sábado, 26 de abril de 2008

Polícia diz que havia vômito na camisa do pai

Na FOLHA DE S.PAULO:

Alexandre Nardoni, 29, não soube explicar à polícia como resquícios de vômito de Isabella, provocado pela asfixia que ela sofreu, apareceram em sua camiseta. Alexandre também se atrapalhou ao calcular o tempo que a menina ficou sozinha no apartamento.
É o que mostra o teor do depoimento do pai de Isabella, revelado ontem pelo "Jornal Nacional", da TV Globo.
A TV Globo também teve acesso ao interrogatório de Anna Jatobá, 24, mulher de Alexandre e madrasta de Isabella. Os dois únicos suspeitos do crime ficaram 17 horas na delegacia, nos últimos dias 18 e 19, para serem interrogados.
Os depoimentos mostram que o delegado titular do 9º DP, Calixto Calil Filho, que preside o inquérito, e sua assistente, Renata Pontes, usaram informações de laudos periciais para fazer perguntas aos suspeitos.
A defesa reclamou que os laudos não poderiam ter sido usados porque não tinham sido anexados oficialmente ao inquérito policial até aquela data.
Além do vômito na camiseta, a polícia também citou durante o depoimento o tempo entre o carro da família chegar à garagem e a menina ter sido jogada -que seria de 13 minutos-, marcas de sangue lavado encontradas na sala do apartamento e o sangue de Isabella no carro, entre outras informações da perícia.
Em parte das perguntas, os delegados mostram claramente que querem flagrar contradições do casal. Primeiro, questionam os dois sobre algum fato. Depois, confrontam as respostas com laudos.
A reportagem tentou, sem sucesso, contato com os advogados do casal. No depoimento, como em outras circunstâncias, Alexandre e Anna Jatobá negaram ter cometido o crime.
A Folha ouviu peritos que participaram da elaboração dos laudos a respeito do crime que relataram que não há informação nos documentos de que tenha sido encontrado vômito na roupa de Alexandre.

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