quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Um Feliz Ano-Novo

Muita saúde, paz e trabalho a todos nós!


Puty assumirá secretaria no Ministério do Planejamento



ATUALIZADA ÀS 16H

O deputado federal Cláudio Puty (na foto), que foi chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia, vai desempenhar as funções de secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento. Assumirá em fevereiro.
Candidato à reeleição, Puty não conseguiu conservar o mandato, em boa parte porque teve que dividir votos com a ex-governadora, como ele pertencente à Democracia Socialista, uma das alas do PT. Ana Júlia, também concorrente a uma cadeira na Câmara dos Deputados, igualmente não se elegeu.
Neste semana, Puty apareceu como o sétimo melhor deputado do país e primeiro da bancada paraense, de acordo com o Ranking do Progresso, instrumento da revista "Veja" que anualmente, em parceria com o Núcleo de Estudos sobre o Congresso (Necon), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Iesp-U­erj), afere o desempenho de congressistas.
Puty foi convidado pelo ministro Barbosa para assumir a Seain, que tem entre suas competências autorizar Estados e municípios a contraírem financiamentos internacionais; cuidar da relação do Ministério do Planejamento com organismos internacionais (BID, Banco Mundial, Sistema ONU, o novo banco dos Brics); dar cumprimento das obrigações financeiras do governo brasileiro com esses diversos organismos e prestar assessoria internacional ao ministro.
Deve tomar posse após o término da legislatura, no início de fevereiro.

Justiça interdita estacionamento na Cidade Velha

A Justiça Federal determinou a suspensão do funcionamento de um estacionamento no bairro da Cidade Velha, em Belém, para evitar o desabamento de um imóvel vizinho tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A decisão, do juiz federal Antonio Carlos Almeida Campelo, foi assinada no último dia 23 e é baseada em ação do Ministério Público Federal (MPF).

Segundo a ação, perícia do Instituto de Criminalística do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves indicou que o risco de desmoronamento do imóvel nº 236 da travessa Capitão Pedro Albuquerque foi provocado por uma obra realizada no estacionamento vizinho, e esse risco pode ser agravado caso as atividades do estacionamento continuem enquanto não forem tomadas medidas para recuperação do imóvel danificado.

O juiz federal determinou que o proprietário do estacionamento está impedido de realizar qualquer nova obra no local e que deve apresentar, dentro de 30 dias, projeto de engenharia para a recuperação das estruturas abaladas.

Após a aprovação do projeto pelo Iphan, a recuperação das estruturas tem que ser concluída dentro de um mês. Caso descumpra a decisão judicial, o proprietário do estacionamento fica sujeito a multa de R$ 500 por dia de desobediência à Justiça.

Fonte: Assessoria de Imprensa do MPF

O que ele disse


"A cesta básica venceu a ética e o bom senso"
General Jeannot Jansen, em 2007, durante visita à sede da Faepa, em Belém, quando ainda era comandante da 8ª Região Militar (veja matéria aqui), referindo-se, àquela altura, à reeleição do presidente Lula. Ontem, ele foi anunciado como o novo xerife da Segurança Pública no Pará.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Rara beleza - Arraial do Pavulagem

Charge - Aroeira


Charge para o Brasil Econômico.

Um general na Segurança. Se ele não resolver, só nos resta Pasárgada.

Então é assim.
Saiu o novo secretariado do governo Jatene II.
Temos um general na Segurança Pública.
É o general Jeannot Jansen, que já exerceu o posto de comandante militar da Amazônia.
Olhem, meus caros: se um general não der jeito na Segurança Pública, então só nos restará o rumo de Pasárgada. Só nos restará ir embora pra Pasárgada.
Se um general não reduzir a mortandade que se registra no Pará, aí sobrarão apenas um brigadeiro e um almirante.
Ou nem eles, quem sabe.
Abaixo, os novos membros da equipe de governo anunciados há pouco pelo próprio Simão Jatene:

Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) - General Jeannot Jansen
É General-de-Divisão pelo Exército Brasileiro. Formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, possui grau de doutor em Aplicações Militares. Já ocupou o cargo de Comandante da 8ª Região Militar do Exército, com sede em Belém.
Secretaria de Educação (Seduc) - Helenilson Pontes
Foi eleito vice-governador em 2010, ao lado do Governador do Estado do Pará, Simão Jatene. Exerceu também as funções de Secretário Especial de Estado de Gestão e de Presidente do Conselho Administrativo do BANPARÁ. Graduado em Direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA), possui Doutorado na Universidade de São Paulo (USP), em legislação tributária. Foi aprovado nos concursos públicos para Procurador da Fazenda Nacional e Procurador do Banco Central do Brasil.
Secretaria de Saúde Pública (Sespa) - Heloísa Guimarães
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA), é titular da Sociedade Brasileira nas especialidades cardiologia e hemodinâmica. Possui pós-graduaçãopela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.Desenvolve atividades profissionais em Belém desde 1995 e ocupava o cargo de secretária-ajunta da Sespa desde 2012. 
Secretaria de Administração (Sead) - Alice Viana
Graduada em Administração de Empresas, Bacharel em Direito e Especialista em Gestão Pública, é servidora de carreira do Poder Judiciário ocupando o cargo de Analista Judiciário - Especialista em Administração. Também já exerceu diversos cargos públicos e ocupou a secretaria-adjunta da Secretaria de Administração entre 2003 a 2005. Atualmente, é a titular da pasta desde 2011.
Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) - José Tostes
Economista, foi Superintendente da Receita Federal do Brasil na 2ª Região Fiscal durante 14 anos. Em 2008 passou a ocupar o cargo de Coordenador-Geral de Administração Aduaneira da Receita Federal do Brasil. É o atual titular da pasta e ocupa o cargo de coordenador do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). 
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) - Adnan Demachki
Foi vice-prefeito de Paragominas de 2001 a 2004 e prefeito por dois mandatos (2005-2008 e 2009-2012). Como gestor municipal, foi eleito por três vezes pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) como prefeito empreendedor do Pará, e recebeu por oito anos consecutivos o prêmio de gestor eficiente da merenda escolar. Demachki também recebeu o prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente, em reconhecimento pelo projeto Paragominas Município Verde, desenvolvido na cidade e replicado para todo o Estado do Pará. Ocupou ainda o cargo de secretário especial de Promoção Social e secretário especial de Gestão na última gestão do Governo do Estado.
Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e de Pesca (Sedap) - Hildegardo Nunes
Engenheiro Agrônomo, Hildegardo Nunes foi vice-governador do Pará entre 1999 e 2001 e já ocupou a Secretaria de Agricultura entre 1995-1998 e 2013-2014. Foi diretor superintendente e presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-PA.
Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop) - Noêmia Jacob
Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Pará (UFPA), é funcionária de carreira da Caixa Econômica Federal há 25 anos, possui mais de 16 anos de experiência gerencial, com ênfase em planejamento estratégico, gestão de processos e gestão de mudanças organizacionais. Na Caixa, atuou ainda na Superintendência Regional do Estado do Amazonas e do Pará. Entre 2012 e 2014 respondeu pela Companhia de Habitação do Pará (Cohab) e em 2014 ocupou a presidência da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa).
Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (SECTET) - Alex Fiúza de Mello
Foi reitor da UFPA entre 2001 e 2009. Graduado em Ciências Sociais pela UFPA, é Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas e pós-doutorado pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, Paris (1999/2000) e pela Cátedra Unesco de Gestión y Política Universitaria, da Universidad Politécnica de Madrid. Foi membro do Conselho Nacional de Educação, do Ministério da Educação (2004/2008) e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República (2007/08). Na segunda gestão de Simão Jatene no governo do Estado, Alex Fiúza comandou a Secretaria Especial de Proteção Social.
Secretaria de Planejamento (Seplan) - José Alberto Colares
Economista formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), possui mestrado em Planejamento do Desenvolvimento pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA/UFPA). Como servidor público, já atuou na Secretaria de Estado de Planejamento, Secretaria de Produção, Projetos Estratégicos e foi Diretor Geral do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor). Ocupou entre 2012 e 2014 o cargo de Secretário de Estado de Meio Ambiente.
Secretaria de Cultura (Secult) - Paulo Chaves Fernandes
Formado em Arquitetura e Urbanismo pela UFPA e pós-graduado em Comunicação pela UFRJ. Exerceu os cargos de Coordenador de Arquitetura e Urbanismo da Prefeitura de Belém, foi também superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Cultura, membro do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do IPHAN, do Conselho Universitário da UEPA, do Conselho Diretor da Funtelpa, do Conselho Estadual de Cultura e secretário de Estado de Cultura do Pará (1995-2006), tendo reassumido a pasta em 2011. Idealizou e implantou diversas ações culturais, entre elas, a Lei de Incentivo à Cultura (Semear), a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP), a Feira Pan-amazônica do Livro, o Festival de Ópera do Theatro da Paz e realizou os vários projetos em espaços culturais, como o Parque Naturalístico Mangal das Garças, Estação das Docas, Conjunto urbanístico Feliz Lusitânia e o Hangar Convenções e Feiras da Amazônia.
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) - Luiz Fernandes Rocha
Formado em Direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA), é pós-graduado com especialização em Direito Ambiental e Políticas Públicas também pela UFPA. Possui especialização em Direito Penal, Gestão Estratégica em Defesa Social e Segurança Pública e Gestão da Informação. Esteve à frente da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social entre 2011 e 2014.
Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) - Daniel Nardin
É jornalista formado pela Universidade Federal do Pará(UFPA) e mestre em Comunicação e Sociedade pela Universidade de Brasília (UnB). Possui experiência em reportagem e assessoria de comunicação empresarial e pública. Atualmente é o titular da pasta, cujo cargo assumiu em janeiro de 2014.
Secretaria de Estado de Turismo (Setur) - Adenauer Góes
Formado em Medicina pela Universidade Federal do Pará em 1977, Adenauer Góes já exerceu o mandato de vereador e deputado estadual. Presidente da Companhia Paraense de Turismo (Paratur) por duas vezes: a primeira no período de 1999 a 2006 e a segunda de 2011 até abril de 2012, quando deixou o cargo para assumir a Secretaria de Estado de Turismo (Setur). No período de 2001 a 2004 foi presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Turismo.
Secretaria de Transportes (Setran) - Ismar Pereira
Engenheiro Civil, é formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), onde também foi professor do Centro Tecnológico da universidade. Ocupou cargos públicos e atuou em entidades representativas do setor produtivo. Possui vasta experiência em obras públicas, especialmente na área de urbanismo e infraestrutura.
Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) - Michell Durans
Advogado, possui pós graduação em Ciência Penal, Direito Penal e Processual Penal. Atuou como Diretor de Assuntos Jurídicos da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos.
Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) - Heitor Pinheiro
Psicólogo, é especialista em Gestão Pública com ênfase em Gerenciamento de Políticas Sociais e em Psicologia com ênfase em Terapia Sistêmica Integrativa. Já atuou na Secretaria Especial de Estado de Proteção Social, foi Coordenador Estadual do Programa “Comunidade Ativa”, Presidente da Fundação Cultural do Pará “Tancredo Neves”, Presidente da Fundação Cultural do Município de Belém, Coordenador da Coordenadoria Municipal de Turismo do Município de Belém, Coordenador do PRONASCI – Programa Nacional de Segurança Púbica com Cidadania, no município de Belém, Presidente do Instituto de Artes do Pará (IAP) e atualmente já ocupava a Secretaria de Estado de Assistência Social (SEAS).
Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) - Renilce Lobo Nicodemos
Formada em Administração e Pedagogia, foi diretora de Administração e Finanças (DAF) e secretária Adjunta na própria Secretaria de Esporte e Lazer, pasta que assumiu a titularidade em fevereiro de 2014. Renilce teve participação direta na execução de vários projetos da Seel, entre eles os Jogos Indígenas; Jogos Abertos, GP de Atletismo, entre outros, além de apoio ao Campeonato Paraense de Futebol, além de incentivo ao esporte amador. 
Casa Civil da Governadoria - José Megale
Nascido em Alenquer, no Oeste do Estado, José Megale é formado em Engenharia Agrônoma pela Universidade Federal Rural da Amazônia, com pós-graduação pela mesma universidade. Foi de diretor do Grupo Executivo de Terras do Araguaia-Tocantins; do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra); da Companhia Paraense de Mecanização Agrícola – COPAGRO; da Secretaria Estadual de Agricultura. Também já atuou no Ministério da Reforma Agrária e no Ministério da Agricultura. Exerceu no período de 2011 a 2014 seu terceiro mandato como Deputado Estadual na Assembleia Legislativa.
Casa Militar da Governadoria - Tenente coronel César Mello
Com vinte anos de serviço pela Polícia Militar do Pará, é especialista em Operações Especiais e em Área de Selva, Segurança de Autoridades e Contra-terrorismo.Possui os Cursos de Operações Policiais Especiais no BOPE do Rio de Janeiro, Curso de Operações na Selva, realizado no CIGS em Manaus e vários outros no Brasil, Espanha e Estados Unidos. Comandou a Companhia de Operações Especiais, a Polícia Rodoviária Estadual e foi subcomandante da Academia de Polícia Militar. Ocupava a direção de Operações da Casa Militar da Governadoria.
Procuradoria Geral do Estado (PGE) - Antonio Saboia de Melo Neto 
O procurador ingressou na PGE em maio de 1999.  É especializado na atuação perante os Tribunais Superiores sediados em Brasília, e já vem exercendo o cargo de Chefe do escritório da PGE na capital federal há mais de 12 anos. Possui também pós-graduação em Direito Constitucional pelo Instituto Brasiliense de Direito Público.
Comandante Geral da Polícia Militar -  Coronel Roberto Campos
Em 26 anos de serviço efetivo na Polícia Militar do Pará, já comandou as unidades da Companhia Tático Operacional, Grupamento Aéreo, Regimento de Policia Montada, Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças, Comando de Policiamento da Região Metropolitana e o Comando de Policiamento da Capital. Possui cursos em Tropa Montada, Operações de Choque e Ações Táticas Especiais.
Chefe do Estado Maior da Polícia Militar - Coronel Hilton Benigno
