quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

CRO denuncia os falsos dentistas no Pará

No AMAZÔNIA:

No Pará, uma ameaça à saúde da população. O Conselho Regional de Odontologia (CRO) denunciou falsos dentistas que agem livremente no Estado, em consultórios irregulares e sem higiene alguma, e provocam até a morte de pacientes. O CRO acredita que pelo menos 270 falsos dentistas estejam atuando no Pará, principalmente no interior. O interior do Maranhão também tem sofrido com a atuação de dentistas práticos, que não possuem diploma. 'O exercício ilegal da odontologia, moldagem ou qualquer outro tipo de procedimento dentro da boca do paciente é prerrogativa do cirurgião dentista', afirma o presidente do CRO do Pará, Mário Moreira Júnior.
Em alguns consultórios, os falsos dentistas oferecem serviços, embora ressaltem que não são profissionais. Num deles, antes mesmo do exame bucal, o falso dentista define qual é a prótese que o paciente deve usar. 'Nós mesmos fazemos o molde. Eu indico para as pessoas a melhor prótese para elas usarem. Com certeza, a gente indica a melhor. Mas eu não sou dentista', diz o falso dentista, flagrado por uma câmera escondida. Outra falsa dentista, prefere debochar: 'Eu não sou dentista. Eu tenho algum crachá? Estou com roupa branca?
Presidente da Comissão de Ética do CRO local, Roberto Souza Pires alerta para os problemas que podem ser causados pela atuação destes falsos dentistas. 'Desde uma simples infecção, como hepatite B, C e a própria Aids, a pessoa pode adquirir em ambientes insalubres, ambiente que não tem as mínimas condições de higiene', afirmou. O exercício ilegal da profissão de dentista é crime com pena prevista de seis meses a dois anos de detenção. Em 2006, em Nova Ipixuna, no sudeste do Pará, Gilmar Ferreira dos Santos, de 25 anos, morreu depois que um falso dentista tentou extrair um dente dele. Ozildo Ferreira dos Santos, pai de Gilmar, afirma que não sabia que o dentista não era formado.

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