segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

De um sutiã sai um um revólver. Em plena Batista Campos.


Sabem a Praça Batista Campos, aquela em que as pessoas são paradas por bandidos com revólver em punho?
Sabem a Praça Batista Campos, aquela em que cidadãos são assaltados até mesmo perto de pelotões do Exército?
Sabem a praça, onde mães em passeio com seus bebês também são presas de criminosos?
Essa mesma.
Na Praça Batista Campos, um simples sutiã, meus caros, pode ser o esconderijo de uma arma que será apontada para a cabeça de alguém.
Há poucos dias, uma senhora que caminhava pela manhã na parte de dentro da praça, foi abordada por um casal.
A mulher meteu a mão no sutiã, tirou um revólver e apontou para a cabeça da vítima, que perdeu o telefone celular.
Até agora, o que se sabe é que os bandidos vinham agindo preferencialmente nos calçadões da praça, que margeiam a Tamoios, Padre Eutíquio, Mundurucus e Serzedelo.
Mas o modus operandi - como dizem os nossos puliças - da bandidagem mudou: nos calçadões ou na parte de dentro da praça, todo lugar se apresenta propício para assaltantes abordarem suas vítimas.
E os puliças?
Desde o ano passado, como já informou o Espaço Aberto, eles já não estão mais fixamente na praça. O que vemos, esporadicamente, são policiais que passam por lá em suas rondas normais.
E se vocês ainda não estão convencidos sobre os riscos na praça e no seu entorno, leiam essa mensagem aí, no perfil do Belém Trânsito no Facebook.
É assim.
Não deveria ser, mas é.

Lula e FHC: investigáveis e investigados




Lula, ex-presidente, insiste em não ser investigado nos casos do tríplex em Guarujá e no sítio em Atibaia.
É um erro. Porque a máxima, muito embora antiga e batida, é verdadeira: quem não deve não teme.
FHC, ex-presidente, insiste em dizer que nada tem a ver com a contratação, por uma empresa, de jornalista com quem manteve relacionamento extraconjugal.
É muito estranho. E isso precisa ser devidamente esclarecido, porque Fernando Henrique, na condição de um dos líderes da oposição, tem funcionado como baladeira. Convém que não passe a vidraça.

"No Brasil de hoje está instalada a luta de classes"


Do leitor do Espaço Aberto Ronaldo Passarinho, sobre a postagem Redes sociais fazem exalar podridões de alto risco:

No Brasil de hoje está instalada a luta de classes. No caso político, quem não é do PT fica imediatamente demonizado. Espanta-me constatar que se negue ou se conteste a série interminável de escândalos que nos estarrecem.
As quantias milionárias já devolvidas à Petrobras, e aos cofres do governo, são provas incontestáveis da verdeira quadrilha que age e continua agindo em setores cruciais do pais.
A defesa, para citar um só exemplo, vinda pelas declarações do Lula, diz mais ou menos: "Eles não aceitam que o pobre ande de avião" - e por aí vai. Aposentou o mantra preferido "eu não sabia" pela guerra entre ele e nós.
As faladas redes sociais, em grande parte, como dizes, servem "para despejar podridão de toda espécie".

O populismo de direita de Donald Trump



Mesmo que a figura não seja simpática e tenha o nariz empinado, foi impossível não prestar atenção em Donald Trump (na foto), o pré-candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos. Quanto mais politicamente incorreto faz de suas declarações, mais consolidava a liderança entre os dezessete aspirantes à nomeação republicana - três abandonaram a corrida mais cedo. Trump começou a disputa prometendo construir um enorme muro para impedir a imigração pela fronteira com o México - e enviar a conta da obra para o país vizinho.
Após os atentados de 13 de novembro em Paris e o massacre de catorze pessoas por um casal de radicais islâmicos na Califórnia, Trump acrescentou que, se for presidente, proibirá a entrada também de muçulmanos. A atitude de candidato que não joga segundo as regras políticas tradicionais agradou a uma boa parcela de eleitores conservadores, principalmente aos que pertencem à minguante classe média americana. O magnata do setor imobiliário não foi o único a despontar, apesar - ou por causa - das ideias estapafúrdias. Um de seus concorrentes, o cirurgião Bem Carson, acredita que as teorias de Charles Darwin são “coisas do demônio”. Pesquisas feitas à época mostram que Trump perderia a eleição de 2016 para a democrata Hillary Clinton.
Os resultados de 1º de fevereiro em Iowa se desviaram em uma direção satisfatória para os republicanos, mas desconfortável para os democratas. Não ainda em termos de eleição de novembro propriamente dita, mas por seu significado para as disputas internas até julho, Trump, um pesadelo para a maquina republicana e para quem tenha um mínimo de bom senso político, saiu diminuído pela derrota para Ted Cruz e mais ainda pelo quase empate com o terceiro colocado, Marco Rubio. Hillary conseguiu um mero empate com Bernie Sanders e isso faz prever uma disputa desgastante.
Os resultados de Iowa repõem a disputa em um curso familiar, mas o consenso ideológico ainda está abalado. Apesar de Iowa ser um Estado tão pequeno, em que as comunidades se reúnem para debater em espaços públicos durante as primárias, seus resultados têm forte influência sobre o financiamento das campanhas e a estratégia dos pré-candidatos à presidência. A vantagem das convenções partidárias de Iowa é que permite que um grupo de eleitores avalie os candidatos de perto e faça escolhas mais bem informadas do que numa primária nacional.
Democratas e republicanos não estão preocupados somente com o enfrentamento entre si. Surgiu um novo fator de preocupação após as primárias de New Hampshire. Em ambos os partidos, venceram aqueles que significam a “insurgência ideológica” - radicais, portanto - no seio de suas próprias legendas em relação ao poder nelas cristalizados. Pelo Partido Republicano, ganhou Trump, com um passeio no segundo colocado, o senador Marco Rubio - ou seja - os conservadores do partido perderam feio para a direita do partido. Pouco antes da votação, um teatral Trump reafirmou seu compromisso de expulsar muçulmanos e de instituir a tortura de simulação de afogamento como método oficial de interrogatório policial.
O favoritismo era de Hillary, que ficava tirando barato das propagandas de Trump. Mas a coisa não foi tão bem quanto esperava. Pelos democratas, os liberais abençoados pelos cardeais do partido, capitaneados por Hillary, foram massacrados, como não se via há 60 anos, por Bernie Sanders - a plataforma socialista, a pregar que ricos e brancos financiem estudos dos pobres e negros, ficou muito à frente da moderada. É prematuro prever o peso que isso terá nos demais estados, mas há temor de que o fenômeno New Hampshire possa influenciar nas prévias da Carolina do Sul e de Nevada.
Trump, das quatro primárias, venceu três e a esperança dos republicanos moderados de retomar as rédeas do partido ao novo populismo de direita de Trump. Esses resultados inesperados embaralham o jogo que vai decidir os candidatos à sucessão de Barack Obama. E aí, hein? Agora, é só aguardar a Super Terça.

--------------------------------------------

SERGIO BARRA é médico e professor
sergiobarra9@gmail.com

O que ele disse


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Redes sociais fazem exalar podridões de alto risco


É o seguinte.
Bons tempos aqueles - bons mesmo - em que as brigas de comadres se resumiam a um bate-boca inconsequente, cheio de malícias, mas de repercussão limitadíssima a cinco, seis ou dez pessoas.
Bons tempos aqueles em que as reuniões animadas de compadres eram recheadas de fofocas - das mais cabeludas, que fossem -, mas com repercussão restrita a grupelhos.
Esses eram os tempos pré-spams, pré-Facebook, pré-Instagram, pré-Snapchat, pré-tudo isso aí.
Eram tempos, enfim, pré-redes sociais.
Hoje, não.
Comadres fofocam pelo Facebook.
Compadres dizem podridões pelo Twitter e correlatos.
Temos, então, horrores sem fim.
Nos últimos dias, leitores voltaram a relatar ao blog coisas horríveis que brotam de desavenças pelas redes sociais.
O bate-boca começa com tom e pinta de altíssimas discussões sobre os destinos políticos do país.
Mas logo desanda para baixarias que envolvem a honra até mesmo de terceiros que nada têm a ver com a história.
E as baixarias repercutem de tal forma que, em poucas horas, as mentiras se multiplicam em progressão geométrica.
Por isso é que o Espaço Aberto, em postagem de setembro do ano passado, intitulada Redes sociais viram o desaguadouro de podridões, escreveu assim:

Neste Brasil democrático, o mais democrático em cinco séculos de história, assistimos aos trogloditas da intolerância recorrendo às redes sociais para despejar podridões de toda espécie.
Neste Brasil democrático, confunde-se o direito de criticar com o destroçamento de reputações, simplesmente porque o oposto pensa diferente de nós, age diferente de nós e tem opções diferentes das nossas.
Aonde, sinceramente, iremos parar?

Essa pergunta continua no ar.

Caos na Augusto Montenegro vai muito além da buraqueira


De leitor do Espaço Aberto, sobre a postagem A Augusto Montenegro vira uma "celebridade". Viva ela!:

Toda obra causa um caos.
Morei há 25 anos na rodovia. Lembrei que era a rodovia da morte, cheia de buracos.
Aí o prefeito, acho que o Gueiros, asfaltou e ficou um tapete. E continuou sendo a rodovia da morte, porque os motoristas só andavam chutados.
Aí o outro prefeito, acho que o Ed [Edmilson Rodrigues], colocou radares.
Aí criticaram por ser a indústria da multa. Aí o Zenaldo faz o BRT e criticam. Quando o BRT ficar pronto, qual será a crítica?

Do perfil Belém fala, em resposta:

O desavisado Anônimo precisa saber que a buraqueira da Augusto Montenegro não tem qualquer relação com a obra do BRT. Não se está falando de um transtorno causado pela obra, mas sim pelo abandono, pelo descaso, pela omissão de uma prefeitura muito eficiente na hora de cobrar tributos e multas, mas negligente quando o assunto é devolver essas taxas na forma de serviços dignos. É buraco na pista, maninho - ou no que sobrou dela.
E outra, essa obra maldita completou 4 anos - eu disse quatro anos - sem dizer a que veio. Ainda não melhorou nada na vida da população, exceto uma ligeira rapidez com o uso da faixa expressa na Almirante Barroso. Só.
Você acha razoável que uma obra se arraste por tanto tempo, consumindo um volume monumental de verbas públicas, sem que cumpra efetivamente o que se espera?

Mudanças no comando da redação de "Veja"


Da jornalista Joice Hasselmann (na foto), em sua página no Facebook

Pessoal, eu avisei, mesmo que sutilmente, mas as coisas agora estão mais escancaradas. A @VEJA não é mais a mesma há muito tempo. Meu pescoço foi só o começo. André Petry, que assume o comando, é gentil, de sorriso fácil, querido, do tipo que leva marmita para o trabalho, que cantarolava comigo algumas vezes, um grande homem, mas com influência política mais à esquerda. É um direito, claro, mas é assim. Quantas vezes Petry brincou comigo dizendo que não gravaria um programa porque pensava muito diferente de mim. Brincávamos com isso, mas ele sempre pensou diferente, tanto que nunca se envolveu nas questões políticas. É um homem genial, texto ótimo, mas com convicções políticas muito diferentes das defendidas até um passado recente pela VEJA. Se essas convicções nortearem a linha da revista, pode ser um desserviço ao país. Muda algo? Talvez. Claro que as nada é tão escancarado, ainda que tenhamos visto que os ventos da mudança sopram com força por lá. O que foram as últimas capas? Ainda virão programas babacas em que todos dizem que nada muda, capas agressivas, mas pode ser que sejam exceções. Pode ser que uma linha mais compreensiva venha à tona. Veremos. Na semana passada VEJA já teve que se explicar. Não está colando mais. Alguns colunistas continuarão tendo espaço para "equilibrar" o jogo e não perder mais público. Mas o fato é que Eurípedes Alcântara foi degolado aos poucos. Perdeu força de mando. Eu vi isso. Ele me disse algumas vezes: "sou um sobrevivente", mas não foi o suficiente. Eurípedes manteve o legado do Guzzo que fez a VEJA o que ela foi e já não é mais há algum tempo. 
Quando armaram o golpe contra mim (palavras do Eurípedes) ele disse que sequer foi comunicado. Liguei. Ao telefone ficou chocado. Disse que "foi uma armação orquestrada pela turma do mal da VEJA que nunca aceitou o sucesso do projeto" que criei. Bem, foi ele quem me contratou. Era o chefe geral. Nada deveria acontecer sem a anuência dele. Aconteceu. Ainda contarei todos os detalhes num livro que será de arrepiar, acreditem! Contarei inclusive detalhes do jantar com a cúpula deVEJA pós rompimento do meu contrato que aconteceu no restaurante mais sofisticado de São Paulo...e vejam só, cheguei bem na hora do brinde! 
Eu saí numa semana, logo depois veio a Friboi na publicidade e uma penca de estatais. Coincidência? Pode ser. 
Pois bem, eu continuarei aqui, fazendo jornalismo independente. Minha audiência me acompanha. Mas, talvez a da VEJA despenque, como despencaram as assinaturas e como dispararam os cancelamentos, só momentaneamente. Depois pode aumentar. Quem sabe o público do Brasil 247, do Instituto Lula e de pelegos pagos para falar bem da corja petista irão acompanhar de perto as publicações. Talvez. Mas sejamos esperançosos. Quem sabe nada mudará. Quem sabe tudo sejam só ilações. Quem sabe. Veremos. No momento tudo é muito nebuloso. Lamento muito. Já tive orgulho de lá. Eu ainda estou aqui, olhando tudo com atenção, e permanecerei! Espinha ereta não tem preço, tem apenas VALOR!!!!

A República assaltada: até acarajé tem sabor e cheiro de roubalheira

Bons tempos também eram aqueles em que acarajé era apenas uma comida típica baiana.
Eram os tempos da inocência, vocês dirão.
Nem tanto.
Mas também não eram tempos como este, em que corrupções da grossas, reveladas e descobertas todo dia, o dia todo, não permite a ninguém estimar aonde tudo isso vai parar.


O que ele disse


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

A Augusto Montenegro vira uma "celebridade". Viva ela!






