segunda-feira, 2 de junho de 2008

Tucanos anotaram o desprezo de Duciomar pelo PSDB

Os tucanos nada dirão em público. Mas têm dito entre quatro paredes e, fora delas, capricham no tucanês para que não pareçam muito contundentes. Mas o certo é que, no fundo do fundão, muitos deles estão por aqui com o prefeito Duciomar Costa.
Se não fossem tucanos e tivessem a língua um pouco mais solta ou então falassem em público o que comentam entre quatro paredes, diriam os do PSDB que Duciomar foi arrogante, descortês e pretendeu esnobar o partido ao pronunciar-se com tanto laconismo na reunião que, na segunda-feira passada, ouviu o próprio alcaide e a ex-vice-governadora Valéria Pires Franco sobre as pretensões e propostas de aliança para as eleições de outubro.
Duciomar falou por não mais que cinco minutos. Foi tão econômico, mas tão econômico nas palavras que o próprio presidente regional do PSDB, senador Flexa Ribeiro, indagou-lhe ao final da exposição – se é que aquilo pode ter sido chamado de exposição -, conforme chegou a registrar o Diário do Pará:
- Já terminou de falar, Duciomar?
Duciomar já terminara de falar, quando Flexa lhe perguntou. E quando terminou, ficou entre vários dos circunstantes aquela sensação – fortíssima, por sinal – de que o prefeito se houve com desprezo pelo PSDB. Ficou no ar, fortemente impregnada, a sensação de que Duciomar foi à reunião apenas por mera formalidade, como se não estivesse nenhum pouco interessado em aliar-se ao PSDB no primeiro turno.
Desinteresse - A verdade, a grande verdade é que os tucanos, se tucanos não fossem, diriam em público, sem rodeios verbais, o seguinte: Duciomar não estava, não estava e não estará nenhum pouco interessado em fazer aliança com o PSDB.
Por uma razão simples e óbvia: se tivesse chegado a aliar-se com o PSDB, afastaria automaticamente qualquer possibilidade de contar com o apoio do PMDB num eventual segundo turno. E até mesmo eventualmente o apoio do próprio PT.
O que pretendia Duciomar, segundo a interpretação de largos segmentos do PSDB? Pretendia que os tucanos se decidissem por uma candidatura própria, de preferência sem consistência eleitoral, para que o partido não passasse para o segundo turno. Com isso, o prefeito ficaria em condições favoráveis para atrair o apoio do PSDB.
Mas o prefeito, ao que parece, calculou mal. Porque o PSDB fechou com o DEM, numa aliança que vai proporcionar à coligação cerca de 10 minutos de programa no horário eleitoral. E também talvez o prefeito não saiba que conseguir o apoio do PT na eleição de outubro é tão certo quanto um remista ir a um Re-Pa e sentar-se bem no meio da torcida do Paysandu – e vice-versa.
Em entrevista ao blog, 23 de abril passado, o presidente do Diretório Municipal do PT em Belém, vereador Adalberto Aguiar, mencionou claramente os partidos com os quais não existe a menor possibilidade de coligação: PSDB, DEM e - por último mas não menos importante - o PTB do prefeito Duciomar Costa.

2 comentários:

Anônimo disse...

Blog do Zé Carlos - PV
Domingo, 1 de Junho de 2008.

Mário Couto e Jader estão juntos
Desde a eleição que se ouve um zunzunzun de uma aliança Mário Couto e Jader. Os boatos ficaram fortíssimos e começaram a tomar ar de verdadeiros quando Mário passou uma campanha inteira de senador sem receber um só ataque do PMDB.
A postura de Mário na eleição da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa apoiando a eleição de Domingos Juvenil foi considerada mais uma evidência da aliança. Os que acreditam nessa hipótese estão de olho nas alianças que o Senador está patrocinando para as eleições de 2008. Em Bragança, junto com Flexa Ribeiro, patrocina a candidatura de José Diogo, apenas para ajudar o prefeito Edson Oliveira do PMDB. Seu aliado Chamom em Curionopólis é candidato pelo PMDB.
Dizem que a chapa de 2010 é Mário Couto governador e Jáder senador. Vamos aguardar e conferir.
Postado por José Carlos Lima às 16:11

Anônimo disse...

Eu fico cá com os meus botões, imaginando a cara do senador Flexa nessa reunião com o Duciomar.
O Duciomar, com aquela cara de paisagem, que já é a sua marca registrada, falando sem falar e oferencendo sem oferecer.
Essa reunião, vai ficar para o anedotário político das nossas bandas.