sábado, 14 de junho de 2008

Pequena Vitória passa bem

No AMAZÔNIA:

A mãe e o bebê que protagonizaram um parto inusitado em uma parada de ônibus, em São Brás, passam bem, após o susto. As duas dois estão em observação no hospital Santa Casa de Misericórdia e devem ter alta ainda hoje, depois de passar por exames de rotina e virar atração na enfermaria Maria Goretti, da Santa Casa. Daniele Ferreira de Menezes, de 28 anos, deu à luz a pequena Vitória, quase 20 dias antes da data prevista pelos médicos, de pé, auxiliada por dois policiais militares no meio da praça do Operário na última quinta-feira.
Ontem, mãe e filho receberam a visita da policial militar Geonilda de Jesus, a primeira a carregar a menina de 3,1 kg no colo, logo depois do nascimento. Foi ela quem teve a decisão de levar mãe e filha, ainda atreladas pelo cordão umbilical, para a Santa Casa.
Segundo o médico obstetra Antônio Sérgio Carvalho, de plantão quando a mãe deu entrada na emergência do hospital, a escolha da policial de não tentar cortar o cordão com uma tesoura ou outro instrumento possivelmente contaminado, foi fundamental para que o bebê não tivesse complicações de saúde após o parto.
Mãe de dois filhos, a policial Geonilda de Jesus não resistiu à emoção do reencontro e chorou, junto com a mãe de Vitória, lembrando do nascimento da 'afilhada'. 'Foi um dos dias mais importantes de toda a minha vida como policial militar. A gente se prepara para correr riscos, pra fazer resgates, pra combater o crime, pra ver de tudo. Mas carregar a menina no colo, logo depois do nascimento foi uma emoção incrível, maior que qualquer outra coisa', conta a cabo Jesus, com 20 anos de farda.
Mais calma, a mãe agradeceu a visita da policial e manifestou o desejo de manter o nome sugerido pela futura madrinha para o bebê, 'Vitória'. Daniele, que mora como o esposo e o filho mais velho em uma casa alugada, na área do Furo da Marinha, em Mosqueiro, estava em Belém para uma consulta médica pré-natal na Santa Casa. Na consulta, o médico que atende Daniele marcaria a cesariana, provavelmente para os primeiros dias do mês de julho.
A forma como o bebê nasceu, de maneira inesperada até pela mãe, surpreendeu a família. Por ter caído no chão depois do nascimento, o bebê passou por exames na noite de quinta, para verificar se tinha sofrido alguma fratura. Constatada a saúde da criança, ela pôde ser colocada com a mãe no mesmo quarto, na mesma noite em que nasceu.

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