Tem 24 anos de serviços prestados à Polícia Militar e dois anos de serviço prestado ao Exército Brasileiro. Serviu na Casa Militar da Governadoria do Estado; foi assistente e chefe de gabinete do Comando da PM; foi comandante do 2º BPM (Belém), 10º BPM (Icoaraci), do Comando de Policiamento Regional (Redenção) e do Comando de Policiamento da Capital. Sua última função foi como chefe do Gabinete Militar da Assembleia Legislativa. É Bacharel em Direito, com especialização em Direito do Estado e Gestão Pública. Possui os cursos de Técnica e Administração de Ensino, realizados na Força Aérea Brasileira.
Comandante Geral do Corpo de Bombeiros - Coronel Nahum Fernandes da Silva
Possui 32 anos de serviço público, sendo formado pela Polícia Militar em 1982 e pelo Corpo de Bombeiros em 1990. Já esteve no comando de vários grupamentos no interior do Estado, como Castanhal, Salinópolis, Santarém, entre outros. Já ocupou o comando do 1º grupamento de Busca e Salvamento e atuava desde julho de 2014 como Subcomandante Geral e Chefe do Estado Maior Geral.
Administração Indireta
Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) - André Luiz de Almeida e Cunha
O tenente coronel André Cunha é o atual superintendente do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) e vice-presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (Consej). Ele também já presidiu a Comissão Especial de Monitoramento das Medidas Impostas pela Corte de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), foi diretor de Políticas Penitenciárias do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), coordenador-geral de Inclusão, Classificação e Remoção do Sistema Penitenciário Federal, além de sub-comandante da Companhia Tático Operacional da PM. André Cunha é bacharel em Direito pela Universidade da Amazônia (Unama), bacharel em Ciências de Defesa Social pelo Instituto de Ensino de Segurança do Estado do Pará (IESP), bacharel em Ciências Náuticas pelo Centro de Formação Almirante Braz de Aguiar (Ciaba), pós-graduado em Modalidades de Tratamento Penal e Gestão Prisional pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduado em Defesa Social e Cidadania pela Universidade Federal do Pará (UFPA). 
Fundação Cultural do Pará (FCT) - Dina Oliveira
A artista plástica Dina Oliveira é formada em Arquitetura pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e mestre em Estruturas Ambientais Urbanas pela FAU/USP. Foi superintendente da Fundação Curro Velho de 1990 até 2006. Voltou a presidir a Fundação em 2011, ficando no cargo até 2014. Ela também é professora da UFPA.
Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) - Luciano Dias
Formado em Direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Luciano Dias é pós-graduando em Direito Público pela LFG, com experiência profissional nas áreas de direito administrativo e processual. Desde 2013 ocupou o cargo de secretário de Estado de Integração Regional, Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Seidurb).
Fundação Hemopa - Ana Suely Saraiva
Graduada em Farmácia, com habilitação em Bioquímica, pela Universidade Federal do Pará (UFPA), em 1986. Cursou Gestão Empresarial na Universidade da Amazônia (Unama)/Cesfe, em 2004. Ana Saraiva possui especialização em Gestão de Hemocentros, pelo Programa Integrado de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PICPASC), pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)/Ministério da Saúde, em 2006, e especialização em Epidemiologia, pelo Núcleo de Medicina Tropical/UFPA, no período de 2005 a 2006. 
Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec) - José Severino Filho
O empresário atua no segmento empresarial há quase 50 anos, dos quais 42 apenas no Estado do Pará. Dirige grandes grupos empresariais, de diversos segmentos. Também já atuou em entidades representativas do setor produtivo, entre elas a Associação Comercial do Pará (ACP).
Companhia de Portos e Hidrovias do Pará (CPH) - Abraão Benassuly
Graduado em Gestão Pública, Benassully é o atual presidente da CPH e membro titular do Conselho de Autoridade Portuária de Belém e Santarém, como representante do Estado do Pará, nomeado pela Secretaria Especial de Portos da Presidência da República.
Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) - Luciano Guedes
Empresário do setor produtivo, Luciano Guedes foi prefeito do município de Pau D’Arco, no sul do Pará. Já presidiu a Associação dos Municípios do Araguaia, Tocantins e Carajás (AMAT) e integrou a diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa).
Companhia de Habitação do Pará (Cohab) - Lucilene Bastos Farinha Silva
Foi funcionária da Companhia de Habitação do Pará (Cohab) no período de 1995 a 1998. Trabalhou na Secretaria de Estado de Transportes (Setran) como assessora especial, e como secretária adjunta e titular na Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel). Lucilene Farinha integrou, na Cosanpa, a equipe do Projeto de Macrodrenagem da Bacia do Una. Foi diretora e presidente das Centrais de Abastecimento do Pará (Ceasa); assessora do Projeto Fábrica Esperança; diretora de Patrimônio do Tribunal de Justiça do Estado (TJE); assessora especial do Programa de Articulação e Cidadania (da Casa Civil da Governadoria) e assessora especial na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), onde assumiu a Secretaria Adjunta de Logística. Nos últimos anos foi diretora do Programa Cheque Moradia, na Cohab).
Hospital Ophir Loyola - Vitor Mateus
Hospital de Clínicas Gaspar Vianna - Ana Lydia Ledo de Castro Ribeiro Cabeça
Médica, formada pela Faculdade Estadual de Medicina do Pará em 1991. Fez residência em Clínica Médica e Nefrologia. É responsável pela implantação, em 2001, da chefia do Serviço de Nefrologia do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna. Ana Lydia Cabeça é funcionária pública estadual concursada do Hospital de Clínicas desde 2005 e coordenadora do Programa de Residência Médica do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna desde 2009.
Hospital Público Abelardo Santos - Andrea Gomes
Instituto de Terras do Pará (Iterpa) - Daniel Nunes Lopes
É engenheiro agrônomo formado pela Escola de Agronomia da Amazônia (atual UFRA), com mestrado em Manejo e Conservação de Solos pela Universidade Federal de Viçosa/MG. É aposentado do cargo de perito federal agrário do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Já foi secretario particular do ministro da Reforma Agrária; secretário adjunto e secretário de Estado de Agricultura do Pará; superintendente do Incra/PA; delegado do Patrimônio da União no Pará e Amapá, e coordenador do Grupo Executivo de Terras do Araguaia/Tocantins. Daniel Lopes também atuou no Departamento de Patrimônio Fundiário da Eletronorte, em Brasília (DF); no Programa Grande Carajás/Ministério do Planejamento; como diretor técnico da Emater/PA; diretor técnico de Recursos Fundiários do Iterpa e diretor Administrativo e Financeiro do Iterpa.
Ideflor-Bio - Thiago Novaes
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater) - Paulo Amazonas Pedroso
Formado pela antiga Faculdade de Ciências Agrárias (Fcap), atual Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Paulo Pedroso é servidor da Emater desde 2008, ocupando o posto de diretor técnico da instituição desde julho de 2014. Antes, passou pela Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), onde esteve à frente da Diretoria de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal, no período de 2011 a julho de 2014. Também foi gerente da Unidade Regional do Sebrae-PA em Capanema, até 2007.
Banco do Estado do Pará (Banpará) - Augusto Sérgio Amorim Costa
Nascido em 28 de agosto de 1963, na cidade de Belém, Augusto Sérgio Amorim Costa formou-se em Ciências Econômicas e Direito. É pós-graduado em Gestão Financeira, Finanças Empresariais e Finanças para Banco. É funcionário de carreira do Banpará. Começou no banco em 1985, no cargo de praticante, e em 1994 foi promovido a analista financeiro. Em 1996 assumiu a chefia da Superintendência de Administração Financeira. Em 1999 ocupou o cargo de diretor financeiro. Em 2007, assumiu o cargo de superintendente de Melhorias Operacionais e de Desenvolvimento de Pessoas.  Depois ocupou a função de diretor Administrativo e Financeiro da Caixa de Previdência e Assistência dos Funcionários do Banpará – CAFBEP. Ocupou a presidência do Banpará nos últimos quatros anos.
Imprensa Oficial do Estado (IOE) - Cláudio Rocha
Jornalista, 45 anos, Cláudio Rocha começou no serviço público como produtor, e depois editor, na TV Cultura do Pará, na década de 1990. Em 1997 assumiu o cargo de editor-chefe do Diário Oficial, na Imprensa Oficial do Estado, sendo mais tarde nomeado diretor de Documentação e Divulgação. Também foi editor do site de notícias do Governo do Estado e diretor geral da TV Cultura, entre 2001 e 2002. No setor privado já ocupou os cargos de repórter, produtor, redator e editor nos principais jornais de Belém. Nos últimos quatro anos esteve à frente da Imprensa Oficial do Estado, onde implantou a Certificação Digital e levou o Diário Oficial a dispositivos móveis, como tablets e celulares.
Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa) - Adelaide Oliveira de Lima Pontes
Jornalista, formada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), com mais de 20 anos de experiência em audiovisual.Adelaide é mestre em Artes pelo Instituto de Ciências das Artes - ICA/UFPA e tem MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas.
Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) - Eduardo Costa
Possui graduação em Ciências Econômicas pela UFPA (2000), especialização em Teoria Econômica pelo Instituto Superior de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas-RJ, mestrado em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp (2003) e doutorado em Economia pela Unicamp (2007). Atualmente é professor adjunto do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA/UFPA) e do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Pará (PPGE/UFPA). Eduardo Costa também é conselheiro efetivo do Conselho Federal de Economia (Cofecon) e secretário de Formação Política do PPS-PA. Foi presidente do Conselho Regional de Economia do Estado do Pará (Corecon-PA) por dois mandatos. Exerceu o cargo de secretário adjunto da Secretaria de Estado de Integração Regional (SEIR), de 2007 a 2009. Ele foi presidente do Conselho Fiscal da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa). Nos últimos dois anos atuou como secretário de Controle Interno do Tribunal de Justiça do Pará.
Fundação Carlos Gomes - Paulo José Campos de Melo
É pianista, com diploma de concerto pela Berliner Hochschule de Künste (Escola Superior de Artes de Berlim), sob a orientação do professor Helmutt Rollo. Em 1972 concluiu o curso de piano no Conservatório Carlos Gomes, com a professora Dóris Azevedo. Estudou com Miguel Proença, no Rio de Janeiro, e com o maestro Souza Lima, em São Paulo. Convidado pelo pianista Roberto Szidon, ele participou do Festival Tibor Varga em Sion, na Suíça. Foi Diretor Musical no Städtische Bühne West Berlins, no Deutsche Theater em Göttingen, Städtische Bühne Münster, Braunschweig, Celle, na Alemanha. No Atelier Theater, em Berna, na Suíça, e no Tiroler Landes Theater, em Innsbrück, na Áustria. Apresentou-se em mais de 20 países da Europa, América do Norte e América do Sul. Ocupou o cargo de superintendente da Fundação Carlos Gomes nos últimos quatro anos, e é organista titular da Catedral Metropolitana de Belém.