Nem tudo está perdido, né?
Quando ninguém acreditava que a rodovia (ou avenida, sei lá) Augusto Montenegro pudesse, um dia, ser uma celebridade nacional, eis que essa via, uma das mais importantes da Região Metropolitana de Belém, salta para os trending topics, que nada mais significa do que alcançar o topo dos topos entre os assuntos mais comentados do Twitter.
Essa data histórica, essa efeméride, que poderia muito bem ser consignada num monumento, foi registrada na manhã desta quarta-feira (24) e devidamente registrada nas postagem de tuiteiros em vários perfis, entre eles o Belém fala.
Por que a celebrização da Augusto Montenegro? Por que ela alcança essa notoriedade tão fantástica?
Para que tenham a reposta, olhem as fotos acima, pinçadas ao léu na internet.
Mostram a buraqueira e o trânsito sempre caótico.
Depois, leiam algumas das postagens abaixo, feitas por tuiteiros.
Percebam os prejuízos que a população sofre com essa situação.
É gente que chega tarde aos seus compromissos, que passa horas tormentosas dentro de ônibus imundos, que fica à mercê de assaltantes sempre prontos para dar o bote, que não tem ideia de quando, afinal de contas, vão ter fim as obras desse BRT sem fim.
Correr pra onde?
Apelar a quem?

Pedir socorro a quem?


Bandido de arma em punho invade ótica. Em pleno Umarizal.


Ótica situada na rua Domingos Marreiros, quase na esquina com a Generalíssimo, foi assaltada em plenas 14h de ontem.
Em verdade, o dono, amigo aqui do repórter, é que foi assaltado.
Deparou-se com bandido invadindo seu estabelecimento com arma em punho, para levar-lhe relógio e celular.
À porta, ficou a moto (sempre, sempre e sempre uma moto na parada) do assaltante, que não tirou o capacete, logicamente para dificultar a identificação.
O Umarizal, meus caros, transformou-se numa dos bairros mais perigosos de Belém. E não é de hoje.
Todos os bairros estão perigosos, admita-se.
Mas o Umarizal está entre os mais, mais.

Putz!

E você aí, por que não se habilita a ser cartola?



Reparem só.
A nota acima está no blog de Lauro Jardim, de O Globo.
E depois vocês ainda querem saber por que essa turma - cheia de grandes ideais, de boas e edificantes intenções em relação ao futebol brasileiro - não larga o osso de jeito nenhum.
E depois vocês ainda perguntam o que é, afinal de contas, que motiva essa brava gente, que faz da ocupação de cartolagem uma profissão das mais rentáveis.

E depois vocês ainda têm dúvidas sobre as razões que levam o futebol brasileiro a estar como está.

O que ele disse


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Mulher de marqueteiro do PT já foi casada com paraense


O envolvimento, com a consequente prisão, do casal João Santana e Mônica Moura, os dois novos fisgados pela Operação Lava Jato, está sendo acompanhado atentamente aqui em Belém.
É que Mônica já foi casada, anteriormente, com escritor paraense e jornalista que também já teve passagem pelo ramo da publicidade.
E João Santana foi casado com uma das irmãs de jornalista que bate ponto em redação de jornal em Belém.
Ela foi uma das sete - sim, isso mesmo, sete - mulheres do marqueteiro.

Afastamento de desembargadoras não põe em risco sessão do TJ do Pará


O afastamento das desembargadoras do Tribunal de Justiça do Estado Marneide Merabet e Vera Araújo, decretado à unanimidade pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, na terça-feira passada (17), não põe em risco de anulação a sessão do Pleno do TJ, que naquele mesmo dia escolheu os juízes Mairton Marques Carneiro, Ezilda Pastana Mutran, Maria Elvina Gemaque Taveira, Rosileide Maria da Costa Cunha e Nadja Nara Cobra Meda para ingressar no desembargo.
O Espaço Aberto colheu, junto ao sítio do próprio Supremo, a informação (vejam na imagem acima) de que todos os procedimentos posteriores à deliberação, foram adotados de forma célere pela secretaria da Turma, inclusive a lavratura da certidão de julgamento e o envio do fax intimando a presidência do TJ da decisão. Mas tudo foi feito no dia 18, uma quinta-feira, portanto 24 horas depois de decretado o afastamento das duas magistradas e da sessão do Pleno que escolheu os cinco novos desembargadores.
Além disso, o Espaço Aberto apurou junto a fonte segura do Tribunal de Justiça a informação de que, mesmo se a intimação fosse feita no dia 17, antes ou durante a sessão em que as magistradas afastadas estavam participando, tal fato não daria margem à anulação da escolha dos novos desembargadores, uma vez que a diferença de dois votos, para mais ou menos, em nada modificaria o resultado.

O caso
A decisão da Segunda Turma, acompanhando por unanimidade o voto da ministra Cármen Lúcia, que também preside o colegiado, revogou liminar concedida em 2014 pelo ministro Ricardo Lewandowski, que tornara sem efeito o afastamento cautelar das desembargadoras, decidido pelo Conselho Nacional de Justiça.
O caso começou em 5 de novembro de 2010, uma sexta-feira, quando Francisco Nunes Pereira, residente em Tatuí (SP), ingressou através de Joares Correia dos Anjos, com uma ação de usucapião especial de coisa móvel contra o Banco do Brasil, dizendo-se titular de conta bancária com depósitos no valor de R$ 2,3 bilhões.
Na segunda-feira seguinte, dia 8, Vera Araujo, na época juíza da 5º Vara da Capital, concedeu liminar e determinou o bloqueio dos valores, contra o Banco do Brasil. Mesmo tendo alertado a magistrada, o BB não conseguiu revogar a decisão. Através de agravo do Banco, a desembargadora Marneide Merabet manteve a decisão de sua colega, disponibilizando ao autor o valor de mais de R$ 2,3 bilhões, o que faria do peticionante um dos poucos integrantes do seleto grupo de bilionários brasileiros.

A tentativa de fraude contra o BB somente não foi consumada em razão da intervenção da Corregedoria Nacional de Justiça, quando a Ministra Eliana Calmon suspendeu o bloqueio. 

