No ESTADO DE S.PAULO:
Das 80 diretorias, gerências e assessorias graduadas da Petrobrás e suas subsidiárias, 17 foram entregues ao PT e a sindicalistas ligados ao partido, duas ao PMDB e duas ao PP. O restante é ocupado por funcionários de carreira. O presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, e a diretora de Gás e Energia, Maria das Graças Silva Foster, foram nomeados pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a preferida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sucedê-lo.
No dia 6, o PT emplacou mais um militante na presidência da Petrobrás Biocombustível, a caçula das coligadas. Miguel Rossetto, ex-ministro de Desenvolvimento Agrário, substituiu Alan Kardec Pinto, que se aposentou.
A Petrobrás Biocombustível deverá assumir gradativamente as operações de logística de etanol e biodiesel e quer administrar os futuros dutos e terminais portuários que serão construídos pela Petrobrás. A empresa planeja também entrar na área de distribuição, o que lhe permitiria negociar os contratos com os grandes consumidores no mercado doméstico e as tradings internacionais.
O PT controla ainda a secretaria-geral da Petrobrás e as gerências de novos negócios, recursos humanos, comunicação institucional, exploração e produção corporativa. Tem a presidência da Petroquisa e a presidência da BR-Distribuidora.
Dos sete cargos da diretoria executiva da Petrobrás, cinco foram entregues a petistas: a presidência e as diretorias Financeira e de Relações com Investidores (Almir Guilherme Barbassa), Exploração e Produção (Guilherme de Oliveira Estrella), Gás e Energia (Maria das Graças) e Serviços (Renato de Souza Duque).
Ao PMDB foi dada a Diretoria da Área Internacional (Jorge Luiz Zelada) e ao PP a Diretoria de Abastecimento (Paulo Roberto Costa). Essa predominância petista levou o PMDB a tomar posições radicais, como a exigência de que o petista Guilherme Estrella seja substituído por Paulo Roberto Costa para que o partido possa ter um comportamento favorável ao governo na CPI da Petrobrás. Costa foi indicado pelo PP, mas agora é defendido pelos peemedebistas.
O PMDB já tinha garantido a presidência da Transpetro - a subsidiária que cuida dos transportes para a Petrobrás - para o ex-tucano e ex-senador Sérgio Machado (CE) por imposição do grupo comandado pelo presidente do Senado, José Sarney (AP) e pelo líder do partido no Senado, Renan Calheiros (AL).
Para não ficar atrás, o PT assegurou para si a presidência de outra estatal coligada, a BR-Distribuidora. O partido tirou do cargo Luiz Rodolfo Landim Machado, um técnico de carreira, e pôs no lugar o ex-senador petista José Eduardo Dutra, o primeiro a ser nomeado presidente da Petrobrás, logo que Lula tomou posse. Dutra afastou-se da empresa para disputar o governo de Sergipe, mas perdeu a eleição.
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