sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Promotor militar vai apurar atraso no pagamento de diárias

O Ministério Público Militar vai apurar as reclamações de policiais militares, veiculadas ontem, aqui no Espaço Aberto, de que PMs que compuseram o contingente deslocado no início do mês de agosto passado para Viseu, logo depois do quebra-quebra ocorrido no município, não receberam as diárias correspondentes.
Num e-mail encaminhado ao blog, ontem à tarde, o promotor militar Armando Brasil Teixeira prometeu apurar as denúncias e adotar as providências cabíveis. Em março deste ano, quando situação semelhante ocorreu com os PMs que foram destacados para Tailândia, o promotor interveio com prontidão, pedindo explicações inclusive à Diretoria de Recursos Financeiros da Polícia Militar.
Depois da postagem de ontem, outro comentário de um Anônimo, desta vez feito por leitora que se diz esposa de um soldado PM, confirma o atraso no pagamento das diárias. E conta as agruras que enfrentou para garantir atendimento médico a uma filha doente.
Confira aí embaixo o que diz a leitora:

[...] É tudo verdade, ninguém agüenta mais!
Meu marido é da PM e está trabalhando nessa operação na Terra Firme. Me pergunte se já consegui encontrá-lo nestes dias? Claro que não. E o pior é que ele não tem ido nem para o bico de segurança que ele faz. Com isso, a quinzena não vai sair. Estamos arriscados a não comer depois da metade do mês, porque minha filha adoeceu e tivemos que comprar remédios, fora que levamos ela (sic) no Hospital da PM. E cadê médico? O único que tinha disse que ia atender por ordem de patente. Como meu marido é soldado, não podia deixar minha filha morrer por ser pobre.
Sem patente, gastamos o dinheiro no táxi e fomos ao PSM da 14 de Março. Cadê pediatra? Lá fomos para o Guamá. Foi quando, enfim, ela tomou um soro e o médico prescreveu alguns remédios.
Com tudo isso, não dá para ser um bom policial, não dá mesmo. Toda hora ligam para o meu marido dizendo que tem missão, mas dinheiro, nada!
Ele já cansou de viajar e não receber as diárias, e se ele não recebe, alguém recebe por ele, mas ele não pode reclamar. Afinal, é soldado e tem família para sustentar.
Estamos reunindo um grupo de mulheres de policiais militares para fazer greve de fome e bater panela na frente do condomínio de alto luxo onde a governadora mora. Vamos ver se ela vai atender nossas reivindicações ou se vai mandar a polícia nos tirar de lá!


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