Ministério Público denuncia promotor de Justiça de Marabá

No AMAZÔNIA:

O promotor de Justiça do município de Marabá, José Luiz de Brito Furtado, acusado de ter atirado na própria esposa, Maria Odinéia Rodrigues Farias, na noite do dia 17 de fevereiro, foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público por crime de lesão corporal grave. A desembargadora Raimunda Gomes é a relatora da ação preliminar instaurada pelas Câmaras Criminais Reunidas (CCR) do Tribunal de Justiça do Estado (TJE) para investigar o caso.
O procurador Cláudio Melo, designado pela Procuradoria Geral de Justiça para presidir o inquérito no Ministério Público, alega que não houve intenção de matar, por isso, o promotor não foi denunciado por tentativa de homicídio, mas por lesões corporais graves. Se for condenado, José Luiz Brito Furtado, que mesmo depois do crime continua exercendo a função de promotor, poderá cumprir pena entre um e cinco anos de prisão. Após se apresentar à Procuradoria-Geral de Justiça, o promotor foi orientado a sair da vara criminal e atualmente responde pela 2ª Vara Cível de Marabá. Ele também foi designado para atuar como promotor eleitoral este ano.
O crime ocorreu na noite do dia 17 de fevereiro deste ano, no quarto do casal, em Marabá. A perícia científica apontou que foram desferidos oito tiros de pistola 7.5, que atingiram o teto, a parede, o chão, móveis e a mão direita de Odinéia Ferreira. Também ficou comprovado que José Luiz Brito estava alcoolizado no momento da briga. A mulher foi socorrida pelo sobrinho e levada para o hospital local, onde foi operada e recebeu cinco pinos na mão.
A polícia local foi acionada e, ainda no hospital, Odinéa disse que o marido pretendia matá-la. Uma equipe policial chefiada pela delegada Cláudia Eli tentou prender o promotor, mas ele já não se encontrava mais em Marabá. Os policiais entraram na residência e agora são acusados de invadir o local e de ter alterado a cena do crime. Um mês após o crime, a Corregedoria de Justiça do Ministério Público instaurou inquérito preliminar para apurar o caso. Além do promotor, Odinéia também prestou depoimento, oportunidade em que confirmou que os tiros foram desferidos pelo marido. Mas disse que fora um acidente.

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