Belém nos tempos: a livraria Tavares Cardoso

A Livraria Tavares Cardoso, em 1910

O interior da livraria, em 1910

O prédio após a restauração, em 2008

A incrível livraria, que no início do século XX reunia os melhores títulos do mundo, nos mais variados idiomas e para consumidores que pagavam fortunas para ter acesso a essa sabedoria e cultura. Uma livraria que mais parecia um palácio, com três andares e uma arquitetura que lembrava as grande bibliotecas europeias.
Mais doque isso, foi um dos mais importantes pontos de troca entre a literatura brasileira e portuguesa, na segunda metade do século XIX, levando aos portugueses, obras de ícones brasileiros como Castro Alves. E você passa por ela e nunca teve a curiosidade de conhecer esta história.
Imagine uma cidade, há 110 anos que possuía uma livraria com três andares recheadas de obras do mundo todo. Imagine uma clientela que consumia livros em inglês, alemão, francês e algumas poucas em português. A população sofisticada e rica sonhava em viver na Paris d'América e pagava por isso.
A borracha atraia uma elite endinheirada, que por sua vez pedia produtos sofisticados. Nesse contexto de impressos e leituras, o negócio com os livros atraiu alguns comerciantes portugueses para o ramo, dentre eles, os irmãos Avelino e Eduardo Tavares Cardoso, que aportaram em Belém na década de 1860.
O caminho já tinha sido desbravado por outro livreiro, o tio Henrique d’Araújo Godinho Tavares, que por aqui abriu a Godinho Tavares & Cia. O negócio de tio Henrique foi decisivo para o caminho no ramo dos livros para os irmãos Tavares Cardoso não somente em Belém como também em Lisboa, uma vez que estreitou relações comerciais com o livreiro editor português João Baptista Mattos Moreira.
Uma sociedade que durou até a assimilação, por completo da firma Mattos Moreira & Cia, pelos irmãos Avelino e Eduardo Tavares Cardoso, sob a Livraria Tavares Cardoso & Irmão.
Em 1872, o negócio ganha um caráter transnacional. Avelino mudou-se para Lisboa e abriu outra loja de livros com a mesma denominação da primeira. A sociedade de Henrique d’Araújo Tavares e Mattos Moreira, naquele momento, foi estabelecida diretamente entre Mattos Moreira e Avelino Tavares Cardoso
A parceria entre os irmãos Tavares Cardoso foi responsável pela publicação e divulgação várias traduções de peças e adaptações de romances para o teatro, tão relevante que, a partir de então, as obras desses autores aparecem recorrentemente nos anúncios da Livraria de Tavares Cardoso & Irmão.
A empresa ganha a qualificação de Livraria Universal de Tavares Cardoso & Irmão, em uma via de mão dupla.
Porque em Portugal a parceria possibilitou a edição, impressão e divulgação de obras de escritores nacionais ou de livros com temas brasileiros, impressos em Lisboa, não apenas em primeira como em segunda edição, exemplo disso são os livros: Scenas da Vida Amazônica (1886), Estudos Brasileiros (1889), de José Veríssimo; Saldunes (1900), de Coelho Netto; Estudos Paraenses (1893), de João Lúcio de Azevedo; Os Escravos (1884), de Castro Alves; e O descobrimento do Brasil (1900), de Alberto Pimentel.
Os irmãos Tavares Cardoso tornaram-se nesse contexto de conexão “além-mar” atores e mediadores de trocas culturais entre Brasil e Portugal. Matriz em Belém com filial em Lisboa.
O prédio ainda está no mesmo lugar, na João Alfredo, entre Padre Eutíquio e Sete de setembro. Bem no centro do comércio popular de Belém. Você não o vê porque nunca ousou olhar para o alto.
Para o bem da memória coletiva, a família Tavares Cardoso, ainda proprietária do prédio da Livraria Universal, no centro da cidade, tomou a iniciativa de reformá-lo, com recurso do Monumenta. O Chalé Tavares Cardoso, em Icoaraci, que funcionava como casa de férias do livreiro Eduardo, vendido à prefeitura, não teve tanta sorte e hoje agoniza, esperando o momento de desaparecer levando junto esta história.
O prédio da livraria Universal hoje, funciona como loja de tecidos. Divisórias em madeira escondem todo o esplendor dos 3 andares mas que estão lá. Esta parte escondida, mas milagrosamente preservada, poderia ser compartilhada , e quem sabe virar até atração da loja de tecidos e roupas, que deixaria de ser mais uma , para ser a atração do velho centro.
Fontes: http://www.espea.iel.unicamp.br/textos/IDtextos_55_pt.pdf/ Secult 2004/ Blog Flanar/ fotos atuais retiradas da Internet.

MPF vai acompanhar reforma do Ver-o-Peso


O Ministério Público Federal (MPF) recebeu na segunda-feira (22) um abaixo-assinado de feirantes e entidades que apontam problemas na forma como a Prefeitura de Belém (PA) está conduzindo uma proposta de reforma do mercado do Ver-O-Peso, um dos mais importantes patrimônios históricos e arquitetônicos da capital paraense, maior feira livre da América Latina e candidato a ser tombado como patrimônio da humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Durante a reunião, o procurador regional da República José Augusto Torres Potiguar anunciou que abriu um procedimento formal para acompanhar o projeto, batizado pela prefeitura de Belém de “Novo Ver-O-Peso”. “Quero deixar claro para vocês que não existe prazo nenhum para aprovação desse projeto. Enquanto estiver faltando algum documento, alguma informação que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que está analisando o projeto) considere indispensável, nós vamos todos aguardar. Não há espaço para açodamento na aprovação desse projeto”, disse.
Os vereadores Sandra Batista (PCdoB) e Marquinho do PT estiveram presentes e pedirem apoio do MPF para conseguir a íntegra do projeto, que até agora a prefeitura, segundo eles, não apresentou à Câmara de Vereadores. A representante da Associação dos Amigos do Patrimônio de Belém, Nádia Brasil, relatou ao procurador que o Iphan tinha verba federal reservada para reformar o Ver-O-Peso, no total de R$ 14 milhões, mas a prefeitura deixou de apresentar projeto e o dinheiro não veio.
Em vez de reformas, o projeto até agora apresentado, a um custo previsto de R$ 34 milhões prevê modificações profundas tanto estéticas quanto de funcionamento da feira. Para os feirantes, as maiores preocupações dizem respeito à manutenção da Pedra do Peixe e da Feira do Açaí, setores que não estão previstos no projeto da prefeitura e são fundamentais para o abastecimento de todo o conjunto do Ver-O-Peso. Eles também se disseram preocupados com a falta de garantias sobre a manutenção dos atuais permissionários e com a ausência de diálogo da prefeitura.
“O projeto não pode interferir no conjunto arquitetônico tombado”, disse Potiguar, que deve se reunir com a equipe do Iphan em breve para debater a reforma. Outra condição anunciada pelo procurador foi que não será aprovada nenhuma reforma em que não esteja assegurada uma verba vinculada e com cronograma de execução. “Uma obra dessa magnitude precisa ter garantia de conclusão e prazo para começar, se desenvolver e terminar”, avisou. 

Fonte: Ministério Público Federal

O que ele disse


terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Preços em estacionamentos estão quase proibitivos

Espiem abaixo.
A imagem dessa fatura está no perfil do Belém Trânsito no Twitter (veja aqui).
Dispensa comentários o valor que está sendo cobrado nesses estacionamentos.
Não é só na Estação das Docas, não.
Nos shoppings, também estão pelos olhos da cara.


Petistas já esperavam que Santana seria a bola da vez


Era questão de tempo.
Apenas questão de tempo.
Alguns petistas aqui no Pará já estavam esperando, há meses, que a Justiça Federal mirasse com mai atenção a dinheirama que o jornalista e publicitário João Santana (na foto) recebeu, por ter pilotado as campanhas eleitorais de Lula e Dilma.
Pois a mira acabou indo além, com a decretação da prisão de Santana, suspeito de ter recebido nada menos de US$ 7,5 milhões entre 2012 e 2014, por meio de uma conta secreta na Suíça. O dinheiro não passaria de propina e teria origem em contratos firmados com a Petrobras.
E agora que os petistas também estão certos de que a 23ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada ontem, vai representar uma devassa nas contas e no patrimônio de Santana, bem como poderá dar novo impulso - ou empuxo, se quiserem - no movimento favorável pelo impeachment de Dilma, como também poderá oferecer novos elementos que robusteçam a ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedindo a cassação dos mandatos da presidente e do vice, Michel Temer.
Elementos não faltam para acender os olhos do Ministério Público e da Polícia Federal, que já detectaram um aumento de estratosféricos 5.758% no patrimônio de Santana, entre os anos de 2004 e 2014.

