Civil prendeu, na noite de sexta-feira, Diana Kelly Ferreira dos Santos, de 21 anos, que confessou ter participado do assassinato da defensora pública Vera Ximenes Pontes, no dia 10 deste mês. Agora, são cinco pessoas presas sob acusação de envolvimento no latrocínio. Outros dois mandados de prisão deverão ser cumpridos em breve, de acordo com o delegado Robério Pinheiro, diretor da Seccional de São Brás.
Diana Kelly foi presa enquanto fazia escova no cabelo em um salão de beleza na avenida Independência, bairro da Cabanagem. Ela se preparava para ir a uma festa de aparelhagem, segundo suas próprias palavras. Embora sua casa fosse no Guamá, ela estava morando temporariamente no bairro do Bengui, em endereço desconhecido pela polícia. 'Conseguimos pistas, mas não sabíamos exatamente onde ela estava. Mas a ajuda de informantes foi suficiente para efetuarmos a prisão dela em trânsito, não muito longe do Bengui', explica o delegado Éder Mauro, um dos componentes da força-tarefa da Polícia Civil para desvendar o crime.
A versão de Diana Kelly é bem próxima do que contaram os quatro primeiros presos pelo crime, Alan Sidclay Pinheiro Gouveia, Rodrigo Nascimento Gusmão, Willames Magalhães Costa e Marcelo Teles Cardoso. Ela apenas negou que estivesse com a arma, como haviam dito seus quatro comparsas, presos há quase duas semanas. Em vez disso, seria Rodrigo quem empunhava o revólver, de acordo com a acusada. Ela também disse não ter amarrado ou sufocado a vítima. Sua função teria sido apenas se passar por alguém que precisava da defensora para um caso judicial. 'Como eu sou mulher, o pessoal achou que seria mais difícil de a defensora desconfiar de alguma coisa', explica.
Diana conta que ela e Rossi (Rosivaldo da Silva Pereira, um dos procurados pela polícia) bateram na porta da casa e ele disse que precisava de ajuda para uma tia que não tinha advogado. Assim que eles foram autorizados a entrar, outros três membros da quadrilha aproveitaram para invadir e anunciar o assalto. A partir daí, Diana teria ficado no pátio da residência, apenas esperando, em uma posição que nem chegava a ver a defensora. 'No começo, ouvia ela gritar. Depois, parou e quando saí, achei que estivesse só desmaiada', diz.
Na mesma noite o bando descobriu pela imprensa que a vítima estava morta. Diana diz ter recebido apenas R$ 100 pela sua participação no crime, quantia entregue em sua casa dias depois. Entretanto, o que fora combinado anteriormente por Alan, pessoa que lhe fez a oferta de participar do assalto, é que os R$ 10 mil que estavam na casa da vítima seriam divididos igualmente com todos.
Diana já estava com prisão preventiva decretada pela Justiça por conta do latrocínio, mas é acusada também de outros assaltos. Ela confessa ter participado do roubo ao Banpará da avenida Almirante Barroso, no ano passado. Enquanto respondia a esse processo criminal, fugiu pelo telhado da Delegacia do Marco, onde estava presa, um dia antes de ser expedido seu alvará de soltura. Antes disso, ela diz ter cometido apenas outro assalto menor.

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