No AMAZÔNIA:
Professores da rede estadual de ensino dos municípios de São Miguel do Guamá, Irituia, Mãe do Rio, Aurora do Pará, Ipixuna do Pará e Paragominas - que completam hoje 15 dias de greve - fecharam, às 9h10 de ontem, e por cerca de hora e meia, a rodovia federal BR-010 (Belém-Brasilia). Eles protestavam por melhores salários, assim como pela melhoria das condições de trabalho para servidores e alunos, com a construção e reforma das escolas estaduais localizadas naquelas cidades do nordeste paraense, boa parte delas, segundo os manifestantes, já sem nenhuma condição de abrigar alunos e professores. Além da efetivação de um sistema de transporte escolar para os alunos da zona rural, que estão perdendo muitas aulas porque não têm outra maneira de se deslocarem de suas casas até o centro da cidade, onde ficam as escolas estaduais.
Os manifestantes também exigiam maior valorização dos servidores da educação, principalmente no que se refere às demissões dos professores temporários, 'que foram distratados sem direito a receber nada, mandados embora com a desculpa de que seriam substituídos pelos concursados', disse uma professora que participou da manifestação.
O bloqueio da Belém-Brasilia provocou longas filas dos dois lados da pista, e ainda geral revolta entre as pessoas que passavam de carro pelo trecho da rodovia interditado durante o protesto dos professores. Dentre elas, um juiz que não quis se identificar. Ele considerou 'um absurdo' o fechamento daquela rodovia federal.
Durante o protesto, um dos manifestantes, identificado como Delcio dos Reis, que não teve a idade revelada e seria aluno do município de Irituia, acabou sendo preso depois que discutiu com o promotor que se identificou apenas por Botelho, também daquela Comarca. Delcio chegou a ser algemado por policiais rodoviários federais, mas os professores passaram a exigir, como moeda de troca pela desobstrução da rodovia, a libertação do estudante, o que acabou acontecendo.
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