sábado, 9 de maio de 2009

Orgulho e honra em jogo

No AMAZÔNIA:

Tinha tudo para ser um jogo sem graça, mas o confronto entre Paysandu e São Raimundo, às 17h, no Mangueirão, ganhou importância ao longo da semana. Graças ao clima de rivalidade criado entre as duas equipes, a partida promete ferver. Os dois times entram em campo com o orgulho ferido.
A Pantera tenta o quase impossível: vencer o Papão com cinco gols de diferença e vingar a tal 'dopagem' do último domingo. E os bicolores jogam para mostrar que não precisam passar a rasteira no adversário santareno para comemorar o título.
A semana foi tensa. Na Curuzu, ninguém podia abrir a boca. Temeroso que o time caia no tão recorrente 'apagão', Édson Gaúcho proibiu o elenco de comemorar o título com antecedência. 'Não acabou nada. Ainda temos mais 90 minutos de jogo. Ninguém aqui no Paysandu pode se considerar campeão', ordenou o treinador.
Do outro lado, a Pantera viveu a mesma pressão sofrida pelo Águia em 2008. A diretoria comprou briga com os dirigentes bicolores para definir a arbitragem de fora, como havia sido combinado, e Válter Lima caiu na armadilha das polêmicas pré-decisões.
O técnico santareno deu vazão aos boatos de doping e, sem poder provar as acusações, só motivou os adversários. Se, antes, falava que nada era impossível, agora, Válter Lima baixou um pouco mais a bola. 'Se não for possível, [espero] que nosso time consiga pelo menos encerrar sua participação de forma honrosa', declarou.
Enquanto Édson Gaúcho preferiu não mudar nada da equipe que goleou o São Raimundo no domingo passado, Válter Lima fez alterações significativas no meio-campo e no setor defensivo. Mesmo assim, falar em escalação antes da partida é precipitado. Afinal, o jogo entre o Papão e a Pantera é também um duelo tático entre os dois treinadores.
Para o Paysandu, a partida também vale para manter a hegemonia dos 'gigantes' no Parazão. Os bicolores estão próximos de passar o Remo e alcançar o Bahia, segundo colocado no ranking de times brasileiros que mais conquistaram títulos estaduais. Mas, para Édson Gaúcho, esse índice pouco importa.
'É uma coisa que tem mais importância para o torcedor, que vai ficar aqui quando eu for embora', declarou o técnico.
O que os jogadores esperam é que a torcida, dessa vez, marque presença. Felizmente, para o espetáculo, os pedidos dos jogadores e do técnico bicolor parecem ter surtido efeito. Até o fechamento da edição, os números da venda de ingressos na sexta-feira ainda não haviam sido contabilizados pela Federação Paraense de Futebol (FPF), mas só na quinta foram vendidos quase cinco mil entradas, mais da metade dos pagantes do domingo passado.
A procura dos ingressos ontem foi até maior que no dia anterior. . A notícia ruim aconteceu perto do meio-dia, quando assaltantes atacaram torcedores que estavam na travessa do Chaco.

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