Na FOLHA DE S.PAULO:
No dia em que a pesquisa CNT/Sensus apontou que 50,4% dos eleitores aprovam um terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, em Guarulhos, que nenhum governante consegue "fazer tudo em oito, nove ou dez" anos.
Ao lembrar que faltam 32 meses para deixar o cargo, Lula afirmou esperar que o país não sofra um retrocesso. "Quem vier depois de mim, só tenho que pedir a Deus para que seja uma pessoa até mais abençoada do que eu."
Após ter vistoriado as obras de um conjunto habitacional com apartamentos de 40 m2, o presidente avistou uma mulher empunhando uma bandeira com a frase: "Vou ser presa, mas não moro em gaiola".
Em resposta, o petista contou um incidente em 1971, durante o velório da primeira mulher dele, numa casa comprada em São Paulo. "Entraram umas 20 pessoas na sala. Sabe o que aconteceu? O assoalho afundou, aí caiu o caixão. Tivemos que mudar de quarto."
Disse que depois se mudou para uma casa em São Bernardo do Campo (SP), de 33 m2. "Era menor do que essa daqui. E lá eu tive, com a Marisa, todos os nossos filhos. Depois a gente vai ganhando um dinheirinho, vai aumentando um quarto, vai aumentando um outro quartinho, vai fazendo um banheiro novo. É assim que o pobre constrói a sua vida."
Segundo Lula, para quem morou em favela, é quase que chegar perto do céu ter "uma casinha de alvenaria".
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