Em 2004, de acordo com dados da Receita Federal, o marqueteiro tinha patrimônio de cerca de R$ 1 milhão, volume de dinheiro que saltou para R$ 59,12 milhões em 2014, declarados como resultado de "lucros e dividendos recebidos pelas suas empresas de publicidade".

Os nossos péssimos gramados. E a nossa péssima FPF.


Coleguinhas daqui não param de reclamar do gramado do Parque do Bacurau, o estádio de Cametá onde o Remo, a duras penas, classificou-se no último domingo para as semifinaisdo primeiro turno do Parazão.
"Horroroso", dizem uns.
"Péssimo", acrescentam outros.
"Inadequado para a prática do futebol", completam os demais.
Pois é.
A cada início de campeonato, os Bombeiros são chamados para avaliar o nível de segurança das nossas dignas praças esportivas, incluindo o Mangueirão e estádios do interior onde serão disputados os jogos do Parazão.
A avaliação diz respeito, é evidente, apenas às arquibancadas e à estrutura do estádio de um modo geral. Tem a ver, portanto, com a segurança dos torcedores.
Perfeito.
E os jogadores?
Não são gente, não, meus caros?
Além de serem gente (por mais incrível que pareça), são trabalhadores, são profissionais.
Nessa condição, ficam expostos a graves riscos de sofre grave lesão até mesmo sozinhos, correndo num gramado horroroso como o do Parque do Bacurau,
Avaliar se o gramado de um estádio está ou não minimamente adequado para a prática do futebol é tarefa do Departamento Técnico da FFP, né?
O que fazem, então, esses bons moços, que entra campeonato, sai campeonato e continuam autorizando a realização de jogos em gramados pirentos, como o do estádio de Cametá?
Querem ver outra absurdez sem fim, que mostra uma sesquipedal (uhhh!, e com licença do velho Nelson), uma colossal omissão da FPF?
A absurdez estão em não exigir-se que Tucuruí adeque as dimensões de seu estádio ao padrão exigido pela Fifa e que já são, portanto, seguidas na maioria dos estádios do Brasil, inclusive num Parque do Bacurau da vida.
A Fifa exige que os gramados tenham no mínimo 105m x 68m. O Navegantão, em Tucuruí, tem 110m x 75m. Está nesse tamanho há anos.
Por que a FPF não exige uma padronização? A Federação Paulista de Futebol já fez isso no ano passado.
Que custos haverá em arredar cada trave 2,5m para dentro do gramado e encurtar as linhas laterais?
Os custos seriam praticamente nenhum, limitando-se à demarcação do novo quadrilátero. Mas a FPF nada faz.

Pode?

O que ele disse


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Lucy Alves - Frevo Mulher


Artista plástica denuncia supostas irregularidades no CPC


 Vejam só.
A artista plástica paraense Berna Reale (acima, em uma de suas mais polêmicas instalações, em foto extraída do próprio site da artista), que também é funcionária pública há três décadas, exercendo atualmente o cargo de perita do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, em Belém, teria agredida verbalmente pelo diretor do Instituto de Criminalística, Silvio André Lima da Conceição.
A servidora e o diretor apresentam versões contrapostas, segundo matéria publicadana última quinta-feira pelo jornal O Globo. Há acusações recíprocas de desequilíbrio emocional que teria causado o destempero verbal, de uma e de outro.
Mas a discussão verbal é apenas um detalhe de questão muito mais grave que teria desencadeado o bate-boca: a denúncia de Berna Reale de que muitos peritos do Instituto de Criminalística seriam servidores em outros Estados e, portanto, raramente dariam as caras no trabalho, em Belém.
Vejam, abaixo, a matéria publicada em O Globo.

---------------------------------------------------------

Conhecida por trabalhos que lidam com temas como injustiça e violência, a artista paraense Berna Reale diz ter sido alvo de agressão no Centro de Perícias Científicas (CPC) de Belém (PA), onde trabalha como perita criminal. Na tarde de quarta-feira, conta a artista, ela relatou irregularidades ao diretor do Instituto de Criminalística do órgão, Silvio André Lima da Conceição. Berna diz que havia levado as queixas ao setor de Recursos Humanos do órgão e, quando retornava à sua sala, foi acuada pelo diretor.
— Ele gritava tanto que as pessoas começaram a sair de suas salas para ver o que estava acontecendo. Ele botou o dedo no meu nariz e tentou me levar à força para dentro, dizendo que ia me ensinar como respeitá-lo. Ele estava transtornado e só me deixou quando percebeu que havia muita gente observando a cena — disse Berna ao GLOBO, por telefone.
Perita há seis anos (e servidora pública do Pará há 31), a artista conta que denunciou o fato de muitos peritos do órgão serem servidores em outros Estados e, portanto, aparecerem raramente nas dependências do CPC.
— Juntei provas disso, fiz um dossiê e levei à Corregedoria. Nada aconteceu. Ontem, questionei o diretor: “Por que o senhor não faz nada a respeito?”, e ele reagiu de forma agressiva.
Uma das artistas representantes do Brasil na última Bienal de Veneza, a mais importante exposição de arte do mundo, Berna costuma criar trabalhos que lidam justamente com a violência — seja a policial, seja aquela praticada contra as mulheres ou em decorrência da miséria.
— Eu sou uma artista que fala sobre violência, não posso me calar. Não posso mais — completou, aos prantos. — Não tenho mais como fazer minha arte se não for honesta comigo mesma. Não posso fazer o que faço e me calar diante disso.

OUTRO LADO
Procurado pelo GLOBO, o diretor do Instituto de Criminalística negou que tenha sido violento e disse que Berna estava “desestabilizada emocionalmente”:
— Ela adentrou minha sala questionando um ato meu que transferia um funcionário para outro lugar. Ela não é gerente, não tem esse poder. Quando disse isso a ela, ela saiu da sala desestabilizada. Quando a encontrei no corredor, eu disse apenas que, se ela quisesse insultar alguém, que ficasse no lugar para ouvir a resposta. Ela me chamou de machista e covarde, mas eu não a agredi — afirmou o diretor.
Quando a reportagem perguntou sobre as testemunhas que presenciaram a cena, Lima da Conceição disse:
— Vamos esperar para ver se ela vai conseguir reunir testemunhas.
Berna, por sua sua vez, listou os nomes dos funcionários presentes e completou:
— Você acha que eles vão depor? Há um corporativismo muito grande na polícia. Você acha que, quando alguém de poder o agride, os subalternos vão sair contra essa pessoa? Você sabe o que é uma mulher se revoltar contra o diretor de criminalística do Estado? Eu não tenho forças, preciso de toda a ajuda, e por isso vim a público. Não vou mais me calar.
Berna contou que passou quase três horas na delegacia à espera de que fosse feito um boletim de ocorrência.
— Quando cheguei à delegacia, eles já sabiam que eu iria lá para fazer o boletim e me deixaram esperando por horas. Só aceitaram ouvir meu depoimento porque perceberam que eu não iria embora — afirmou Berna.
A artista seguia na quinta-feira em sua sala:
— Preciso dar meu plantão, porque é meu trabalho, não quero perdê-lo. 

