No AMAZÔNIA:
Oito possíveis casos de gripe suína estão sob investigação no Instituto Evandro Chagas, em Belém. Nenhum deles envolve paraenses. Estão sendo analisadas quatro amostras do Amazonas, três do Rio Grande do Norte e uma proveniente do Ceará. De acordo com o vice-diretor do instituto, Wyller Alencar de Melo, este número irá aumentar já que amostras coletadas na Paraíba devem chegar hoje. Além do Pará, o Evandro Chagas atende à demanda de oitos Estados brasileiros isso porque no Brasil, apenas três laboratórios públicos estão habilitados a diagnosticar a doença: Instituto Evandro Chagas (PA), Instituto Adolf Lutz (SP) e Fundação Oswaldo Cruz (RJ).
Até agora, o Pará apresentou apenas um caso suspeito da doença - que segundo determinação do Ministério da Saúde, passa a se chamar influenza A e não mais gripe suína -, porém já descartado, segundo Wyller Alencar. Ele afirmou acreditar na rápida produção de uma vacina para combater o vírus. 'As vacinas contra gripe demoram em média seis meses para serem produzidas, mas acredito que com ajuda da engenharia genética esse tempo possa ser reduzido drasticamente', declarou. Porém, de acordo com o presidente do único laboratório da América Latina com capacidade para produzir o medicamento, o Instituto Butantan, em São Paulo, os avanços da engenharia genética podem esbarrar na burocracia.
Isaías Raw, diretor-presidente do Butantan, afirma que o instituto já possui a tecnologia para a produção do medicamento, no entanto, 'para receber amostras do vírus da gripe suína, ou qualquer material genético ou transgênico, precisamos de uma autorização da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Isso poderia levar dois meses. Nesse caso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) poderia autorizar em regime de urgência a entrada das amostras de vírus para que as pesquisas comecem', diz Raw.
De acordo com o diretor, receberiam a vacina, pessoas que tiveram contato com infectados pelo Influenza A. 'Seria uma vacina para conter a propagação da gripe suína. É diferente da vacinação que fazemos com os idosos, que é preventiva. Com isso, não seria necessário um grande número de doses', afirma Raw. As atuais vacinas contra a gripe, inclusive a que está sendo distribuída para a população idosa do Brasil, não previne contra a Inflenza A.
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