sábado, 31 de janeiro de 2009

Lula lança Dilma em Fórum Social Mundial

No AMAZÔNIA:

A presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem ao Conselho Internacional do Fórum Social Mundial (FSM), em Belém, que na próxima edição do evento, prevista para 2011, deverá ser substituído pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Acompanhado de vários ministros, Lula só passou a palavra para Dilma. Pediu que ela anunciasse algumas medidas na área de comunicação, de interesse das organizações sociais que integram o FSM.
O presidente perguntou aos conselheiros quando seria realizada a próxima edição centralizada do FSM e, ao ser informado que provavelmente ela só acontecerá em 2011, aproveitou a deixa: 'Se fizerem em 2010, poderei ir como presidente. Se for em 2011, já vai ser a Dilma', disse Lula, segundo três participantes da reunião, que foi fechada e reuniu mais da metade dos 140 conselheiros.
Lula não usou a palavra 'candidata'. Os conselheiros brasileiros aplaudiram a chefe da Casa Civil. Dilma anunciou que, em breve, Lula assinará uma medida para viabilizar a conferência nacional de comunicação e explicou que quer resolver a situação de rádios e TVs comunitárias.
Os organizadores do FSM disseram ao presidente que existe a possibilidade de a próxima edição do FSM ser montada no Oriente Médio ou nos Estados Unidos, locais estratégicos para o crescimento do evento, mas explicaram que precisariam do apoio da diplomacia brasileira para conseguir liberação de vistos dos participantes. Lula prometeu ajuda.
O presidente Luis Inácio Lula da Silva elogiou a organização do Fórum Social Mundial. A fala foi dita ontem durante a entrevista coletiva que o presidente condeceu antes de embarcar de volta para Brasília e após o término da reunião com representantes do comitê organizador do evento. Lula falou ainda sobre as críticas recebidas no FSM e sobre o olhar internacional que os movimentos sociais têm sobre a Amazônia. 'Tem muita gente que dá palpite sobre a Amazônia, mas esquece que aqui moram quase 25 milhões de habitantes que querem trabalhar, ter acesso a bens materiais e que, portanto, não querem que a Amazônia seja um santuário da humanidade', afirmou.
Na ocasião, Lula também enfatizou que o Páis já escolheu seu programa de desenvolvimento para região, que prevê, inclusive, a implantação de projetos de indústria madeireira que permitam o manejo sustentável da floresta. Ele também disse que Belém está contemplada em vários programas de investimentos, dentre eles, o da construção da orla do Portal da Amazônia, cuja obra deve receber um novo fôlego com a injeção de recursos federais.
'Hoje não existe uma cidade brasileira sem investimento do PAC. Aqui o projeto contempla US$125 milhões de investimentos em parcerias. Conversei com o prefeito (Duciomar Costa) e vou falar com a governadora (Ana Júlia) sobre a colocação de mais dinheiro para apressar os projetos de saneamento básico e da orla de Belém', afirmou.
Para ele, Belém, recupera o prestígio do Fórum Social Mundial, à medida em que conseguiu reunir quatro presidentes, atrair a grande massa da juventude e propor debates importantes e com qualidade. 'Às pessoas que vêm visitar o Brasil, podemos dizer o seguinte: tomem conta do que é o seu, que o Brasil toma conta do que é dele', afirmou o presidente fazendo alusão às políticas de desenvolvimento da Amazônia.

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