Terreno da Leal Moreira pode ser criadouro da "mosquita"


Vejam aí.
As fotos foram mandadas pelo WhatsApp por leitor do Espaço Aberto.
Mostram um terrenão da Leal Moreira, na travessa Dom Romualdo Coelho, entre Diogo Móia e Bernal do Couto), em pleno bairro do Umarizal.
É só mato.
É um mato só.
Por baixo do mato, devem ter muitas poças d'água, eis que estamos em época de chuvas.
Em tempos da caça ao mosquito e à mosquita (hehe) Aedes aegypti, que transmitem doenças como dengue, zika e chikungunya, esse espaço tem tudo para despontar como um baita criadouro a céu aberto.
A Sesma, os agentes de Saúde e os militares que ajudam no combate ao mosquita e à mosquita já passaram por lá?

Remo ganha, mas joga mal. Será mesmo só o gramado?



Jogadores do Remo, quase todos, reclamaram muito do gramado do Parque do Bacurau, após o jogo de ontem, em que o Leão classificou-se para as semifinais do primeiro turno do Parazão, ao vencer o Cametá por 2 a 1 (vejam os melhores momentos no vídeo).
Mas é o seguinte: qual o nível de influência do gramado - realmente horroroso - para a péssima atuação do time?
Porque o Remo, lembrem-se todos, jogou mal contra o São Francisco, perdendo por 1 a 0; jogo mal contra o Parauapebas, ainda que tenha vencido por 3 a 1 no Mangueirão (com gramado menos pior do que o do Parque do Bacurau); e jogou muito ruim neste domingo, apesar da vitória por 2 a 1.
O time, a rigor, só jogou nos 15 minutos finais, quando fez o segundo gol e criou pelo menos mais duas outras oportunidades reais de marcar.
Fora isso, o que vimos foi um meio-campo sem poder nenhum de criação, laterais sumidos, marcação falha e um atacante como Ciro, que felizmente tem marcado gols, como o segundo contra o Mapará, mas ontem cometeu umas quatro ou cinco faltas em jogadas que poderiam ter um seguimento favorável ao Remo.
Ao que se diz, o técnico Leston Jr. já foi chamado duas vezes pelo presidente André Cavalcante e por outros diretores remistas para conversas ao pé do ouvido, justamente por causa das más apresentações da equipe.
As conversas, ao que tudo indica, não surtiram efeito.
Até porque, acreditem, conversa não ganha jogo.
Não mesmo.

Projeto de brilho falso


Do jornalista e leitor do blog Francisco Sidou, por e-mail:

Em nome do progresso demoliram, com as picaretas da insensibilidade, o majestoso prédio do "Grande Hotel "para em seu lugar erguerem um prédio modernoso e sem "alma". A exemplo do Copacabana Palace, no Rio, o Grande Hotel seria hoje uma referência e uma das "caras" de Belém.
Em nome também do progresso e da ambição predatória, destruíram os quintais de Belém , substituindo as áreas verdes de "respiração" da cidade por enormes torres tórridas que servem de barreiras para o vento que vem da baia entrar na cidade, que vai ficando cada vez mais quente.
Agora, também em nome do progresso, querem transformar o Ver-o-Peso, a maior referência de Belém, como a maior feira livre da América Latina, em um "shopping center" modernoso, desfigurando sua identidade e arrancando suas "raízes" com a cultura paraense.
Por que não se ouve a opinião de feirantes e usuários do Ver-o-Peso em audiências públicas ? Por que os gestores públicos não gostam de ouvir a população e só procuram o "diálogo" às vésperas de eleições ? E o Ministério Público, não pode agir em nome da sociedade provocando essas audiências públicas sobre o Projeto do Novo Ver o Peso?
Desculpem, mas perguntar é a principal ferramenta de um jornalista. E não ofende a quem nada tem para esconder.
Qual será a próxima agressão ao patrimônio cultural de Belém? Transformar o Theatro da Paz em uma feira de artesanato? Ou vender o Bosque Rodrigues Alves para alguma construtora de torres tórridas de cimento, vidro e aço?

Liturgia para sacralizar



Mesmo com exuberância de denúncias, de fatos, e a forte evidência de suspeição se transformar em provas, há um determinado tipo de mídia, que trabalha com tendências maniqueístas, acredita e leva a sério, o que outros jornalistas falam do ex-presidente Lula, vai muito além das fronteiras do ridículo. Acham que essa situação piorou há mais ou menos quatro anos. Que uma orquestração de massacre midiático está em curso. Acreditam que o ex-presidente tem sido caçado e é vítima de um patético complô. E para que seja preso, não serão necessárias provas, bastarão apenas fatos distorcidos de maneira repugnante. E se houver provas, talvez tenham sido devidamente criadas ou plantadas. Enquanto os acusadores se locupletam de acusações requentadas e inverossímeis, o acusado tem de provar sua inocência. Vale tudo. E, mais, Lula será julgado, condenado e execrado em praça pública. Quanta ingenuidade.
E, fazem um grande teatro. Afirmando que a leviandade jornalística em paginas corrente é a mesma que sustentou, por um bom período, os anos de chumbo. Que a anestesia aplicada sobre a população foi duradoura, pois, até hoje, se propaga que os militares foram os mais honestos administradores deste país. Fazem blague, falando que o ridículo do atual momento numa linha que eles dizem ser realista e corajosa, que nas gestões do ex-presidente terá o registro de que nunca houve ganho social com a administração petista, ou que os pobres nunca deveriam ter saído de seu lugar. Acreditam que as suspeitas levantadas até o momento para incriminar Lula deveriam provocar gargalhadas, não indicasse esse enredo o desastre intelectual e moral do qual sequer escapam governo e PT. Mesmo assim, cai a máscara.Cômico, para não dizer trágico.
Pergunta-se: por que o ex-presidente tem se reunido mais amiúde com a cúpula petista tanto dos conselhos do PT quanto do Instituto Lula? Elas tiveram curiosa reversão de expectativas nos últimos dias. Nos dois casos foi dito que o governo tem até junho para mostrar sinais de recuperação da economia. Segundo relatos de participantes da reunião, Lula afirmou que a partir do segundo semestre a economia precisa avançar. “Aí não vai ter povo para defender”, disse aos integrantes do conselho e do Instituto. Ele teme a falta de apoio popular. Nessa reunião, o presidente do PT, foi obrigado a desmentir uma nota oficial assinada por ele mesmo, dizendo que não fora discutida uma linha de defesa do presidente Lula. Vale dizer que esse recuo representa uma estratégia alinhavada pelos advogados do ex-presidente para parecer que ele não está fragilizado.
À medida que se aprofundam as suspeitas sobre a atuação e envolvimento do ex-presidente em negócios polêmicos, remetendo a relações não genuínas com empresas investigadas e condenadas na Operação Lava Jato, tem chamado a atenção de advogados à atuação ostensiva do Instituto. Juristas com acesso ao processo da Lava Jato alertaram ao PT, para a delação devastadora do lobista Fernando Moura comprometendo Lula que é citado em delações no petrolão e responde a suspeita de corrupção passiva nos casos do tríplex e do sítio em Atibaia (na foto).
Na verdade, o que interessa, é blindar o ex-presidente. Provido de um discurso velho e surrado, a tropa de choque do PT entra em campo para tentar defender Lula, mas diante das investigações da Lava Jato não será fácil desconstruir as evidências de que o petista possa ter sucumbido às tentações do poder. Por ocasião do aniversário de 36 anos do PT, Lula disse que o partido cometeu erros. Mas não admitiu os próprios.
Nesses 12 anos de governo, o PT não conviveu com a sinceridade. O governo não erra. Aliás, “se erra” como admitiu recentemente, erra pouco, sem maldade, por ingenuidade ou por falta de memória – e tudo tem conserto. Erra porque foi vítima. Seus amigos, como José Dirceu, também sempre acertam. Faz sentido. Enfim, o que eles querem, é impor uma liturgia para sacralizar o ex-presidente.