Essas placas que valem uma placa

Olhem essa.
Então, já sabem: pelo que se lê na placa, o contrário também deve ser verdadeiro - quando forem ao supermercado, procurem produtos anticaspa que ofereçam máxima proteção contra as cáries.
Hehehe.


Uma cidade brutalizada pela violência


A violência, sabe-se, brutaliza.
A violência embrutece.
É brutalizante.
O pôster, nos últimos dias, tem ouvido histórias assustadoras de pessoas humildes, que só dispõem do ônibus como transporte coletivo na Região Metropolitana de Belém e estão, por isso mesmo, condenadas à violência que brutaliza, embrutece e barbariza cidadãos inocentes, expostos à sanha de bandidos sempre à espreita.
O que sai nos jornais, dizem essas pobres criaturas, não é nem a metade do que realmente acontece na periferia de Belém e municípios próximos.
E olhem que os jornais e os veículos de comunicação já apresentam, quase diariamente, histórias horríveis de gente que é atacada nos ônibus que circulam pela cidade.
Já vimos, um dia desses, o caso de um coletivo assaltado e incendiado. E felizmente que os bandidos atearam fogo no veículo quando os 15 passageiros já haviam saído, após serem assaltados.
E se ali estivesse um deficiente físico?
E se ali estivesse um idoso com dificuldades para se locomover?
Teria morrido queimado vivo?
Sim. Teria.
Provavelmente sim.
O que sobra a essa gente? O que resta a usuários dos transportes públicos?
Resta se entregarem a Deus para ter a vida preservada.
Tem gente que não anda mais acompanhado de menores de idade, porque teme que as crianças, por algum motivo, sejam sequestradas pelos facínoras que se especializaram em assaltar ônibus, às vezes nas barbas da polícia.
E assim seguimos, numa cidade que tem medo.
Numa cidade brutalizada pela violência.
Numa cidade que se embrutece e não tem, literalmente, para onde correr quando tenta se esquivar do banditismo desenfreado.
Que coisa!

Advogado e dois amigos também foram barrados no Utinga



Então é assim.
Lembram a história que o Espaço Aberto contou aqui, ontem, do psicólogo que foi ao Parque do Utinga mas não pôde entrar, porque portava uma câmera fotográfica?
Lembram da imbecilidade - rematada, assustadora e quase inacreditável - que consiste em proibir que se entre com câmera fotográfica no Utinga, mas não se proíbem os celulares, usados fartamente para fotografar e filmar a amplidão, as reentrâncias e os recantos prazerosos do parque ambiental?
Lembram quando o blog mostrou foto como a do alto - tirada de celular pelo próprio pôster no Utinga - e imagens como as que estão acima, capturadas no Google Maps e provavelmente obtidas com com celulares no Parque do Utinga, tudo isso resumindo o contrassenso, o disparate que representa restringir-se a utilização de câmeras fotográficas no parque ambiental?
Pois é.
O psicólogo não foi a primeira vítima, não foi o primeiro destinatário dos efeitos da ordem esdrúxula, transmitida sabe-se lá por que e constante sabe-se lá de que ato expedido por autoridade competente - talvez da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
O advogado Ismael Moraes, leitor aqui do Espaço Aberto, também já testemunhou história idêntica, ao acompanhar dois amigos ao Utinga, há cerca de dois meses.
Leiam, abaixo, o relato de Ismael, ao fazer um comentário sobre a postagem O Utinga, a Sema, a foto e o cúmulo da imbecilidade:

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Veja o que aconteceu comigo: há uns dois meses, um amigo francês acompanhava outro que fazia um documentário sobre florestas em áreas urbanas na Amazônia e que deixara de ir a Manaus para filmar em Belém. Ao me procurarem, assegurei-lhes que o local mais importante para mostrar era o Parque do Utinga, onde os levei no início de uma bela tarde. Em lá chegando, o guarda também nos impediu de entrar com a filmadora, argumentando que havia uma ordem, que ele não sabia qual e de quem partira. Fui ter com a direção da administração do Parque, a poucos metros dali. O gerente do Parque não estava e a substituta saíra-se com aquele clássico “não posso fazer nada” – detalhe, ninguém sabia qual era a norma que impedia a nossa incursão com a câmera. Após insistir, colocaram-me com ele ao telefone, que então me narrou qual o longo trâmite burocrático para permitirem a entrada ali com o aparelho de filmagem, que se iniciava com uma petição e terminaria com uma reunião que apreciaria o deferimento ou não do pedido. Ao que concluiu o gerente, de nome Vitor: “Isso não é assim, não, aqui é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral!”.
Não conformado, procurei saber se ali se encontrava o diretor-geral das Unidades de Conservação, Crisomar Lobato, cujo bom-senso peculiar é reconhecido por todos que o conhecem. Recebeu-me, mesmo cercado de papéis a despachar. Ao ouvir o que ocorria, exclamou “Mas que bobagem! Fulana, vem cá. Acompanha essas pessoas até o guarda e diz que ele está autorizado a entrar e filmar o Parque por ordem minha!”
Acompanhei a filmagem da floresta, do lago, das fezes de capivara, de bandos de aves, e seria tudo de muito bom gosto se na rotuladamente garbosa “Unidade de Conservação de Proteção Integral” os carros da Sema, os caminhões do Exército, das empresas de construção fazendo reforma e de tantos outros “autorizados” não tivessem nos colocado em risco de nos atropelar por transitarem a até mais de 60 Km/hora, ameaçando a fauna que por ali habita e cruza, sem que o rigoroso gerente Vitor tome qualquer providência para essa salvaguarda que realmente importa, em vez de envergonhar o serviço público, felizmente salvo por gente do bom senso do dr. Crisomar Lobato, que se aposentará em poucos anos.

