Enquanto em Santarém o PT e o PMDB procuram remover obstáculos para fechar uma coligação, em Castanhal, no nordeste do Pará, as duas legendas estão em pé de guerra. E se a coisa avançar no toada em que se encontra, a guerra não será apenas de pé, mas envolverá braços, cabeças, pernas e tudo o mais. Até o próprio PMDB poderá ir para o patíbulo.
O clima belicoso tem seis protagonistas principais: o prefeito do município, Hélio Leite, filiado ao Partido Republicano e candidato à reeleição; quatro vereadores do PMDB que integram a base de sustentação do prefeito e, por último mas não menos importante, o deputado Jader Barbalho, presidente regional do PMDB.
Já estava tudo certo, certíssimo para que o PR se coligasse com o PMDB, que teria o direito de indicar o vice na chapa de Hélio Leite.
Eis que o PT atravessa o samba e se apresenta disposto a emplacar uma aliança com o prefeito e, obviamente, ocupar a vaga de vice na chapa.
Tão logo soube da investida do PT em terreno que julga – ou julgava – ser do PMDB, Jader mandou avisar aos quatro vereadores peemedebistas que se retirem, de imediato, da base de sustentação do governo Hélio Leite, que precisa deles para ter maioria na Câmara do município.
Aviso transmitido, Jader vai esperar. Se os quatro vereadores peemedebistas insistirem em manter o apoio parlamentar a Hélio Leite, o presidente regional do PMDB promete pura e simplesmente fechar – fechar para balanço, digamos – o PMDB em Castanhal. Ou por outra: a legenda seria colocada em recesso, deixaria de funcionar temporariamente.
Extinto o partido, os quatro vereadores ficariam sem lenço, sem documento, sem Hélio Leite, sem partido, sem legenda para disputar o pleito de outubro – enfim, ficariam sem nada.
Ficariam apenas com os dedos para chupar.
Ou nem isso.
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