domingo, 15 de junho de 2008

Centro da cidade vira campo minado

No AMAZÔNIA:

Muita atenção ao chegar em casa ou quando parar nos sinais de trânsito é o que recomenda a Polícia Civil para evitar um seqüestro relâmpago. A modalidade de assalto não é novidade na Grande Belém, sendo difícil combatê-la visto que boa parte dos criminosos que o pratica não é identificada pelas vítimas. Os grupos que realizam seqüestros-relâmpago são diversos, sempre em busca de dinheiro fácil para farras e compra de objetos supérfluos. A maioria desses grupos é composto por adolescentes.
Ninguém está livre de ser atacado, nem mesmo o deputado estadual Arnando Jordy e o vereador de Belém Daniel Pegado, também vítimas deste tipo de crime onde as pessoas são levadas em seus automóveis sob a mira de armas de fogo e obrigadas a sacar dinheiro com os bandidos. Após o roubo, o carro e a vítima são abandonados em locais distintos.
De acordo com o delegado Antonio Benone, titular da Delegacia de Furtos de Veículos e Automotores da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), 85% dos carros roubados são obtidos em seqüestros relâmpago e usados em outros assaltos, inclusive a estabelecimentos comerciais. Os demais são para outros fins, incluindo desmanche e posterior revenda de peças e componentes de automóveis. A recuperação dos veículos roubados nos seqüestros é considerável, segundo Benone.
O horário de maior perigo para o motorista é das 18h às 22h, com destaque para os bairros do Umarizal, Nazaré e Cidade Velha, onde a incidência de abordagens é alta. Benone explica que a concentração de escritórios, empresas e prédios de luxo atrai os bandidos que aproveitam o descuido de suas vítimas para atacar. Os dias de maior perigo são de quinta-feira a domingo.
O delegado recomenda a qualquer pessoa que avistar suspeitos na rua, sempre acionar uma viatura policial pelo 190 do Centro Integrado de Operações (Ciop) ou telefonar ao celular de plantão da DRCO (9943-0351). Evitar ainda a exposição tarde da noite em via pública, seja para ir ao supermercado, circular em locais soturnos ou mesmo namorar dentro de veículos. 'Na avenida Visconde de Souza Franco acontecem muitos seqüestros-relâmpago. Quando acontecer, não reagir e fazer o que pedirem. Assim que estiver livre, procurar uma delegacia mais próxima e acionar o Ciop, fornecendo as características necessárias para a localização do veículo. Receber apenas o automóvel de uma autoridade da Polícia Civil, pois o carro pode conter provas importantes para a identificação dos assaltantes (impressões digitais)', explicou Benone. A DRCO está disponível por 24 horas para a realização do retrato-falado àqueles que conseguirem manter a calma e lembrarem-se do rosto dos assaltantes.
Testemunhas de um seqüestro-relâmpago devem denunciar ao 190 ou ao plantão da DRCO pois podem salvar vidas.

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