No início de maio, em duas postagens (aqui e aqui), quando dava seu piteco sobre a cheia na região do Baixo Amazonas, o blog referiu-se a uma personagem especial: dona Tapuinha.
Muitos chegaram a imaginar que isso era conversa fiada de blogueiro que não tem o que fazer e fica inventando nomes e personagens fictícios para amparar suas previsões meteorológicas. Previsões que, aliás, não falharam, porque o meteorologista da beira do Tapajós que as fez é formado com louvor na faculdade da dona Tapuinha, que é pós-pós-doutorada no assunto.
Pois dona Tapuinha, conforme registrado nas postagens aqui no blog, existe mesmo. Vive no Igarapé-Açu, bem em frente a Santarém. E no início da semana passada ela apareceu, em pessoa, numa das reportagens de série que o Jornal da Band exibiu sobre várias cidades da região oeste do Pará, Santarém entre elas.
E a matéria com dona Tapuinha foi uma das melhores. Aos 97 anos de idade, ela surgiu no vídeo com uma vitalidade de fazer inveja. Apresentou-se viçosa, bem humorada e, ainda por cima, cantante. Embalando-se numa rede, bem à vontade, contou história de boto e acompanhou uma música que ouvia no rádio.
No anonimato – agora não mais tão anonimato assim -, dona Tapuinha é o exemplo vivo da sabedoria.
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