-----------------------------------------

SERGIO BARRA é médico e professor

O que ele disse


O carnaval acabou e o ano finalmente começou — menos em um lugar: no governo Dilma. Há treze meses Dilma tenta iniciar o seu segundo mandato. 
É um governo que não consegue criar uma agenda positiva, protagonismo ou fatos novos. Fatos novos, só os da Lava-Jato.

Lauro Jardim, jornalista de O Globo, sobre o labirinto que aprisiona o governo Dilma.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A Justiça é protagonista, e não coadjuvante, no combate à corrupção



Eis aí, meus caros.
Sempre foi assim.
Nenhuma operação policial - absolutamente nenhuma - poderia e poderá ser realizada se não houver a autorização do Judiciário.
Se a polícia prende, é porque assim o determinou o Judiciário.
Se a polícia apreende, é em cumprimento a determinação judicial.
Se faz uma condução coercitiva de suspeito de ato de corrupção, é porque a Justiça mandou.
É de um extremo desconhecimento ignorar-se o fato de que a Justiça é protagonista, e não mera coadjuvante, do combate à corrupção, inclusive nos procedimentos extrajudiciais.
É de extremíssima má-fé insinuar-se que não haveria Lava Jato, Zelotes e trocentas e tantas outras operações se não fossem colhidas provas e robustos indícios por instâncias investigatórias quaisquer que sejam.
Isso é meia verdade. Porque quebras de sigilo telefônico e fiscal, interceptações telefônicas e outros instrumentos investigatórios não poderiam ser acionados se o Judiciário, igualmente, deixasse de autorizá-los.
Didaticamente, o juiz federal Roberto Veloso expõe esses fatos, que deveriam ser difundidos amplamente, insistentemente e intensamente por todas as instâncias do Judiciário, para que se remova de grande parte dos segmentos sociais a ideia errônea de que a Justiça está a reboque do saneamento ético que, enfim, está alcançando inclusive figurões da República que até há pouco se julgavam intocáveis e inalcançáveis pelas leis.

Ônibus fecham a rua na Gentil. E a Semob?


Olhem só como é.
Espiem nesse flagra do Espaço Aberto.
Três ônibus fecham completamente a Gentil, próximo à Quintino, nas imediações do Colégio Moderno.
É assim quase todo dia, pelo menos nesse perímetro.
Se um veículo de passeio, um táxi, um carro menor, enfim, ousa, até mesmo por imposição do trajeto que está fazendo, entrar nas ditas faixas exclusivas de ônibus, os motoras dos coletivos só faltam passar por cima de quem está à sua frente.
Mas eles podem - ora que não - fazer essa bagunça toda no trânsito, ocupando toda a largura de uma via das mais movimentadas da cidade.
E a Semob, onde está nessas horas para coibir essa transgressão odiosa?
Hehe.
Semob?
Que Semob?
O que é Semob?
Quem é Semob?

"Somos mesmo um povo sem educação", diz jornalista


Do amigo Nildo Lima, jornalista esportivo e leitor do Espaço Aberto, sobre a postagem Carroceiros despejam lixo sem dó nem piedade na Três de Maio:

Há algum tempo, em conversa com a esposa de um amigo meu, casal vindo de Goiânia, perguntei a ela o que mais a agradava em Belém. A resposta foi a forma acolhedora como foi recebida na capital paraense.
Em seguida, quis saber aquilo que mais o desagradava em nossa cidade, e a resposta veio na bucha: "a sujeira", respondeu.
É duro, para nós que moramos em Belém, ouvirmos isso, mas, convenhamos, realmente nosso cantinho aqui no Norte é de uma imundície sem tamanho. Aqui se encontra lixo com facilidade da periferia ao bairros mais nobres. Somos mesmo um povo sem educação, queiramos ou não aceitar isso.
Lembro que certa feita, quando trabalhava em uma emissora de rádio, estava na Curuzu para a cobertura de uma partida e como o jogo ainda demoraria a começar, batia um papo com o saudoso diretor de estádio do Paysandu, Jorge Mubarack, a quem apelidei, ironicamente, de "Mão de Anjo", quando o dirigente bicolor foi procurado por um torcedor desejoso de saber onde havia um cesto para ele depositar a embalagem de um picolé que ele havia degustado.
Seu Jorge levou um baita de um susto, dizendo em seguida: "Há 30 anos trabalho aqui e nunca fui procurado por ninguém querendo saber onde encontrar uma lixeira".
Depois de indicar o local para que a embalagem fosse depositada pelo torcedor, seu Jorge indagou a ele de onde era, e a resposta foi de que estava de passagem por Belém, vindo de Santa Catarina.
"Logo vi", disse o diretor bicolor, encerrando o rápido diálogo com o sulista.

Barraco no silogeu

Do jornalista Francisco Sidou, por e-mail:

Alguns "imortais" da Academia Paraense de Letras estão perplexos, outros constrangidos, com as cenas lamentáveis de baixaria explícita ocorrida na última "sessão solene" da APL, quando um acadêmico, visivelmente descontrolado, desancou o presidente e a secretária com palavras de baixo calão.
O Alcyr Meira, que é um "gentleman", literalmente ficou sem palavras. E a acadêmica Edy-Lamar, também de educação esmerada, ficou sem acreditar no que estava vendo e ouvindo.
A imagem que o povo faz de uma Academia de Letras é de um recinto quase sagrado, onde os debates devem se dar em alto nível, considerando-se o "nível" de educação e preparo intelectual que, supostamente, devem ter seus integrantes, "ungidos" pelo voto de seus pares dentre candidatos que devem preencher alguns requisitos - supõe-se - dentre os quais o ofício de escrever e ter algum livro publicado.
Após o "barraco" , em plena sessão solene, cabe até aquela observação do Anaice ao seu esforçado coadjuvante, o anão "Capacidade": "Tem que haver seleção"!
Discordo do Alcyr Meira por ter declarado que as diatribes do "senhor acadêmico" eram comparáveis ao linguajar do Ver-o-Peso. Lá no Ver-o-Peso, Alcyr, você pode frequentar a Academia do Peixe Frito com Açaí e será recebido com maior respeito.