Artista plástica paraense estará hoje no "Encontro"

Moara Brasil pintada de índio: fantasia e realidade inspiradas pela flora e fauna da Amazônia

A artista pintando durante o Art Battle Brasil, em São Paulo
A artista plástica paraense Moara Brasil será uma das atrações do programa Encontro com Fátima Bernardes, que a Globo/TV Liberal exibem logo mais, às 11h. Ela foi um dos destaques do Art Battle Brasil, em São Paulo, no final de novembro. No evento, que foi fundado no Canadá e já se realizou em mais de 30 cidades do mundo, os participantes tinham apenas 20 minutos para pintar uma tela com tinta acrílica, utilizando pincel, espátula, stêncil ou o próprio dedo.
Moara chegou a cursar Direito por três anos e Filosofia por dois. Desistiu de ambos para estudar Comunicação Social na UFPA. Em 2003, abriu um brechó com a amiga Lorena Cirino e começou sua experiência com tintas e pincéis, customizando roupas de brechó e de  amigos. Criaram a marca Loramoara e foram chamadas para expor em um Festival da TV Cultura no mesmo ano e também no concurso Criando Moda Iguatemi, no qual conquistaram o segundo lugar.
Quando se formou, em 2009, foi para São Paulo. No ano seguinte, fez um curso técnico de Moda no Senai e participou de um concurso de novos talentos, ganhando em primeiro lugar com a coleção “O Miriti”.
No ano passado, Moara, que é filha do santareno Dornélio Silva, diretor da Doxa Pesquisa em Comunicação, passou a estudar profundamente ilustração e arte na escola Sala ilustrada com a professora Catarina Gushiken, se formou agora em 2014 e já está se preparando para uma exposição individual no primeiro semestre de 2015.
"Sempre busco expressar a fantasia e a realidade da fauna e flora da Amazônia. Animais exóticos,  flores fantásticas e cores deslumbrantes despertam a minha criatividade. Transito entre o real e o imaginário. Ter nascido e vivido no coração da Amazônia, em Belém do Pará, foi para mim como receber uma dádiva. Então me inspiro na minha terra e nas minhas raízes. Atualmente estou fazendo estudos sobre minhas raízes indígenas, tenho uma família muito mista. Por parte de mãe, meu avô teve uma mãe bem indígena que se envolveu com judeus espanhóis e tenho uma raiz indígena da região de Abaetetuba. Por parte do meu pai também tenho raízes muito fortes, mistura de português com índios da região do Tapajós. Minha família de lá eram bem ribeirinhas e bem humildes. Esta vontade de buscar minhas raízes me fez procurar materiais de fotógrafos como o projeto “Xingu” dos irmãos Villas-Boas. Porém, quero ir mais além e captar o meu olhar  através de estudos em carvão, pretendo visitar tribos da região do Tapajós e de Tomé-Açu e estudar o nu artístico indígena, que acredito que não foi muito explorado por grandes pintores do mundo", diz Moara.

Abaixo, dois trabalhos de Moara


Em favor da utopia

Por ANA DINIZ, jornalista, em seu blog Na rede



Entre o Natal e o Ano Novo, o tempo é de utopia, mais que de festas.

Porque estas duas invenções humanas celebram o nascimento e o renascimento, ou seja, a esperança. E não há esperança sem utopia.

Conservadores usam a palavra utopia como um pejorativo com que qualificam o que consideram impossível e até ingênuo ou ridículo. Mas, frequentemente, têm que se render ao que achavam ser utópico: ao movimento pacifista, por exemplo, à participação das mulheres na política, à eletricidade... e muitas outras coisas que gente aparentemente sonhadora, mas na verdade de muita fé, ousou construir.

A maior utopia, a da sociedade perfeita, onde todos vivam em paz e harmonia, é buscada por todos: mesmo quem não acredita nisso tem um pouquinho de esperança. E é esta esperança que faz com que todos façam votos de paz neste período, mesmo se, no momento seguinte, insultem ou agridam. Um dia, talvez...

É impossível chegar à concretização da utopia, porque haverá sempre uma ambição a mais, um defeito a corrigir e, sobretudo, o fato de que a utopia de cada um é diferente da dos demais. Há pontos comuns, é verdade. Buscar estes pontos em favor da paz traz o sonhado para mais perto da realidade.

Minha utopia, neste momento, é limitada, mas tão difícil como qualquer outra: um 2015 melhor do que foi 2014. Sonho com isso porque não vejo que vá acontecer; mas a dificuldade já é ruim em si mesma, não precisa ser aumentada com terrores antecipatórios. Diante dos preços sendo reajustados toda semana; do sumiço das moedas divisionárias, do troco; do estouro iminente da bolha imobiliária com quebradeiras previsíveis; da possibilidade de perdermos nossa maior estatal; da violência extrema em que mergulhamos; dos nossos times de futebol em decadência – prefiro sonhar, sim, que de alguma maneira a inflação será domada, a bolha imobiliária será emurchecida suavemente, a Petrobrás resistirá, a violência diminuirá e nossos times encontrarão novos caminhos.

Haverá meios, por certo, que podem trazer minha utopia para mais perto da realidade, inclusive ações que eu mesma posso realizar, e, assim, agirei guiada por ela, o que me fará encontrar alguma felicidade no ano que se anuncia ruim.

E é isto o que desejo para todos: não desistam da utopia, guiem-se por ela e gozem os relâmpagos da felicidade possível na dura travessia do ano de 2015.

O que ele disse


“Alô Aécio [Neves], Roberto Freire, Osmarina Silva. Vocês se f....”
“Alô senador Cristovam [Buarque], Pedro Simon, Jarbas [Vasconcelos] e outros ex-esquerdistas: vocês se f....”
José de Abreu, ator, este condestável da tolerância política, este gigante que cultua e cultiva um estilo incomparavelmente elegante no manejo do idioma, esta personificação viva e vibrante da militância crítica, este repositório inesgotável de argumentos para um bom debate, este exemplar único de comedimento e sobriedade, enfim, eis o nosso Zé de Abreu, num rompante de exaltação ao festejar, pelo Twitter, a escolha dos novos ministros do governo Dilma, ao mesmo tempo em que dava um "alô" para adversários. Ah, coitado!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Pedrinho Cavalléro - Cabano

Pausa para refeição não conta como hora extra, decide TST

Do TST
Pausas para refeições não contam como tempo em que o trabalhador está à disposição da empresa. Com essa interpretação, a 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho isentou a Toyota do Brasil de pagar como hora extra duas pausas concedidas para café, além do intervalo intrajornada de uma hora para descanso e refeição.
Para o ministro Augusto César de Carvalho, relator do recurso da empresa, é legal a concessão de mais de um intervalo diário quando respeitado o intervalo mínimo de uma hora e máximo de duas horas.
A empresa fornecia três pausas distintas aos funcionários que faziam jornada de oito horas: uma hora para o almoço, e mais dois intervalos de dez minutos cada, um pela manhã e outro no meio da tarde. Em ação trabalhista, um operador multifuncional alegou que os 20 minutos para a "pausa do café" foram indevidamente acrescidos na sua jornada de trabalho, sem qualquer previsão em norma coletiva, e pediu o tempo à disposição como hora extra.
Em defesa, a Toyota alegou que os intervalos eram concedidos por uma questão de ergonomia, saúde e segurança, em prol do bem estar dos trabalhadores. Sustentou que não há nenhuma ilegalidade na concessão de intervalo de 1h20min, já que o artigo 71 da Consolidação das Leis do Trabalho prevê o mínimo de uma e o máximo de duas horas. Disse que, nesses momentos, a linha de produção era desativada, e o trabalhador podia usufruir do intervalo de acordo com sua conveniência, inclusive "para jogar dominó com os colegas".
O juízo de origem e o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) entenderam que a empresa não observou a Súmula 118 do TST, que dispõe que os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa. Assim, deferiram o pagamento das pausas para café como hora extra.
Para o relator do recurso da empresa ao TST, ministro Augusto César de Carvalho, houve má aplicação da Súmula 118 pelo TRT-18. "É perceptível que o verbete se aplica, em rigor, ao intervalo que excede o tempo máximo de duas horas", afirmou.
Para ele, a concessão dos três intervalos é benéfica para o trabalhador e não pode ser encarada como tempo à disposição da empresa. "Fugiria à razoabilidade considerar os intervalos para café como tempo integrante da jornada somente pelo fato de tal período se encontrar descolado da hora de intervalo”, concluiu. A decisão foi unânime. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.
Clique aqui para ler a decisão do TST.
Recurso de Revista 933-74.2012.05.15.0077

Charge - Miguel


Charge para o Jornal do Commercio.

