Vish!
Parece que a coisa vai, digamos assim, de mau a piau.
Mas, é claro, torcemos para não degringolar.
Perfilados, estamos sempre bradando: Avante, Brasil.
Já foi dito aqui no blog, várias vezes, que o governo
do Capitão não tem articulação política.
Não é, vejam bem, que a articulação política do
governo do Capitão esteja ruim.
Não.
Inexiste, pura e simplesmente inexiste, articulação
política.
Pois é.
Quem vinha fazendo as vezes de articulador
político (ad hoc, digamos) era o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Mas os últimos acontecimentos – as declarações despirocadas do Capitão sobre a velha
política, o confronto
com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e agora a prisão de Moreira
Franco, casado com a sogra do deputado – levaram o presidente da Câmara a dizer
mais ou menos assim: “Explodam-se”
(mas cada leitor fique à vontade, por favor, para manejar sua criatividade
verbal e escolher outro verb
o que se afeiçoe de forma mais contundente às
circunstâncias).
Maia, tudo indica, mandou o governo do Capitão pras cucuias (também vocês podem usar
termo popular mais adequado, se quiserem).
A “Folha” está informando, em matéria
da jornalista Mônica Bergamo, que nesta quinta-feira (21), em telefonema
ao ministro Paulo Guedes, da Economia, Maia avisou-lhe que a responsabilidade
por conquistar votos para a reforma da
Previdência, a partir de agora, será do presidente Jair Bolsonaro. E
não mais dele.
Maia
negou à jornalista que tivesse feito afirmações no tom relatado. Mas disse que,
sim, a responsabilidade de buscar votos para a aprovação da reforma é
de Bolsonaro. "O papel de articulação do executivo com o parlamento nunca
foi e nunca será do presidente da Câmara", afirma.
"Eu
continuo ajudando. Sei que a reforma da Previdência é fundamental e não abro
mão dela", diz. "E concordo com o presidente [Bolsonaro]: é preciso
construir uma maioria de uma nova forma. Essa responsabilidade é dele",
segue.
"Quando
ele [Bolsonaro] tiver a maioria e achar que é a hora de votar a reforma, ele me
avisa e eu pauto para votação. E digo com quantos votos posso colaborar",
diz Maia.
Lembrem-se que já dissemos aqui: o maior inimigodo governo do governo do Capitão é, ora bolas, o governo do Capitão.
Ou
não?
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