No AMAZÔNIA:
Até há bem poucos dias muitos remistas sustentavam, quase em segredo, a expectativa de que poderiam participar da Série D do Campeonato Brasileiro. Primeiro vieram com o argumento de que poderiam herdar a vaga de um desistente da competição, grupo numeroso. Depois foi a proposta de aumentar de 40 para 48 o número de participantes da competição nacional. Uma a uma essas idéias mirabolantes caíram por terra. Mas, ainda havia a tal esperança guardada em silêncio. Qual seria essa? Por mais ironicamente que possa parecer, essa alternativa respondia pelo nome do principal algoz do Leão Azul na competição: São Raimundo.
Para muitos azulinos, a desistência do clube na luta por impedir o segundo jogo da decisão do returno em Santarém teve muito mais do que os propalados interesses políticos, e sim uma provável desistência da Pantera. A Série D só tem como atrativo a chance de subir para a C, já que a competição é totalmente deficitária financeiramente, com os custos sendo bancados pelos clubes. Como o Remo tem melhores condições financeiras devido aos patrocínios, esperava-se que o São Raimundo se desse por satisfeito com a Copa do Brasil. Mas essa teoria tem um furo importantíssimo, pois esqueceram de avisar o clube santareno.
Não se sabe se havia alguma dúvida em Santarém, mas depois do primeiro jogo decisivo do Parazão, no qual o Papão ficou com as duas mãos na taça, já se fala em Brasileirão no São Raimundo. 'Não há como negar que depois dessa derrota o planejamento foi apressado. Já estamos conversando sobre a competição. O São Raimundo vai fazer um bom papel e vamos entrar para disputar uma boa colocação, não para fazer número', observou o técnico Válter Lima, o primeiro a confirmar que permanecerá no barco.
Sem chances para especulações, a diretoria alvinegra trata agora de tentar achar reforços para a competição nacional. Os primeiros alvos são dois ex-azulinos. O volante Beto e o centroavante Edinho foram procurados pelos dirigentes, mas, por enquanto, ainda não acertaram. A procura é acelerada, por mais que a estreia na quarta divisão seja apenas no começo de julho. O problema é que o elenco deve perder algumas de suas principais peças.
O meia Michell está com um pé na Curuzu e o centroavante Hélcio, artilheiro do Parazão, ainda não renovou e nem sabe se vai. 'Conversei com os dirigentes do Paysandu, mas ainda não assinei nada. Meu foco estava somente na decisão', disse Michell. 'É bom ter o trabalho reconhecido. Sinal que estou no caminho certo', completou o jogador.
Hélcio garante que não tem proposta alguma por enquanto, nem do próprio São Raimundo. 'Por enquanto não houve uma conversa oficial. O pessoal comenta aqui que seria interessante minha permanência. Mas por hora nem o São Raimundo ou outro time me procurou', explicou o centroavante, negando também que teria sido sondado pelo Águia.
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