Ministério para o PMDB desagrada aos petistas

Há petista por aqui que está, como se diz, subindo nas tamancas.
Com a escolha do ex-candidato do PMDB ao governo do Estado, Helder Barbalho, para o Ministério da Pesca, os petistas. aqueles mesmos que nas últimas eleições não moveram uma palha em favor da candidatura peemedebista, estão achando que as imposições de cúpula têm tudo, novamente, para prejudicar a agremiação.
A percepção primeira é de que a cessão de um ministério ao PMDB contribui para que o PT, no Pará, fique a reboque de outra agremiação, deixando, assim, de se fortalecer para a disputa das eleições municipais de 2016.

O Utinga, a Sema, a foto e o cúmulo da imbecilidade



Espiem só a foto lá do alto.
Foi feita com um celular, pelo repórter aqui do Espaço Aberto.
Mostra o Lago Bolonha, que fica no interior do Parque Ambiental do Utinga.
Agora, espiem só a imagem acima.
Mostram algumas fotos da mesmíssima área. Para ver outras trocentas e tantas, clique aqui e você vai constatar que elas aparecem no Google  Imagens, quando se escreve, no campo de buscas, simplesmente Parque do Utinga.
Muito provavelmente - ou quase certamente - as fotos que aparecem no Google Imagens foram feitas também com telefones celulares.
E aí?
E aí, meus caros, que no Parque Ambiental do Utinga, você pode passa a mão no seu celular e tirar fotos dos lagos Bolonha e Água Preta, os dois mananciais que abastecem Belém.
De posse de um celular, você pode, folgadamente, fazer fotos e vídeos de pacas, tatus, onças, leões, rinocerontes, das flores e dos matagais, enfim, de tudo o que seja selvagem, intocado, intocável, preservado e preservável que existe naquela bela paragem.
Pois é.
Mas não caia na besteira de chegar ao Utinga com uma câmera fotográfica. Não caia.
Se você cair na besteira de chegar ao Utinga com uma câmera fotográfica, você será barrado na entrada.
Será barra na cara, na lata.
Por quê?
Sabe-se lá por quê.
Ninguém explicar ao certo.
E talvez não se explique porque, para imbecilidades tamanhas, qualquer explicação será, igualmente, imbecil.
A barração, acreditem, aconteceu ontem de manhã, com leitor aqui do Espaço Aberto, um psicólogo, que se encontrou casualmente com o pôster à saída do Utinga.
Ele, o leitor, chegou ao parque com uma câmera fotográfica.
Pretendia apenas espairecer, relaxar, fazer algumas fotos do parque, enquanto a namorada pedalava.
Mas não pôde.
Uma segurança disse que era proibido.
- Mas com o celular, pode? - ele indagou à segurança.
- Pode. Mas com a máquina fotográfica, não - respondeu ela.
Diante de tamanha imbecilidade, o pôster, ao saber disso, dirigiu-se a três seguranças do parque, um dos quais a moça que acabara de barrar o psicólogo.
Travou-se mais ou menos o seguinte diálogo - bem sucinto e objetivo, mas nada esclarecedor:
- Amigos, existe algum ato por escrito, uma portaria, um regulamento, enfim, qualquer determinação por escrito estabelecendo que é proibido fotografar aqui no parque com máquina fotográfica? - perguntou o pôster.
- Existe.
- Qual é o ato?
- Senhor, nós não temos o papel aqui.
- Perfeito. Mesmo assim, eu queria saber: com câmera de fotografia não pode tirar fotos aí, mas com celular pode. É isso?
- Pois é... - responde um dos seguranças, tentando disfarçar a própria vergonha de cumprir uma determinação sem fundamento, tão estapafúrdia, e não saber como explicá-la.
Até que a segurança - a mesma que barrou o psicólogo - intervém:
- Senhor, deixe eu lhe explicar: aqui tem uma hierarquia. Nós cumprimos ordens. E a ordem que nos foi dada é de que não podemos deixar ninguém entrar com máquina fotográfica.
- Minha amiga, mas vocês mesmos estão dizendo que eu posso entrar com celular e tirar fotos aí dentro.
- Pois é, mas a questão é hierarquia. De qualquer forma, o senhor tem razão. Nós precisamos ter essa ordem por escrito para mostrar a quem vem aqui caminhar - admitiu a segurança.
É assim.
O que explica a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) sobre isso?
Não se discute o poder de polícia da secretaria - ou mesmo da Cosanpa, sei lá - em administrar o Parque do Utinga.
Mas o poder de polícia não pode ser exercido de modo voluntarioso, esdrúxulo, imbecil e despropositado, impedindo-se o uso de imagens com câmeras fotográficas, mas permitindo, amplamente, o uso de celulares.
Pode isso?
Não pode.
Mas no Parque do Utinga, por decisão da Sema - segundo disseram ao blog os próprios seguranças -, isso é plenamente possível.
Vish!

Dois deputados do Pará entre os dez melhores




Entre os dez melhores deputados federais do Pará, neste ano de 2014, dois são do Pará - Cláudio Puty (PT), o sétimo colocado, e Lira Maia (DEM), o nono. Entre os dez melhores senadores, nenhum paraense.
A avaliação consta do Ranking do Progresso, o instrumento da revista "Veja" que anualmente, em parceria com o Núcleo de Estudos sobre o Congresso (Necon), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Iesp-­Uerj), afere o desempenho de congressistas.
Para mais informações, clique aqui.

Justiça determina perícia em área indígena

A Justiça Federal determinou a realização de perícia científica em área de cultivo de dendê e em área indígena no município de Tomé-Açu, no nordeste do Pará. A decisão é baseada em ação em que o Ministério Público Federal (MPF) aponta indícios de que o uso de agrotóxicos pela empresa Biopalma está provocando sérios impactos no meio ambiente e, principalmente, na saúde das famílias indígenas Tembé.

Assinada nesta terça-feira, 23 de dezembro, pelo juiz federal Antonio Carlos Almeida Campelo, a decisão liminar (urgente) determina que a perícia será executada pelo Instituto Evandro Chagas (IEC) para averiguar os impactos da cultura do dendê no solo, na flora, na fauna, no ar e nos recursos hídricos.

Campelo definiu também que a investigação deve verificar se há presença de agrotóxicos utilizados na cultura do dendê e se esses produtos estariam causando problemas à saúde dos índios. O IEC deve providenciar, ainda, a realização de exames clínicos nos Tembé da Terra Indígena (TI) Turé-Mariquita.

Espera - Desde 2012, pelo menos, os Tembé da Turé-Mariquita tentam obter compensações e ações de mitigação para os impactos que sofrem com as atividades da Biopalma da Amazônia, de acordo com informações enviadas pelo MPF à Justiça. Também foram encaminhados vários relatos indígenas com denúncias sobre a contaminação, com a morte de animais, peixes e o surgimento de várias doenças.

"Adultos e crianças sentem muita dor de cabeça, febre, diarreia e vômito. Estão dispostos a negociar e a ouvir as propostas da empresa. Os alimentos estão ficando contaminados. Antes caçavam nas áreas que são hoje da empresa e hoje são proibidos. A comunidade foi procurar a empresa para reivindicar saneamento e a empresa se recusou, disse que não tinha nada a ver com isso. Precisamos trabalhar juntos, precisamos de melhoria de vida, peixes e caças mortas depois da aplicação do veneno, antes nós não víamos isso”, diz um dos relatos.

