No AMAZÔNIA:
Um assalto com dez reféns a uma serraria na tarde de ontem terminou com duas pessoas baleadas - um policial e um assaltante - e um bandido morto. O crime aconteceu na Estrada do Maracacuera, no Distrito Industrial de Outeiro, e começou por volta das 16 horas. O atentado mobilizou duas viaturas da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam) e quatro viaturas do 10º Batalhão da Polícia Militar, de Icoaraci. O coronel Barata, comandante do Batalhão, foi o responsável pela operação de rendimento de Eduardo Nazareno Silva Reis, o 'Guto', 27, que manteve, sob a mira de um revólver calibre 38, funcionários e compradores de uma outra serraria à frente da serraria assaltada. Nenhum refém saiu machucado e o caso foi registrado na Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio de Icoaraci.
De acordo com testemunhas, o assalto começou pouco antes das 16h, em uma serraria bem ao início da Estrada do Maracacuera. Três homens se apresentaram à portaria e perguntaram pelo escritório, imaginando ser ontem dia de pagamento - e não era. 'Nós percebemos a situação e avisamos à polícia, havia um posto policial bem perto dali', disse uma testemunha que não quis se identificar. Na tentativa de fuga, ainda segundo testemunhas, os três teriam rendido o motorista de um caminhão da Trans Cabral Service e tomado o veículo de assalto. 'Nesse momento, a polícia chegou e começou a troca de tiros entre bandidos e polícia', afirmou a mesma testemunha, versão confirmada pelo Cabo Abreu, da Rotam. Um integrante do trio de prenome 'Carlos' foi atingido e morto, enquanto que outro, conhecido como 'Pepê', foi baleado e encaminhado para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE). O soldado Alan, da PM, foi atingido na perna e também encaminhado para o HMUE. A polícia não encontrou documentos com os dois assaltantes e estava em busca de descobrir a real identidade de ambos.
Já o terceiro integrante do bando, que seria Eduardo, teria saído correndo e entrado na guarita de uma serraria logo à frente. Foi nesse momento que, com a arma em punho, ele fez dez reféns no local, entre funcionários e compradores. Policiais cercaram a área e começaram as negociações com Eduardo, que exigiu a presença de familiares e da imprensa para se entregar. Às 16h50, chegaram a irmã de Eduardo, identificada como 'Lene' e a esposa dele, que não quis se identificar e nem falar com a imprensa. As duas choravam muito, principalmente a irmã, e foram levadas para onde Eduardo fazia os reféns, para um rápido diálogo.
Aniversário - Antes de se entregar, Eduardo chegou a liberar três reféns. Sandoval Melo dos Santos, vigilante da serraria onde Eduardo se abrigou, foi o terceiro a ser solto e contou que o assaltante estava calmo e prometeu não machucar ninguém. 'Ele não nos ameaçou em nenhum momento. Entrou pela porta da frente, anunciou o assalto, mas disse que estava fazendo aquilo para se proteger. Disse também que era aniversário dele e que precisava do dinheiro', revelou a vítima.
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