No AMAZÔNIA:
O serviço de segurança da Universidade Federal e Rural do Pará (Ufra) deve pedir hoje apoio da Polícia Rodoviária Federal caso continue, dentro do território da instituição, a desorganização na entrada e saída de veículos. Ontem, a organização do evento decidiu proibir, por questão de segurança aos participantes, a entrada até de carros credenciados.
A proibição foi adotada ontem à tarde, quando ficou incontrolável o fluxo de veículos no corredor principal do chamado território do FSM. A falta de um credenciamento mais claro que permitisse diferenciar os carros que estavam prestando serviço dos que estavam apenas deixando participantes nas palestras também contribuiu para acirrar os ânimos. Carros de passeio que transportavam comida, por exemplo, estavam sendo impedidos de passar.
Os manifestantes sugeriram que este tipo de entrega fosse feito através de 'carona solidária' nos carros utilitários de apoio. 'Não estamos impedindo a passagem dos carros da organização do Fórum, os de abastecimento, bombeiros e saúde, mas o que não pode é ficar abrindo exceção para todo mundo. Por que eles não podem colocar estes pratos nas vans que já têm acesso permitido?', questionou Baccili.
Entretanto, a proposta não foi aceita por muitos motoristas. 'É um absurdo, eu estou há uma hora com comida no carro para levar para o restaurante lá dentro e não posso passar. Não dá para ficar esperando carona, a comida vai estragar', afirmou Alberto Serruya, que acabou discutindo com um manifestante que o acusou de ser representante da 'burguesia'. 'Eu sou um trabalhador, só estou querendo fazer meu trabalho', devolveu ao rapaz.
O impasse no trânsito da principal via da Ufra só foi resolvido por volta das 11 horas, quando depois de muita discussão, ficou acertada a transferência do bloqueio parcial para o trevo que dá acesso à pista. Vários homens do Corpo de Bombeiros também ajudaram a organizar o tráfego.
Com tanto impasse entre motoristas e pedestres, quem conseguiu faturar uma grana extra no FSM foram os motoristas da bike express. Por R$ 2 era possível circular pela Ufra na carona de um bicicleteiro devidamente uniformizado.
'Estamos fazendo um monte de viagem, está dando para garantir um bom trocado no Fórum', afirmou Edmilson Santos.
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