Recentemente, o Instituto Evandro Chagas comprovou contaminação por agrotóxico em plantações de dendê, registradas em relatório de perícia feita nos municípios de São Domingos do Capim, Concórdia do Pará, Bujaru e Acará, vizinhos de Tomé-Açu e também tomados por plantações de dendê para beneficiamento pela Biopalma e outras empresas. O relatório, apesar de não tratar especificamente do município de Tomé-Açu, guarda muitas semelhanças com os relatos dos índios.

Processo nº 0033930-90.2014.4.01.3900 – 5ª Vara Federal em Belém
Íntegra da ação: http://goo.gl/BA0ODt
Íntegra da decisão: http://goo.gl/zGWDtZ
Acompanhamento processual: http://goo.gl/0MeOCu


Fonte: Assessoria de Imprensa do MPF no Pará

Nos confins entre a realidade e a fantasia



É isso mesmo que você pensou: estamos exauridos e fartos dos velhos manuais de redação. Escrever é uma questão de estilo. Todos sabem por que escrever é tão difícil. Quais as armadilhas mais comuns e como superá-las? O bom texto acredita esse velho escriba, é aquele que se escreve com estratégia que dão clareza e coerência; um texto deve ser simples e enxuto, palavras usadas pelos jornalistas. Mas nem tudo que é escrito e contado é considerado verdade e põe em evidência um fenômeno peculiar: a transformação de um ou mais personagens em uma entidade de fronteira entre a realidade e a fantasia.Em seu leito de morte, o famoso aventureiro veneziano Marco Polo (1254-1324) foi instado a tomar uma derradeira providência: admitir que mesclara diversas histórias fantasiosas com os fatos reais narrados em seu livro de memórias.Ainda em vida, Polo se tornara famoso graças aos relatos de suas viagens reunidos em “Il Milione” – conhecido no Brasil como “O Livro das Maravilhas”. Seria ingênuo, no entanto, denunciar tais liberdades como um atentado à veracidade histórica. Está-se diante, afinal, de um personagem cuja biografia foi tão romantizada que se faz impossível separar os fatos da ficção: o mito tornou-se exponencialmente maior que a figura de carne e osso.Aliás, Marco Polo é só uma gotinha em um imenso oceano de vultos de reputação nebulosa. Assim, temos vultos históricos cuja biografia funde mito e realidade. El Cid (1043-1099), o mito do cristão fervoroso que livrou seu país dos muçulmanos. Na verdade, foi um mercenário que lutou, sem peso na consciência, tanto ao lado dos cristãos como de seus inimigos; Henrique VIII (1491-1547), na imaginação popular era um monarca libertino e que gostava trocar de mulher, livrando-se das ex de forma cruel. Na verdade, foi um rei culto e humanista. Seu rompimento com a Igreja Católica teve urgentes razões sucessórias, bem mais complexas que o simples desejo de se divorciar para correr atrás de outro rabo de saia; Billy the Kid (1859-1881), pistoleiro americano ilustra uma categoria pródiga: a dos meliantes cuja biografia foi colorida por certo romantismo. Entre as fantasias a respeito de sua trajetória, a maior – criada por um jornal sensacionalista – é que teria matado 21 homens em seus 21 anos de vida. Na verdade, foram quatro; Lawrence da Arábia (1888-1935), Na 1ª Guerra, a Inglaterra valeu-se do aventureiro galês para estimular o levante dos árabes contra o domínio turco. A lenda tornou-se maior que a pessoa graças ao relato de suas proezas por um jornalista e ao livro de memórias de T. E. Lawrence, “Os Sete Pilares da Sabedoria” – inspiração um bocado fantasiosa.
Agora, em pleno século XXI, o governo quer fazer da realidade uma página fantasiosa no imaginário popular. Nossa estatal mais importante é a empresa mais endividada do planeta, no valor de US$ 135 bilhões. Mesmo com tanta roubalheira, ainda prolifera um discurso radical, intolerante, movidos pelo sentimento de “nós contra eles”, comuns entre aqueles que querem atribuir aos outros a responsabilidade pelos próprios males. O governo navega por mares turbulentos, mas quer passar a imagem de mar de “almirante”. A empresa holandesa SBM disse que ganhou US$ 25 milhões para apressar a inauguração de uma obra da Petrobrás; Venina Fonseca subordinada a Paulo Roberto Costa, afirmou que alertara Graça Foster sobre a corrupção na Petrobras e a presidente da estatal ainda diz que a denunciante não foi clara. Pode?
Chega de fantasiar a realidade diante de tantas provas. Complexo é uma palavra que descreve muito bem o esquema de corrupção montado na Petrobras. A corrupção é um mal antigo, uma cancerosa massa expansiva que não é só privilégio dos maus brasileiros. É o que pode ser constatado nas denúncias contra multinacionais que fizeram obras para o governo. Punição, sim, para corruptos e corruptores. Ufa!
A todos, um feliz Ano Novo!

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SERGIO BARRA é médico e professor

O que ele disse


"É possível que 2014 acabe entrando para a memória política brasileira como o ano em que o Partido dos Trabalhadores morreu.
[...]
"Ao deixar-se contaminar pela corrupção, logo depois de ganhar suas primeiras eleições municipais, há cerca de trinta anos, o PT certamente não queria se matar. Na verdade, imaginava que roubar um pouco não faria mal a ninguém.
[...]
"Depois de andar durante três décadas com a carteirinha de autoridade no bolso, principalmente nos últimos doze anos, o PT perdeu a fé. Não foi capaz de trazer para o debate nacional, durante esse tempo todo, uma única ideia que prestasse, ou que pudesse ser chamada de ideia. Não conseguiu formar nenhuma liderança real em toda a sua história, uma só que fosse - continua, exatamente como na sua fundação, em 1980, só tendo Lula e, abaixo dele, o abismo. Alguém poderia citar um nome remotamente parecido para desempenhar seu papel no partido?
[...]
"Um partido com mais de 300 milhões de reais para torrar em uma campanha não pode ser dos trabalhadores. É impossível que esteja do lado da população, tendo causado tanta destruição de patrimônio público".
[...]
"O PT, enquanto crescia, foi perdendo a alma. Para ganhar cada vez mais, teve de ficar cada vez menos parecido com o que foi, ou quis ser. O resultado é que hoje, quando poderia estar vivendo a sua hora mais brilhante, chega, também ele, ao fim da História".
José Roberto Guzzo, jornalista, no artigo intitulado "O fim da História", publicado na edição desta semana da revista "Veja".

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Na tela - Sagrada Família (A Virgem com São José imberbe)


De Raffaello.

