Diante de uma torcida apaixonada em Interlagos, Felipe Massa fez o que tinha de fazer. O brasileiro da Ferrari ganhou o GP do Brasil após comandar a prova de ponta a ponta. Ganhou, mas não levou. Por uma questão de segundos. A três curvas do fim de uma corrida dramática, Lewis Hamilton (na foto acima, de Paulo Whitaker/Reuters) pulou da sexta para a quinta posição e fez história no quintal de seu maior adversário. Sob vaias, o inglês da McLaren se tornou, aos 23 anos, o mais jovem piloto e o primeiro negro a conquistar um título da Fórmula 1.
Nas últimas voltas, com o retorno da chuva, os brasileiros que lotavam o autódromo viram duas reviravoltas incríveis. Hamilton foi ultrapassado pelo alemão Sebastian Vettel, criando pela primeira vez no domingo um cenário de título para Massa. A euforia da Ferrari durou apenas alguns segundos. Para ser campeão, o inglês precisava retomar a quinta posição. O feito aconteceu a três curvas do fim, quando Vettel e Hamilton, de uma só vez, ultrapassaram o alemão Timo Glock, que não tinha parado nos boxes para colocar os pneus de pista molhada.
Com apenas um ponto de vantagem para o rival, o inglês calou Interlagos. Calou apenas por alguns instantes, porque o silêncio logo deu lugar às vaias. Ainda assim, Hamilton fecha a temporada com o título e a certeza de que é capaz de controlar a ansiedade em momentos decisivos. Durante a maior parte da corrida, ele foi cauteloso e se manteve distante dos rivais, tanto à sua frente como atrás. No fim, viveu momentos de tensão, mas o último sentimento foi de alívio e alegria, com um abraço emocionado na família.
Na largada, Massa escapou na frente e as posições se mantiveram na primeira curva. Preocupado em não atrapalhar Hamilton, Kovalainen perdeu lugar para Vettel e Alonso. Com menos de uma volta, o fim de uma carreira: David Coulthard, da RBR, tocou a traseira de Nelsinho Piquet, rodou e deixou a prova. O brasileiro também abandonou, e o safety car foi acionado, aumentando ainda mais a carga de drama no início do GP.
Após três voltas, ainda com a pista molhada, os pilotos voltaram a acelerar e a corrida prosseguiu. Alonso atacava Vettel, mas Hamilton mantinha a cautela, ciente de que a quarta posição lhe daria o título.
Na décima volta, Alonso, Webber, Vettel e Rubinho foram para os boxes e colocaram pneus secos. Logo depois, Massa seguiu o mesmo caminho. Desta vez, com o pirulito manual, para evitar a lambança eletrônica de Cingapura. Aos poucos, os outros pilotos fizeram o mesmo, inclusive Hamilton.
Em meio a um festival de deslizadas na pista, o cenário era perfeito para Massa. Na 12ª volta, o brasileiro liderava a prova, e Hamilton estava em sétimo. O inglês passou a sexto logo depois, ultrapassando Trulli.
Na volta de número 17, com uma bela ultrapassagem, o inglês deixou Fisichella para trás e voltou para sua zona de conforto, em quinto lugar.
Àquela altura, quem voava na pista era Sebastian Vettel, então segundo colocado. Na volta 21, ele fez o melhor tempo até aquele momento, virando em 1m14s565, nos calcanhares de Massa. O brasileiro deu o troco logo depois, com 1m14s161. O alemão fez sua segunda parada, e Alonso assumiu a segunda posição. Hamilton pulou para quarto e não era ameaçado por ninguém.
O inglês estava tão à vontade que roubou de Massa a volta mais rápida, com 1m14s159. A alegria durou pouco, porque Timo Glock, então quinto colocado, virou em 1m14s057. Na volta seguinte, Massa retomou o posto de mais veloz da tarde, com 1m13s755.
Na 36ª volta, Massa foi para a segunda parada e os outros pilotos o seguiram, criando uma dança das cadeiras nas posições. Após os reabastecimentos, Massa retomou a ponta, pressionado por Vettel, e Hamilton se manteve num confortável quarto lugar.
As posições se mantiveram até a 63ª volta, quando a chuva voltou. A oito voltas do fim, o drama aumentou em Interlagos. Todos os pilotos estavam com pneus de pista seca, o que aumentava o risco de um acidente. A torcida brasileira, obviamente, secava Hamilton, que passou a sofrer com a pressão de Vettel.
Raikkonen e Alonso pararam. Logo depois, a quatro voltas do fim, Hamilton e Massa foram para os boxes. O inglês gastou 6.1s na parada e voltou em quinto, enquanto o brasileiro ficou parado 5.5s e manteve a ponta.
