sábado, 9 de maio de 2009

Interior adere à greve

No AMAZÔNIA:

Pelo menos doze municípios paraenses, contando com a capital do Estado, já aderiram à greve na rede pública estadual de ensino promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Pará (Sintepp). Segundo o sindicato, as aulas já foram suspensas em Maracanã, Salvaterra, Soure, Curralinho, Primavera, Salinópolis, São Geraldo do Araguaia, Conceição do Araguaia, Tailândia, Paragominas e Bujaru, acompanhando a paralisação deflagrada pela classe em Belém na última quarta-feira. Além disso, assembleias transcorrem hoje e amanhã no interior para confirmar mais adesões. A expectativa do Sintepp é que metade dos 143 municípios do Estado paralisem até o final da próxima semana.
No segundo dia de greve em Belém, escolas voltaram a ficar vazias e professores continuaram a rodada de debates sobre as exigências da classe. Só que a chuva que caiu durante a manhã, aliada à falta de ônibus, impediu o plano dos grevistas de se reunirem com pais e alunos nas escolas - ideia que ficou definida desde a assembleia que aprovou a paralisação, realizada em frente à Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof) à manhã de quarta-feira.
Segundo a coordenadora do Sintepp, Conceição Holanda, a greve dos rodoviários faz com que ainda não haja números precisos sobre a adesão das escolas estaduais na capital. 'Nossos planos de discutir a greve com os coordenadores, pais e alunos foi por água abaixo. A gente esperava que os ônibus fossem voltar a circular hoje (ontem), mas infelizmente não aconteceu. Desse jeito, nem dá para mensurar o nível de apoio que temos da comunidade, por exemplo', disse. 'Só com o fim da greve dos rodoviários é que vamos ter um retrato da situação', concluiu.
O Governo do Estado ainda não sinalizou acatar as propostas da classe - as principais são reajuste salarial de 30%, auxílio alimentação de R$ 300 e melhoria na qualidade de ensino e segurança escolar -, o que impede que haja previsão para a volta das aulas na rede pública. 'Não recebemos uma única ligação do governo desde que paramos. É sinal de que eles não se importam', reiterou Conceição.

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