domingo, 30 de setembro de 2018

Angela Maria na eternidade. Tinha que ser isso?



Meu Deus!
Angela Maria subiu para a eternidade.
Aos 89 anos.
A gente se comove e, mais do que se comover, a gente se surpreende muito com essas partidas.
É como se, aos 89 anos, a pessoa estivesse em condições de viver mais 90. No mínimo.
Porque somos egoístas mesmo.
Não queremos nunca que aqueles a quem amamos, admiramos e celebramos por suas qualidades nos deixem.
Mas a roda da viva é assim mesmo.
E sempre ficam as lembranças, para adoçar-nos a alma.
Eu adorava Angela Maria.
Lá pela década de 1970, quando tinha por volta de 15 anos, eu ouvia enternecido várias músicas que Angela interpretava.
Quando ela cantava, parece que a gente ouvia uns uns ecos ao final de cada verso.
Ecos que ressoavam não propriamente no ar, mas no coração.
Músicas de Angela, às dezenas, fizeram muito sucesso durante seus 70 anos de carreira.
Mas Tango para Teresa era uma das minhas preferidas.
Sabia - e sei - todinha.
A partir de agora, cantá-la - introspectivamente, da mente para a alma - vai ajudar a tornar eterna a nossa saudade por Angela Maria.

sábado, 29 de setembro de 2018

Mentiras, mentiras e mentiras. Uma onda avassaladora!


É duro constatar, mas constate-se, a bem da verdade.
Apesar dos esforços de meio-mundo, não foi possível, ou não está sendo possível conter a avalancha de fake news que inundam esta campanha eleitoral no Brasil.
A mentira, a boataria, a maluquice e a insensatez que se disseminam nessas redes sociais é alguma coisa de aterradora.
Mas essa onda de mentiras, convenhamos, é democrática: atinge todo mundo.
Atinge Bolsonaro, Haddad, Ciro, Alckmin, Marina, Amoêdo - todo mundo.
A frequência das fake news, obviamente, é proporcional à posição dos candidatos nas pesquisas.
As mentiras circulam, sobretudo, pelo WhatsApp.
É uma febre de mensagens encaminhadas que ninguém consegue controlar.
Que pena!
Numa democracia como a brasileira, que resistiu bem, apesar da queda de dois presidentes que sofreram o impeachment, eleitores ainda não conseguiram atinar para a gravidade da propagação de mentiras.

A democracia segundo Bolsonaro. Isso dá medo!


Bolsonaro já repetiu dezenas de vezes, intensamente e enfaticamente, que nunca, jamais, em tempo algum haveria de desrespeitar os princípios constitucionais democráticos vigentes no Brasil, apesar, é claro, de seus posicionamentos de extrema direita, que mal conseguem disfarçar vieses totalitários. Em termos de costumes, inclusive.
Pois é.
Mas parece que, para Bolsonaro, há democracias e democracias.
Quando a democracia o favorece, ele, é claro, não tuge nem muge.
Por exemplo: todas as vezes em que se elegeu para o Legislativo, Bolsonaro jamais duvidou que sua eleição foi legítima, lícita e democrática.
Como ele foi eleito?
Foi sufragado em urnas eletrônicas.
Agora, Bolsonaro diz isso aí que está na imagem pinçada de matéria que O Globo publica em sua edição deste sábado (29).
Quer dizer, então, que as urnas eletrônicas só não vão prestar se Bolsonaro, eventualmente, sofrer uma derrota, é isso?
Ou por outra: se a democracia não o favorecer, Bolsonaro não apenas vai tugir e mugir, como também não reconhecerá a legitimidade democrática, é isso?
Então, quer dizer que, na democracia segundo Bolsonaro, há democracias e democracias.
É isso?

