sábado, 3 de janeiro de 2009

Sistema penal estica a folga de 400 presos

No AMAZÔNIA:

Ao contrário do que anunciou antes do Natal de 2008, a Superintendência do Sistema Penal (Susipe) adiou para a próxima segunda-feira, 5, o retorno dos quase 400 presos que saíram para passar as festas de fim de ano com a família. Foi dito que eles usufluiram do benefício do dia 24 de dezembro de 2008 ao dia 2 de janeiro de 2009.
Ontem terminaria o prazo para o retorno obrigatório às casas penais. O major Rosinaldo, no entanto, segundo homem da administração penal do Estado, disse ontem que o retorno só está previsto para a próxima segunda-feira. Cerca de 8% dos internos beneficiados com as chamadas licenças especiais preferem não voltar mais para as celas, atitude que lhes confere condição de 'fugitivos'. Quando capturados, não têm mais direito ao gozo de licenças especiais.
A juíza Tânia Batistelo, da 1ª Vara de Execução Penal da Região Metropolitana de Belém, fechou o relatório 2008 com concessão de 644 benefícios a condenados de Justiça. Entre os beneficiados estão 458 que tiveram seus pedidos de licença especial deferidos pela magistrada. Esse mesmo benefício é concedido na Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais e Círio de Nazaré.
Das nove casas penais da Região Metropolitana de Belém (RMB), 392 presos ganharam a licença especial. O maior número de presos que ganharam liberdade cumprem pena na Colônia Agrícola Heleno Fragoso, de onde saíram 234 detentos, dos 322 que vivem em regime semiaberto. Do Centro de Recuperação Feminino, onde há pouco mais de 200 presas, 27 mulheres saíram. Do Centro de Recuperação do Coqueiro, onde estão 225 presos, somente 18 foram beneficiados. Por questão também de segurança, dos outros presídios saem sempre menos presos. De 16 casas penais em 15 municípios do interior foram liberados 384 presos.
Os presos beneficiados saíram no dia 24 de dezembro. O retorno estava marcada para ontem, 2 de janeiro. De acordo com a Susipe, entre 5% a 8% dos presos beneficiados não voltam na data definida pela própria Justiça. Alguns nem voltam para à cadeia.

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