O desfecho foi eletrizante. A torcida era para que Vettel ultrapassasse Hamilton nas últimas voltas, o que de fato aconteceu. Mas o britânico pegou carona com o próprio Vettel e os dois ultrapassaram de uma vez Timo Glock, na manobra que decidiu o campeonato e jogou um balde de água fria em Interlagos.
Fonte: G1
Nas últimas voltas, com o retorno da chuva, os brasileiros que lotavam o autódromo viram duas reviravoltas incríveis. Hamilton foi ultrapassado pelo alemão Sebastian Vettel, criando pela primeira vez no domingo um cenário de título para Massa. A euforia da Ferrari durou apenas alguns segundos. Para ser campeão, o inglês precisava retomar a quinta posição. O feito aconteceu a três curvas do fim, quando Vettel e Hamilton, de uma só vez, ultrapassaram o alemão Timo Glock, que não tinha parado nos boxes para colocar os pneus de pista molhada.
Com apenas um ponto de vantagem para o rival, o inglês calou Interlagos. Calou apenas por alguns instantes, porque o silêncio logo deu lugar às vaias. Ainda assim, Hamilton fecha a temporada com o título e a certeza de que é capaz de controlar a ansiedade em momentos decisivos. Durante a maior parte da corrida, ele foi cauteloso e se manteve distante dos rivais, tanto à sua frente como atrás. No fim, viveu momentos de tensão, mas o último sentimento foi de alívio e alegria, com um abraço emocionado na família.
Na largada, Massa escapou na frente e as posições se mantiveram na primeira curva. Preocupado em não atrapalhar Hamilton, Kovalainen perdeu lugar para Vettel e Alonso. Com menos de uma volta, o fim de uma carreira: David Coulthard, da RBR, tocou a traseira de Nelsinho Piquet, rodou e deixou a prova. O brasileiro também abandonou, e o safety car foi acionado, aumentando ainda mais a carga de drama no início do GP.
Após três voltas, ainda com a pista molhada, os pilotos voltaram a acelerar e a corrida prosseguiu. Alonso atacava Vettel, mas Hamilton mantinha a cautela, ciente de que a quarta posição lhe daria o título.
Na décima volta, Alonso, Webber, Vettel e Rubinho foram para os boxes e colocaram pneus secos. Logo depois, Massa seguiu o mesmo caminho. Desta vez, com o pirulito manual, para evitar a lambança eletrônica de Cingapura. Aos poucos, os outros pilotos fizeram o mesmo, inclusive Hamilton.
Em meio a um festival de deslizadas na pista, o cenário era perfeito para Massa. Na 12ª volta, o brasileiro liderava a prova, e Hamilton estava em sétimo. O inglês passou a sexto logo depois, ultrapassando Trulli.
Na volta de número 17, com uma bela ultrapassagem, o inglês deixou Fisichella para trás e voltou para sua zona de conforto, em quinto lugar.
Àquela altura, quem voava na pista era Sebastian Vettel, então segundo colocado. Na volta 21, ele fez o melhor tempo até aquele momento, virando em 1m14s565, nos calcanhares de Massa. O brasileiro deu o troco logo depois, com 1m14s161. O alemão fez sua segunda parada, e Alonso assumiu a segunda posição. Hamilton pulou para quarto e não era ameaçado por ninguém.
O inglês estava tão à vontade que roubou de Massa a volta mais rápida, com 1m14s159. A alegria durou pouco, porque Timo Glock, então quinto colocado, virou em 1m14s057. Na volta seguinte, Massa retomou o posto de mais veloz da tarde, com 1m13s755.
Na 36ª volta, Massa foi para a segunda parada e os outros pilotos o seguiram, criando uma dança das cadeiras nas posições. Após os reabastecimentos, Massa retomou a ponta, pressionado por Vettel, e Hamilton se manteve num confortável quarto lugar.
As posições se mantiveram até a 63ª volta, quando a chuva voltou. A oito voltas do fim, o drama aumentou em Interlagos. Todos os pilotos estavam com pneus de pista seca, o que aumentava o risco de um acidente. A torcida brasileira, obviamente, secava Hamilton, que passou a sofrer com a pressão de Vettel.
Raikkonen e Alonso pararam. Logo depois, a quatro voltas do fim, Hamilton e Massa foram para os boxes. O inglês gastou 6.1s na parada e voltou em quinto, enquanto o brasileiro ficou parado 5.5s e manteve a ponta.
O desfecho foi eletrizante. A torcida era para que Vettel ultrapassasse Hamilton nas últimas voltas, o que de fato aconteceu. Mas o britânico pegou carona com o próprio Vettel e os dois ultrapassaram de uma vez Timo Glock, na manobra que decidiu o campeonato e jogou um balde de água fria em Interlagos.
Fonte: G1
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