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Seminário debaterá direitos humanos depois de 30 anos da Constituição de 88

A Escola de Magistratura Federal da 1ª Região (Esmaf) e a Seção Judiciária do Pará vão realizar no dia 26 de outubro, em Belém, seminário que abordará questões relativas a direitos humanos, povos tradicionais, meio ambiente, igualdade de gênero e trabalho escravo, tendo como referência os 30 anos de vigência da Constituição Federal promulgada em outubro de 1988.
As inscrições para o evento estarão abertas a partir do dia 3 de outubro, por meio virtual. Os inscritos poderão voluntariamente oferecer 1 quilo de alimento não perecível, para doação posterior a entidade assistencial. Serão entregues certificados. O seminário servirá para o cômputo de horas nas atividades complementares exigidas pelas faculdades e também contará horas para qualificação dos servidores da Justiça Federal.
O seminário, que tem como título “Direitos Humanos e Constituição Federal de 1988 – 30 Anos, Desafios e Conquistas” (veja a programação completa), vai ser transmitido simultaneamente, em tempo real, para todas 14 sedes da Justiça Federal na 1ª Região e contará com a participação do desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região Souza Prudente, diretor da Esmaf, que será um dos debatedores do evento.
Aberto à participação de operadores do Direito e estudantes, o seminário tem como objetivo estimular o debate no âmbito acadêmico e institucional através da abordagem de questões sensíveis e relevantes relacionadas à atuação da Justiça Federal, tanto no âmbito nacional quanto regional, buscando realizar reflexões sobre as conquistas e desafios nestes 30 anos de vigência da Constituição Federal.
A Coordenação Geral do seminário está a cargo dos juízes federais Alcioni Escobar da Costa Alvim, Ilan Presser, Paulo Máximo de Castro Cabacinha e Cláudio Henrique Fonseca de Pina, todos integrantes das Turmas Recursais do Pará e Amapá, com sede em Belém. Paulo Máximo também é o coordenador Científico do evento.
Quatro mesas - O seminário promovido pela Esmaf e pela Justiça Federal no Pará vai ser realizado de manhã e à tarde e constará de quatro mesas. A primeira abordará o tema “Direitos Humanos e Evolução Social”. Serão debatedores o procurador da República Ubiratan Cazetta, mestre em Direitos Humanos pela Universidade Federal do Pará, e Luciana Gluck Paul, professora adjunta efetiva da UFPA. O mediador será o juiz federal da 10ª Vara da Seccional do Pará, Sérgio Wolney de Oliveira Batista Guedes.
A segunda mesa da manhã discutirá o tema “Povos Tradicionais e Meio Ambiente”. O desembargador Souza Prudente, mestre e doutor em Direito Público Ambiental pela Universidade Federal de Pernambuco e pós-doutorando em Direitos Humanos na Universidade de Salamanca, será um dos debatedores, juntamente com a professora da UFPA Eliane Cristina Pinto Moreira, que coordena o Grupo de Pesquisas “Direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais” da Universidade. Os debates serão mediados pelo juiz federal Cláudio Henrique Pina, titular da 1ª Vara Federal, respondendo pela 2ª Relatoria da 2ª Turma Recursal PA/AP.
À tarde, a primeira mesa terá como tema “Igualdade de Gênero”. Serão debatedores a juíza federal em Teófilo Otoni (MG) Célia Regina Ody Bernardes, especialista em Direito Processual Penal, e Twig Lopes, mestre em Direito e professora da Escola Superior da Amazônia (Esamaz), além de pesquisadora em vários temas, entre os quais os relacionados a teorias de gênero e feminismos. A mediação ficará a cargo da juíza federal Alcioni Escobar da Costa Alvim.
O tema da última mesa será “Trabalho Escravo”. A juíza federal da Seção Judiciária do Amazonas Jaiza Maria Pinto Fraxe, que atua no Conselho Nacional de Direitos Humanos, no assento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), funcionará como debatedora, ao lado da professora Valena Jacob, diretora da Faculdade de Direito da UFPA e pesquisadora do Grupo de Pesquisa Trabalho Escravo Contemporâneo (GPTEC) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Como mediador, funcionará o juiz federal Paulo Máximo de Castro Cabacinha, pós-graduado em Direito Internacional e Estudos Diplomáticos e professor de Direito Constitucional na Faculdade Estácio de Belém.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Barroso diz que não queria dizer o que disse. Mas agora?