Em pré-ebulição, quartéis aguardam o novo comandante da PM

Coronel Campos: cotado para assumir o Comando Geral, ele enfrenta forte resistência entre os praças.
(Foto da Agência Pará)
Nestes tempos que precedem o anúncio do novo secretariado do governo Jatene, o ambiente na tropa é de, digamos assim, pré-ebulição.
Por pré-ebulição, entenda-se um ambiente em que os quartéis, ao mesmo tempo em que se encontram em estado de alerta, com as antenas ligadíssimas para a indicação do novo comandante geral da Polícia Militar, ainda tentam remoer da melhor forma possível a rebelião desarmada - sem tirar, nem pôr - que puseram setores da corporação em pé de guerra contra o governo Simão Jatene, no início de abril deste ano, a ponto de forçarem o governador a cancelar uma viagem para o exterior.
A pré-ebulição que domina boa parte dos quartéis começou desde que cresceram as especulações sobre a iminente escolha do coronel Roberto Campos, atual comandante de Policiamento da Capital, para ocupar o cargo de comandante-geral da Polícia Militar do Pará.
Campos enfrentaria forte, para não dizer fortíssima resistência sobretudo entre os praças. O estilo dele, classificado como "autoritário" até mesmo para o gosto dos militares, sempre afeitos a férreas disciplinas, contrastaria com o do atual comandante geral da PM, o coronel Daniel Borges Mendes. "Se ele [Campos] assumir, provavelmente teremos muito mais que uma ameaça de greve. É possível que haja mesmo uma greve geral", prevê fonte militar ao Espaço Aberto.
E tem mais.
Durante a última campanha eleitoral, Campos afastou os comandantes do Marco, da Pedreira e do Barreiro. A motivação, não declarada formalmente, mas difundida amplamente nos quartéis, é a de que os afastados estariam se excedendo ao fazer campanha em defesa da reeleição do então candidato Simão Jatene.
"E agora ele [coronel Campos] vem dizer que é Jatene desde criança. Dá-me a santa paciência. A tropa sabe que ele não é, por isso não se expôs e nem se posicionou na eleição recente", afirma a mesma fonte militar.
Os tempos, repita-se, são de pré-ebulição.

Produtores rurais de Juruti lançam cooperativa com apoio da Alcoa

Produtores da região de Planalto e Lago de Juruti, no oeste do Pará, acabam de lançar a Cooperativa de Trabalhadores da Agricultura Familiar (Cooafajur), na sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Juruti. Os 29 cooperados integram o Programa de Agricultura Familiar da Alcoa, desenvolvido em parceria com o Instituto Vitória Régia (IVR), estimula sete atividades e beneficia cerca de 200 famílias.

A Cooperativa pretende fortalecer a agricultura familiar no município, aproveitando o potencial econômico da região. “A gente vai poder emitir nota e fazer a comercialização dos nossos produtos no município. Vai facilitar para recebermos o dinheiro, fazer o comércio e vender o produto, além de possibilitar parcerias”, explica Amadeu Henrique de Souza, presidente da Cooafajur.

Durante este ano, produtores de Juruti, onde a Alcoa atua com uma mina de bauxita, receberam capacitação por meio de oficinas de boas práticas de cultivo de hortaliças, produção de mudas, bovinocultura e piscicultura. Esta última foi realizada em outubro e atendeu 14 comunidades que trabalham com pescado. “O objetivo principal é capacitar os produtores para melhorar o manejo da piscicultura e com isso agregar mais valor à atividade, e produzir com mais qualidade e rentabilidade”, pontua Sheyla Oliveira, coordenadora do Instituto Vitória Régia.

Programa de Agricultura Familiar – Além do apoio de assistência técnica e das oficinas ministradas, os comunitários receberam ainda capacitação de empreendimentos coletivos. As atividades fomentadas no município foram selecionadas por meio de diagnóstico participativo, em que foi observada a necessidade das comunidades, com orientações e esclarecimentos sobre as cadeias produtivas. O Programa de Agricultura Familiar saltou, nos últimos três anos, de três atividades para sete: horticultura, piscicultura, produção de mudas, meliponilicultura, avicultura, Sistema Agroflorestal Sustentável e manejo de bovinos.

“Tivemos grandes resultados depois das oficinas. Por exemplo, em boas práticas de hortaliças, os produtores agora têm mais conhecimento sobre o adubo orgânico e os inseticidas naturais. Na produção de mudas, passaram a ver a atividade como negócio rentável. O Sistema Agroflorestal Sustentável contribuiu para que o produtor tenha mais responsabilidade com o meio ambiente”, destaca a coordenadora.

“O programa inseriu os produtores em novos mercados, possibilitou acesso a conhecimentos técnicos e oportunidades de geração de renda”, ressalta Viviane Penna, analista de Sustentabilidade da unidade da Alcoa em Juruti. Houve ainda aumento de culturas de produção para subsistência e segurança alimentar, anteriormente baseada na monocultura da farinha. Os produtores foram inseridos em novos mercados, com apresentação e orientação de oportunidades, e o senso de comunidade foi fortalecido a partir do lançamento da cooperativa.

Fonte: Assessoria de Imprensa

O que ele disse


"Também nós, nessa bendita noite, viemos à casa de Deus, atravessando as trevas que envolvem a terra, guiados pela chama da fé que ilumina nossos passos e animados pela esperança de encontrar a grande luz"
Papa Francisco, durante a Missa do Galo.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Bing Crosby & Frank Sinatra - White Christmas

Os ipês tingem a praça Batista Campos de amarelo


Nem tudo, meus caros, está perdido.
A praça Batista Campos, mesmo com o ar de abandono e mesmo com buraqueiras recentemente calafetadas, ainda é capaz de nos proporcionar cenários meio, digamos assim, europeus como este.
Olhem só essa imagem captada pelas lentes do leitor do blog Augusto Vasconcelos.
Mostra o gramado - seco, esturricado - da praça tingido pelo amarelo dos ipês.
Uma foto lindíssima.
Que mais linda ficaria se a praça tivesse a atenção, os cuidados e o carinho que merece.
Ah, sim.
E por falar em Batista Campos, vale ressaltar: menos de duas semanas depois da reposição das pedras portuguesas nos locais antes esburacados, várias já começaram a se soltar.
É sinal de que virão mais buracos por aí.
Em breve.
Muito em breve.

Natal com Arte. Um espetáculo inebriante.

Olhem só.
O largo em frente à igreja de Santo Alexandre virou um palco de excelências, no último sábado à noite, durante a o espetáculo Natal com Arte em Toda Parte, promovido pela Secult.
Ali estava a soprano Carmen Monarcha.
Ali estava a magistral Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, sob a regência do maestro Miguel Campos Neto.
Ali estavam Coro Lírico de 60 vozes e do coro infanto-juvenil Vale Música de 110 vozes.
Ali pudemos ouvir Waldemar Henrique, Haendel, Strauss, Tom Jobim e clássicos natalinos, como "Ó noite santa", "Noite feliz" e "Boas Festas" (vejam algumas interpretações no vídeo acima).
Um repertório perfeito, para inebriar multidões.
Talentos escolhidos na medida, para extasiar multidões.
 O show estava marcado para começar às 20h.
O poster chegou um pouco atrasado, por volta das 20h15. Foi até de táxi, porque estava certo de que seria impossível encontrar vaga para estacionar em todo o entorno do complexo Feliz Lusitânia.
Que nada!
O táxi deixou-me praticamente em cima do palco armado em frente à igreja de Santo Alexandre, tão livres eram os espaços.
"Olhem só como é que é. Se fosse artista de fora, isso aqui já estava lotado", bradava um homem, expressando resumida e precisamente a sensação que tínhamos nós, os poucos espectadores reunidos para assistir àquele espetáculo - realmente, um espetáculo, na verdadeira acepção do termo.
Acreditem: não havia mil pessoas assistindo ao concerto.
O público se resumia ao que vocês podem ver abaixo, na foto do Espaço Aberto.
Uma pena que um programa daquela qualidade tenha sido visto por tão poucos - pelo menos em Belém, porque não sei a quantidade de público presente ao mesmo concerto em Icoaraci, dias antes.
Um espetáculo daquela qualidade, acreditem, atrairia pelo menos 5 mil pessoas em qualquer praça de qualquer cidade de médio porte da Europa.
Um espetáculo daquela qualidade precisaria ser visto por mais gente, por mais paraenses, para que possamos nos orgulhar de viver numa terra que, sem exagero, talvez detenha a maior diversidade de ritmos em todo o país.
Mas não.
Em ocasiões que tais, em oportunidades como essa, são poucos os que aproveitam o que é bom.
Mas que não desista a Secult.
E não desistam os talentos que exibiram a excelências de seus virtuosismos numa noite tão agradável como aquela.
Ainda chegará o dia em que teremos multidões na praça, assistindo a um Natal com Arte em Toda Parte.