O compromisso com o Brasil: perspectivas políticas e eleitorais

STAEL SENA

"As verdades únicas não existem: as verdades são múltiplas, só a mentira é global"
José Saramago, Nobel de Literatura, 1998

Neste ano de eleição para prefeitos e vereadores nos mais de 5 mil municípios brasileiros - refletir sobre o elo entre eleitores, candidatos e o futuro do Brasil - é sempre necessário. Muitas pesquisas têm sido feitas para esclarecer as razões da corrupção florescer nos diversos níveis da federação, prejudicando a qualidade e quantidade dos direitos e serviços postos à disposição de todos. Os estudos revelam que sob o olhar de grande parte da população, a classe política parece estar toda no fundo do poço, o que, sejamos honestos, não pode ser considerado como realidade totalizante.
É fato que, atualmente, os intestinos da corrupção entre os setores público e privado nunca estiveram tão expostos. Talvez este cenário seja apenas uma ilha no oceano da corrupção que antecedeu à Constituição de 1988, nos anos de chumbo, e a posterior nos primeiros mandatos democráticos. Sob essa mira, vive-se um momento virtuoso que deverá traduzir o aperfeiçoamento da nossa jovem democracia e de suas instituições.
Afinal, a corrupção vai acabar? Quanto a uma possível resposta, o eleitor não é tão inocente como pode parecer. Pois, a semente da corrupção também pode estar no voto de cada um. Por exemplo, algumas pessoas não entendem as razões pelas quais candidatos, nada recomendáveis, continuem a merecer o voto do eleitorado... Quem entende?
Entretanto, todos reconhecem que o eleitor tem direito a ser respeitado antes, durante e após eleições. Ao analisar um conjunto de fatos dessa relação de confiança e desconfiança entre candidato e eleitor, nunca é ocioso lembrar que este não deveria jamais ser tratado como laranja que se chupa o voto e depois...Todos sabem.
Na prática, de norte a sul do país, tem sido comum oportunistas de plantão que mudam seus domicílios e residências um ano antes das eleições para municípios de pequeno ou médio porte com a intenção de candidatarem-se. Picaretas como esses, costumam afirmar que no município tudo vai de mau a pior ou tudo corre às mil maravilhas, a depender da coloração partidária local à qual se vinculam. E se eleitos forem, fogem dos olhos dos eleitores.
Por isso, a corrupção - como intenção e prática - parece inocular no espírito do eleitor um sentimento generalizado de ceticismo ante políticos em geral, e, uma certeza de que a Política tem se resumido a interesses próprios. Ao mesmo tempo, o eleitor nutre uma esperança de que a vida pública trate de questões importantes para se viver com dignidade no contexto municipal, estadual e nacional, priorizando a solução de problemas que afetam o quotidiano. De fato, a corrupção fragiliza o Estado Democrático de Direito e transforma a transparência da Administração Pública em atividade teatral e publicitária.
A Política não deveria se restringir a acusações infindáveis e a interesses divorciados do bem comum, conforme se vê. Só a corrupção, a ganância e a falta de compromisso com o futuro do país explicam isso.
O presente contexto eleitoral permite abraçar, sem tapinhas nas costas, o entendimento segundo o qual a vida pública tem sua dignidade e importância. Que o governo democrático é o que pertence a todos tanto na forma de sua aquisição quanto no modo de seu exercício. Permite relembrar que o município é uma comunidade. Uma comunidade tensionada pela questão central da Democracia e da Justiça: a lacuna entre ricos e pobres. E que se esse abismo cresce, ao invés de diminuir, torna-se difícil sustentar a noção de comunidade e de que a vida social é um projeto comum.
O Brasil não precisa de gente que investe no "quanto pior, melhor", inclusive com recursos enraizados na corrupção. Sob esse ângulo, o empenho de algum candidato ou partido em desgastar de modo sistemático outros, porque isso o favoreceria de alguma forma na eleição subsequente, revela desonestidade de propósitos quanto à melhoria das condições sociais e econômica do povo. Sejamos honestos, não merece confiança, quem se ocupa em obstruir um governo legitimamente eleito. Essa conduta, além de tentar roubar a esperança e conquistas sociais usufruídas somente nos anos recentes, é a grande responsável pelo caos que estamos atravessando.
Sobre isso, a conjuntura política de 2015 não deixa saudades e demonstra que a sociedade brasileira necessita urgentemente de pessoas que trabalhem verdadeiramente pelo bem do país, ao invés daqueles que patrocinam crises políticas numa busca irresponsável pelo poder, fragilizando a confiança interna e externa, em prejuízo das presentes e futuras gerações.

---------------------------------------------------------------------------------

STAEL SENA LIMA é advogado, pós-graduado em Direito (UFPA)

O que ele disse

Roberto Campos sempre atual.
Aliás, atualíssimo.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Primeiro videoclipe de Natália Matos está no ar



Entrou no ar, há pouquinho, o videoclipe “Você me ama, mas”, de Natália Matos.
A música é do primeiro da cantora (2014 – Natura Musical, NaMusic).
A produção é esmeradíssima.
Confiram aí.

O assalto, a violência, o desprezo. "Estamos em Belém".

Mulher de um professor viu a morte de perto, na manhã de ontem, ao ser vítima de sequestro-relâmpago.
Por volta das 10h, foi abordada por três jovens armados num semáforo na Antônio Everdosa, próximo à Humaitá (imagem acima, do Google Maps).
Eles entraram no carro e ficaram rodando com ela na baixada do Acampamento por volta de meia hora. Levaram tudo do carro, e continuaram apontando duas armas - sim, duas - na cabeça da moça.
Os bandidos decidiram abandonar o carro, com a vítima dentro, numa invasão porque não sabiam dirigir carro automático.
Gracas a Deus, preferiram não levá-la a algum caixa eletrônico para tirar dinheiro. Contentaram-se com uma aliança, o celular e dinheiro em espécie que a moça levava para comprar material de construção a vista.
E aí?
E depois do assalto?
Aí, meus caros, nessas ocasiões é que sobressai ainda mais a sensação de abandono, de desamparo, de quase desprezo do Poder Público em relação a inocentes que são presas de bandidos.
A mulher e o marido foram a uma delegacia para registrar a ocorrência. Mas, acreditem, foram orientados a ir para casa e fazer o BO on-line, sob a justificativa de que não houvera morte.
O professor ponderou que isso não adiantava, porque era necessário que a polícia empreendesse diligências para tentar prender os bandidos.
A escrivã, plena e prenhe de ironias, limitou-se a dizer: "Nós estamos em Belém, meu senhor".
Então é assim.
"Estar em Belém" significa que não teremos investigação, que não teremos providência alguma, que o cidadão humilhado pela violência continuará expondo a criminosos cada vez mais audaciosos.
E mais: naquela área, onde costumam ocorrer muitos assaltos, os bandidos continuarão a imperar.
Porque "nós estamos em Belém", ora bolas.