Que coisa pavorosa, gente!
Dos julgadores, espera-se temperança?
Dos julgadores da Corte Máxima de um país, espera-se temperança redobrada.
O ministro do STF Luís Roberto Barroso, em entrevista à Folha, disse que há gabinetes na Corte, ou seja, no próprio Supremo, “distribuindo senha para soltar corrupto”.
Assim, atirou na vala-comum da suspeição todos os gabinetes do STF0, inclusive o seu próprio, considerando-se a espantosa generalização da crítica.
Agora, Barroso já está recuando.
Pois é.
Se tivesse mais temperança, Sua Excelência não precisaria estar se explicando agora.
Simples assim.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Tem coisa mais preciosa e exuberante do que isso?

Espiem abaixo.
Quem não se extasia?
Quem não fica extático (com "x" mesmo, não tenham dúvida) e estático?
Quem não se rende, súplice e contrito, a essa preciosidade, a esse mundo incontrastável – de cores, luzes, recortes e reentrâncias.
Quem aponta alguma paragem mais exuberante, mais linda e maravilhosa do que essa?
Rendam-se ao Tapajós, à nesga de Alter do Chão e a Santarém, vistos do alto.
Extasiem-se com essas fotos que o comandante da Azul Carlos Augusto Melo – colega ginasiano deste repórter – fez na tarde desta terça-feira (25) quando pilotava sua aeronave para pousar em Santarém.







Lula estava certo. Aliás, está certo. Certíssimo.


Lula sempre disse a petistas - insistentemente - que qualquer candidato indicado por ele alcançaria facilmente e rapidamente os 20% nas pesquisas de intenção de voto.
Fernando Haddad (na foto, com sua vice, Manuela D'Ávila) , que não conseguiu se reeleger prefeito de São Paulo, é a demonstração de que Lula estava, ou melhor, está certo.
Agora, uma coisa é Haddad ter chegado aos 22% (20% ou 24%, considerada a margem de erro de dois pontos percentuais), como aponta a mais recente pesquisa do Ibope.
Outra coisa será daqui pra frente.
Quanto a Bolsonaro, também é preciso esperarmos para saber se ele já chegou ao máximo de sua capacidade de atrair votos ou se está naquilo que os especialistas chamam de stop and go, ou seja, se deu uma paradinha para retomar o fôlego e depois continuará avançando.
Mas, independentemente dessas situações, nada indica, até agora, que tenhamos um confronto entre Bolsonaro e outro candidato, que não Haddad.

Modric, o melhor do mundo? Isso já é "muito por demais".


Modric é um craque.
É, sim, um jogador acima da média.
Foi, sim, o melhor da Copa da Rússia.
Fez, sim, uma grande temporada 2017/2018.
Mas, desculpem aí, Modric não supera ainda Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.
Portanto, desculpem aí, foi demais, foi um exagero a Fifa ter premiado Modric como o melhor jogador do mundo.
Quanto a Marta, também desculpem aí, mas ela é absolutamente insuperável. Seus seis prêmios de melhor do mundo deveriam ser multiplicados.
No mínimo, deveriam ser multiplicados por dois.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Nem a tecnologia é capaz de evitar a imbecilidade. Nem ela.



