No AMAZÔNIA:
Diferentemente dos anos anteriores, as entidades sindicais do Pará não restringiram as comemorações do Dia do Trabalhador somente a Belém. Haverá programações em vários municípios do Estado. A Central Única dos Trabalhadores (CUT/PA) promove hoje uma convenção que contará com a participação de 600 convidados da área rural de Tailândia. No evento, que se inicia às 15 horas, serão debatidos os impactos causados pela Operação Arco de Fogo, realizada no ano passado - quando ocorreu uma rigorosa fiscalização que resultou no fechamento de inúmeras madeireiras e em consequentes demissões.
A Força Sindical pretende reunir 2 mil pessoas na Praça da Matriz, em Marituba, a partir das 9 horas de hoje. O evento será marcado por um ato em defesa dos trabalhadores, além de shows de bandas regionais e sorteio de brindes. A entidade também estendeu a sua programação aos municípios de Marabá, Barcarena, Parauapebas e Castanhal, onde pretende concentrar, no total, 5 mil pessoas.
Segundo Ivo Borges, presidente da Força Sindical no Pará, os trabalhadores não têm motivos para comemorar e o momento é de reflexão. 'Este semestre está perdido. A indústria da transformação no Pará está sofrendo muito com a crise. Estamos pagando por uma coisa nós não causamos. Ainda ficamos sem as duas parcelas adicionais do seguro-desemprego', lembra. O Pará ficou de fora da lista de Estados beneficiados pela medida do governo federal.
Em Belém, o movimento sindical, coordenado pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral de Trabalhadores (UGT), vai se reunir hoje na Praça da República, a partir das 9 horas. Na ocasião será realizado um ato em defesa do Pará e de seu desenvolvimento, quando será lembrado que os representantes das entidades são contra o pedido de intervenção federal proposto pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO).
Para Gilvan dos Anjos, secretário da UGT, durante o encontro será feito um balanço dos números do mercado de trabalho no Estado. 'Estamos passando por um momento delicado, em que o desemprego tem sido crescente, conforme mostram os números analisados pelo Dieese. Uma intervenção federal, neste momento, afastaria completamente os investidores que ainda apostam em nosso Estado', avalia.
Segundo Domingos Elleres, presidente da NCST, a data é importante para lembrar aos trabalhadores a necessidade de se unir. 'A união, neste momento de crise, é fundamental para mantermos nossos trabalhos - por isso convocamos os trabalhadores para este grande encontro', diz. Érico Leal, secretário geral da CTB, lembra que é preciso que tanto o governo quanto a iniciativa privada invistam no Estado para fortalecer o mercado interno. 'O investimento rende aos trabalhadores desenvolvimento e confirma a valorização da nossa mão-de-obra', acrescenta.
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