Tentativa de homicídio em treinamento dos bombeiros

Na coluna "Repórter Diário", do Diário do Pará:

 

Bombeiros tentaram matar, por afogamento, na piscina do Iesp, o cadete Willames Florentino de Andrade, que estudava para se tornar bombeiro militar. O homicídio só não foi consumado porque outro cadete, Luiz Alfredo Galiza dos Santos, percebendo que não se tratava de brincadeira, pulou n'água e conseguir salvar a vítima submersa pelas mãos de Armando Silva de Souza, Wagner Alípio Espírito Santo da Silva, César Alberto Tavares da Silva e Doriedson Silva Ribeiro. O relato é da denúncia oferecida ontem à Justiça Militar, com primeira audiência já marcada para 5 de agosto.

 

Intenção

O motivo da tentativa de homicídio, segundo a denúncia assinada pelo promotor militar Armando Brasil, foi rivalidade de grupelhos de cadetes dentro da academia. A ocasião para o quarteto hostilizar Willames Andrade surgiu no momento em que, segundo os autos, o tenente que comandava o treinamento afastou-se da piscina para atender a um telefonema. No IPM aberto pela Corregedoria em 2005, que demandou novos exames e diligências até ser aceito pelo MPM, os acusados negaram intenção de eliminar o rival.

 

Caldo

É a segunda denúncia semelhante em pouco mais de dois anos em Belém. Mais grave, no dia 30 de março de 2006, durante um treinamento na piscina do Ciaba, da Marinha, o fuzileiro Marcelo Magno Alves Almeida foi assassinado por afogamento por um grupo de soldados que lhe aplicou o que na caserna é conhecido como "caldo", ou submersões contínuas para testar o limite da resistência humana. Embora a família tenha pedido à Justiça R$ 671,9 mil de indenização, a União foi condenada a pagar apenas R$ 140 mil.

 

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Do Espaço Aberto:

Para saber mais sobre a indenização ao fuzileiro Marcelo Magno Alves Almeida, clique aqui.