Dormi assustado.
E acordei mais assustado ainda.
Desta vez, o susto não foi com uma nova tese sociológica de vice na chapa de Bolsonaro.
Foi com a imbecilidade - monstruosa, assustadora, inaceitável e chocante - do árbitro paraguaio que expulsou Dedé, o excelente zagueiro do Cruzeiro, no jogo desta quarta (19) à noite, em Buenos Aires, contra o Boca.
Porque o juízo imbecil, concebido pelo árbitro paraguaio Éber Aquino, contrariou imagens - objetivas, inequívocas - que não deixaram dúvida: a cabeçada, o choque que atingiu o goleiro Andrada não foi intencional. Foi absolutamente acidental.
Nem os jogadores argentinos esboçaram qualquer reação quando o lance ocorreu. Nem um deles, por exemplo, pediu que o brasileiro fosse punido com cartão amarelo. Todos, inclusive Dedé, se preocuparam em socorrer o goleiro, reconhecendo que o choque foi acidental.
E ninguém, inclusive os jogadores argentinos, entendeu quando o árbitro foi consultar o VAR.
Aliás, e por falar em VAR, defendemos durante anos o uso da tecnologia para acabar com lances duvidosos e, com isso, evitar as injustiças no futebol.
Pois está demonstrado que a tecnologia - nem ela - é capaz de evitar injustiças, quando a imbecilidade comanda uma partida.
Porque é injusto a expulsão de um jogador, sobretudo quando ele tem conduta exemplar no gramado, como Dedé, que assim poderá ser um grande desfalque da Raposa para o jogo de volta, em Belo Horizonte.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Para Mourão, o mundo é um jumento, uma jumenta e seus jumentinhos


Leitor do Espaço Aberto discorda, quase monossilabicamente, de postagem feita aqui, em que o blog recomenda às mulheres que se uniram contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) a entupirem o general Mourão de açaí, para que ele fale, fale, fale e fale. Porque, a cada declaração dele, os votos para Bolsonaro acabam escorrendo pelo ralo.
Enfim, o leitor entende que “há controvérsias” em afirmações que tentam desmontar a formulação mental – sei lá se realmente a gente pode emprestar essa classificação ao que ele disse – de Mourão, para quem uma casa só com "mãe e avó" é uma "fábrica de filhos desajustados".
Mamãããããeeeeeeeeee!
Para sustentar sua suposição de que haveria controvérsias, o leitor mandar o link de matéria que a Folha publicou em junho de 2016, sob o título 2 em 3 menores infratores não têm pai dentro de casa.
Não, meu caro, não há controvérsia alguma.
O blog conclama você a ler a matéria com os olhos da inteligência.
Olhe, não vamos tomar o seu tempo.
Leia apenas esse trecho da matéria:

Ainda segundo os dados, 37% dos jovens entrevistados têm parentes com antecedentes criminais, o que pode indicar uma influência negativa dentro da própria casa. "Pela experiência, é possível dizer que uma família funcional e presente, seja qual for sua configuração, é o primeiro sistema de freios que um jovem terá sobre suas condutas", diz o promotor Eduardo Del-Campo, que durante um ano catalogou casos de menores infratores.

Leu bem?
Há dois detalhes exponenciais aí.
Primeiro, a variável de “37% dos jovens entrevistados têm parentes com antecedentes criminais”. Precisaríamos saber, Anônimo, qual é o peso dessa variável na pesquisa do MP, não é?
Segundo, as declarações do promotor: "Pela experiência, é possível dizer que uma família funcional e presente, seja qual for sua configuração...”
Entendeu, Anônimo? Ele, o promotor, fala em família funcional, “seja qual for a sua configuração”.
Você, Anônimo, certamente compreenderá que uma mãe e um filho – ou 500 filhos – formam uma família. Uma avó e um neto – ou 500 netos – também formam uma família.
Você, acredito, entende isso muito bem. Mas não é certo que o general Mourão, aquele a quem Ciro Gomes classificou de jumento de carga, consiga alcançar o pleno entendimento sobre questões como essa.
Para o general Mourão, uma família só será família se tiver um jumento, uma jumenta e um monte de jumentinhos, todos juntos, em ordem unida.
Para o general Mourão, uma família só será família se tiver um coelhinho, uma coelhinha e um monte de coelhinhos, todos juntos, em ordem unida.
Para o general Mourão, uma família só será família se tiver um rato, uma rata e um monte de ratinhos, todo juntos, em ordem unida, e cada um comendo o seu queijinho.
Insista, caro leitor, você mesmo junto ao general Mourão.
Mande pra ele essas noções básicas sobre o mundo.
Porque o general, que entende perfeitamente sobre ordem e progresso, precisa também conhecer outras realidades.
Entre elas, a de que, com régua e compasso, é possível muita coisa.
Até mesmo construir outros mundos.
Bem melhores, menos intolerantes e menos preconceituosos do que o mundo que está na cabeça e no coração dele.

