A Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado divulgou nota tentando negar o que se suspeita seja uma “operação abafa” para não investigar a fundo as denúncias feitas pelo novo casal bomba – João Carlos Zoghbi, ex-diretor de Recursos Humanos da Casa, e sua mulher Denise, ex-diretora do Instituto Legislativo Brasileiro.
A nota informa que o Senado Federal está sob jurisdição da Polícia do Senado, mas que tanto o Ministério Público (MP) quanto a Polícia Federal têm autonomia para atuar.
Acrescenta a nota que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) pediu ao procurador-geral da República a designação de um procurador para acompanhar as investigações sobre denúncias de irregularidades em contratos de empréstimo consignado.
O documento destaca ainda que a Polícia Legislativa está sujeita à fiscalização do Ministério Público. Além disso, os inquéritos abertos pela Polícia do Senado só são encerrados pela Justiça depois de ouvido o MP, que pode ainda pedir informações adicionais se não considerar o resultado do inquérito satisfatório, lembra a assessoria da Presidência.
Está bem.
Mas por que esse volteio, esse rodeio todo para investigar essas denúncias tão graves?
Mesmo que a Polícia Legislativa esteja sujeita à fiscalização do MP e ainda que o Ministério Público possa pedir informações adicionais, se não ficar satisfeito com o inquérito, por que não deixar essa Polícia Legislativa de lado e entregar esse caso à Polícia Federal?
Se fizesse isso, a Presidência do Senado não apenas indicaria à sociedade claramente que deseja investigar a fundo as denúncias como se pouparia de divulgar essa nota para negar as suspeitas de que estaria em curso uma operação-abafa.
Porque a suspeita é forte, convenhamos.
Muito forte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário