No AMAZÔNIA:
O promotor de Justiça, Augusto Sarmento, considerou um ato criminoso a forma como integrantes de vários movimentos sociais ocuparam no final do mês passado a área das esclusas da hidrelétrica de Tucuruí. Ele denunciou à Justiça 21 pessoas pelos crimes de esbulho possessório, incitação ao crime, invasão de estabelecimento industrial, dano, desobediência e lesão corporal.
De acordo com a denúncia, a área foi invadida no dia 24 de abril e os denunciados, liderados por Roquevam Alves Silva, Esmael Rodrigues, Oderico Monteiro e Maria Edna, determinaram a paralisação das atividades desenvolvidas por trabalhadores da empresa Camargo Côrrea, nas obras das esclusas de Tucuruí, que integram uma área de preservação ambiental permanente.
Sobre as quatro pessoas, tidas como líderes do movimento, o promotor diz que 'é notório em toda a região, sempre conduzido e organizando diversos atos de reuniões e até de outras tantas manifestações sempre voltadas em mobilizar
grandes massas sociais que, em regra, acabam sendo utilizadas pelos mesmos como ‘massa de manobra’, não raro, voltadas a prática de crimes'.
Sarmento argumenta que o pergio da invasão era iminente e real, não só para o andamento da obra, mas com o risco de morte para os invasores e população do entorno. 'É que a fábrica de gelo, necessária para misturar o concreto - mistura de cimento, gelo e agregados tem um reservatório com 7,5 toneladas de amônia, produto de alta toxicidade, explosivo e letal. Se os invasores causarem vazamento da substância, resultará num acidente ambiental de proporções catastróficas', diz o representante do Ministério Público Estadual (MPE).
O promotor diz ainda que os denunciados se negaram a falar diante da autoridade policial, mas não restam dúvidas das responsabilidades diante do fato.
Um comentário:
Parabéns ao MP!!!!
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