Mulheres, pelo bem de vocês e do País, tratem bem o general Mourão


Sem brincadeira nenhuma.
Falando sério.
Todos os eleitores, ou melhor, todas as eleitoras que sentem repulsa a Bolsonaro deveriam tratar a pão-de-ló esse vice dele, o general Hamilton Mourão.
E mais do que isso: deveriam dar-lhe uma tigela de açaí todo dia, para inspirá-lo a falar, falar e falar.
Falando, Mourão- que Ciro Gomes, em sua português nada seiscentista, já classificou de jumento de carga - mostra até que ponto pode ir a sensibilidade política do próprio Bolsonaro em escolher seus parceiros.
E por que, sério mesmo, as eleitoras que abjetam o Coisa, como delas chamam Bolsonaro, precisam dar o maior apoio ao general Mourão?
Porque ele, cada vez que abre a boca, tira votos de Bolsonaro.
Por exemplo: essa última afirmação do general, de que casa só com "mãe e avó" é uma "fábrica de filhos desajustados", é um verdadeiro horror.
Isso é pra jumento de carga - o animal mesmo, o quadrúpede mesmo - levantar as duas patas dianteiras para cobrir o rosto, expressando sua incontida vergonha.
Aliás, se vocês acham que eu estou falando algum exagero, vejam abaixo o caso dessa conhecidíssima coleguinha jornalista.
Ela é conhecida por suas posições de extrema direita. Mas surpreendeu o Twitter com a postagem abaixo, depois que Mourão falou.
Até agora, ela não havia sentido, nos próprios olhos, o ardor da pimenta que Bolsonaro e seu parceiro usam como codimento para expressar seus conceitos morais.
Mas, quando sentiu-se pessoalmente atingida, aí pronto. Adeus, Bolsonaro.
Leiam abaixo.


segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Dilma abjeta os "golpistas". Mas o PT os quer. Ora, se não!


Dilma deu essa tuitada neste domingo (17).
Ela tem, é claro, todo o direito de sentir-se - mais do que magoada - revoltada com o que classifica de "traição do PSDB e do PMDB à democracia".
Concedamos à ex-presidente, atualmente candidata ao Senado em Minas, esse direito.
Mas convenhamos: as circunstâncias e o pragmatismo da política é que vão, no final das contas, indicar se o PT será capaz de recusar o apoio do PMDB e do PSDB.
Querem um exemplo?
Fernando Haddad - ele mesmo, o clone de Lula nesta campanha - já está falando, cada vez mais claramente, que num eventual segundo turno com Bolsonaro não recusaria o apoio dos ditos golpistas, aí incluídos PSDB e PMDB.
É a política, gente.
Isso é a política.


Jogadores de futebol são alienados? Pois nós, jornalistas, somos muito mais.



Mas como esse mundo do futebol é careta, hein, gente?
E como os coleguinhas que militam na área são mais caretas ainda!
Vivemos - eu, como jornalista, me incluo nessa - reclamando que atletas de um modo geral, e jogadores de futebol mais especificamente, são alienados, eis que não tomam posições, como classe, para lutar por seus próprios direitos.
Por isso, por exemplo, eles jogam 400 vezes a cada semana, escravos de um calendário desumano e imoral que a CBF estabelece, com a aprovação dos clubes.
Pois é.
Aí, vem o Felipe Melo e oferece o gol que ele fez neste domindo (17), contra o Bahia, "para o nosso futuro presidente Bolsonaro".
Aí, vem o Lucas Moura e também declara apoio publicamente a Bolsonaro.
Aí, vêm jogadores da seleção masculina de vôlei e também fazem gestos de apoio ao candidato do PSL.
E aí, vejam só, vêm os coleguinhas com essa imbecilidade, com essa bobagem, com essa caretice de achar que "o esporte não é espaço para manifestações políticas".
Kkkkkkkkkkkkkkkkkk, como se gargalha aí no zap.
Deixem os caras se manifestar, ora bolas.
Deixem que eles manifestem suas preferencias pelo Bolsonaro, por Haddad, Ciro, Alckmin, Amoêdo, Marina e seja lá quem for, meus caros.
Antes de serem jogadores, antes de serem atletas, eles são cidadãos. Podem - e devem - se manifestar livremente onde quiserem e da forma como bem entenderem.
Não estou discutindo o mérito dessas preferências.
Mas os caras podem e devem se manifestar.
Não é isso, afinal, a que chamamos de democracia?
Não é isso?

sábado, 15 de setembro de 2018

É exatamente assim. Sem tirar nem pôr.



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Uma publicação compartilhada por Carla Francisco (@carlag.leme) em

Lula perdeu o timing de indicar substituto

Lula em São Bernardo, no dia de sua prisão. Petistas acham que aqui ele já deveria ter dito que não seria candidato.
Petistas - vários, com os quais o poster tem conversado nos últimos dias - estão se arrependendo amargamente, aliás, estão se arrependendo amarguissimamente, do dia e da hora em que o PT, sob o timão de Lula, é claro, resolveu retardar até a undécima hora a decisão de indicar outro candidato para substituí-lo, uma vez declarada a sua inelegibilidade pelo TSE.
Aliás, muitos petistas já admitem que naquele comício, o último que fez em São Bernardo antes de ser preso, Lula já deveria ter anunciado expressamente que não concorreria à presidência.
E por que o arrependimento?
Porque as pesquisas estão mostrando, à farta, que num eventual segundo turno, Bolsonaro perde pra todo mundo, até pra Marina Silva. Mas fica praticamente num empate nominal com Haddad, que só foi indicado nesta semana.
É evidente que Haddad ainda pode crescer mais.
Ocorre que ele já poderia estar muito melhor posicionado se tivesse sido definido como candidato há dois ou três meses.

Acidentes domésticos: cada vez mais frequentes e fatais

O médico Rogério Toledo Júnior deu excelente entrevista, na manhã deste sábado (15), ao repórter Douglas Dinelli na Rádio CBN Amazônia.
O médico, que é paulista e, segundo informam ao poster, é casado com uma paraense, apresentou dados impressionantes sobre o índice de acidentes domésticos e sua letalidade, em todo o País.
Apenas em São Paulo, disse Toledo, Bombeiros contabilizam a média de mil acidentes domésticos diariamente. E muitos deles fatais.
Nem a propósito, este repórter foi ao barbeiro, logo depois da entrevista, e ouviu de Moacir Carioca, o Rei da Tesoura, narrativas sobre as circunstâncias em que dois amigos dele morreram recentemente.
Uma das vítimas foi subir numa escada para trocar uma lâmpada, desequilibrou-se, caiu, bateu a cabeça e morreu.
O outro descia uma escada sem apoiar-se no corrimão, escorregou, quebrou o pescoço e também morreu.
Ambos os acidentes ocorreram dentro de casa.
O médico está distribuindo uma cartilha com orientações para que se evitem acidentes dentro de casa. Uma rede de supermercados de Belém estaria interessada em distribuí-las em suas lojas.
Se for isso mesmo, será uma grande iniciativa.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

O Aurá sob o terror. E o bicho sempre presente.


