No AMAZÔNIA:
Salas vazias, alunos andando pelos corredores e dispensa das aulas. Ontem, no retorno dos professores às escolas estaduais após 41 dias de greve, era possível até mesmo dormir em sala de aula enquanto o calendário letivo, aos poucos, vai sendo retomado. Na Escola Visconde de Souza Franco, os poucos alunos presentes foram dispensados às 9 horas, por causa, segundo a escola, da baixa freqüência dos estudantes. Na Escola Vilhena Alves, funcionários afirmam que quase nenhum aluno apareceu para estudar. Já na Escola Paes de Carvalho, apesar do grande número de professores e alunos, várias turmas tiveram horários vagos e muitos estudantes deixaram a escola ainda cedo.
Para os estudantes do Paes de Carvalho, o retorno ainda não foi em definitivo. 'Com certeza, os mais prejudicados somos nós', diz o estudante José Luiz Junior, aluno do terceiro ano da escola. 'Porque o professor já nos avisou que as férias serão normais, e aí não vai ter como repor aula'. Por volta das 10 horas, ele havia tido uma aula de Geografia, mas não a de Matemática. Na sala dele, apenas sete alunos estavam presentes. Desestimulado, José Luiz afirmou que, se não tivesse mais aulas ontem, nem iria, hoje, para a escola. 'Com certeza, amanhã (hoje) vai ser a mesma coisa.'
A estudante Pámela Carolina, do terceiro ano, diz que teve as duas primeiras aulas, de Física e Geografia, mas que ficou sem a terceira. No entanto, a diretora do Paes de Carvalho, Socorro Maciel, disse que os professores começaram a retornar já na quarta-feira (4) para as salas de aula, embora em menor número. Linda Cristina, professora de Química da escola, afirmou que 'quase 100% dos professores voltaram para as aulas' de ontem, e que os horários vagos se referem a disciplinas cujos professores faltaram por questões de saúde.
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