Operação realizada há uma semana no bairro do Aurá, que resultou em várias prisões, inclusive a do vereador Deivite Galvão, o Gordo do Aurá, aliviou o pavor dos moradores da área. Mas nem tanto.
Como essas operações são meramente repressivas, não incluindo planos preventivos que poderiam ensejar a permanência da polícia na área, vários moradores e comerciantes temem que, logo, logo, recrudesça a disputa entre facções.
É aquele dilema: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
E quem fica sempre exposto ao bicho é o cidadão - desarmado, desprotegido, desamparado e desesperado diante da sensação de que está vivendo numa terra arrasada.

O Corinthians sob a prova dos noves no Itaquerão


Impressionante o domínio do Flamengo sobre o Corinthians, no empate por zero a zero nesta quarta-feira (12), no Maracanã.
Os rubro-negros tiveram em média 70% de posse de bola, mas não marcaram.
Isso já representa a reafirmação de uma realidade: a de que posse de bola e nada é praticamente a mesma coisa. Se não resulta em gols, de nada vale.
O segundo detalhe é o seguinte: para se ter certeza de que a retranca corintiana foi apenas uma estratégia, como está dizendo o treinador Jair Ventura, é preciso ver como o Timão vai se comportar em Itaquera, no dia 26, no jogo de volta.
Porque o elenco, tecnicamente, é inferior ao do Flamengo.
Sendo assim, precisamos ver como será a estratégia para que essa inferioridade não resulte no sufoco que o time enfrentou no Maracanã.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

De volta à nossa programação normal

Fim de férias.
Com as férias, ficamos umas quatro semanas sem atualizar o blog.
Mãos à obra, pois, a partir de agora.
Ou como se dizia na minha terra, estamos de volta com a nossa programação normal!
Evoé!

O jornalismo. Por onde andais?


Parece que, em tempos idos - mas nem tão antigos assim -, jornalistas já foram mais jornalistas quando instigados a participar, como profissionais, de processos eleitorais.
Como assim?
Parece que, em tempos idos - mas nem tão antigos assim -, jornalistas tinham, como diríamos, mais senso crítico, mais crivo para perceber, no mínimo, que pedra é pedra e água e água.
Não estou falando de isenção, mas de senso crítico.
Naqueles tempos idos, os que não resistiam à tentação de dar vazão - sobretudo publicamente - às suas paixões, faziam-no de forma muito mais comedida, deixando sempre uma ponta, uma pontinha que fosse, de dúvida para não cair de cabeça, tronco e membros em discursos de candidatos fanáticos.
Hoje, infelizmente, coleguinhas que se inebriam por aí, nessas redes sociais que atraem maluquices sem fim, repetem conceitos, preconceitos e prejulgamentos que não têm o mínimo amparo em fatos. Simplesmente em fatos.
Resultado: em vez de jornalistas, viraram militantes mais apaixonados, mais radicais, mais imoderados e mais assustadoramente preconceituosos do que os candidatos que declaradamente apoiam, muito embora não confessem nominalmente isso com todas as letras.
Uma pena que o jornalismo tenha resvalado para essas paixões, que sempre me apavoram, como eu já disse aqui neste blog.
Mas ainda há tempo de sermos mais jornalistas.
Eu acho!

Todos contra ele


As pesquisas falam, indicam, aponta e projetam: a continuarem as atuais condições de temperatura e pressão, no segundo turno eleitoral, que fatalmente acontecerá, serão todos contra Bolsonaro.
Se todos ganharão do deputado do PSL, aí já outros quinhentos.
Mas que a parada vai ser muito, muitíssimo dura, disso também não há dúvida.

Marina faz concessão ao "marinês" e fala em português


Marina Silva, a candidata da Rede ao Planalto, parece começar a falar com mais clareza.
Em entrevista ao "Globo" desta quarta-feira (12), diz claramente que Lula é corrupto.
Para os mais habituados ao marinês, aquele idioma hermético e meio enviesado, que nem os marinistas entendem muito bem, ouvir isso de Marina Silva permite uma avaliação: o de que as premências eleitorais são capazes de tudo.
Até de fazer Marina Silva falar com clareza.
Muita clareza.