Na FOLHA DE S.PAULO:
O advogado Roberto Teixeira atua nos bastidores do governo desde o primeiro mandato de Lula. Petistas do primeiro escalão e outros que ainda estão no governo dizem, reservadamente, que ele, de fato, tem acesso direto ao presidente.
No primeiro mandato, Teixeira ajudou o empresário Daniel Dantas, do grupo Opportunity, a defender seus interesses junto ao governo na disputa que travou com fundos de pensão pelo controle da Brasil Telecom. Dantas não teve êxito, mas ministros relataram à Folha, na época, pressões de Teixeira a favor do empresário.
O advogado também defendeu interesses da extinta companhia aérea Transbrasil. Nos bastidores, a proximidade de Teixeira com Lula causou ciúme e incômodo em integrantes da cúpula do governo. Para alguns, ele abusaria da amizade com Lula e faria lobby comercial. Para outros, atuaria como outros grandes advogados que conhecem as conexões importantes na capital federal, mas sempre dentro da legalidade.
No ano passado, quando a oposição tentou criar a CPI do Apagão Aéreo, o próprio presidente Lula atuou para evitar o sucesso da iniciativa. Lula não queria que fosse investigada a atuação de Teixeira. Via uma nova tentativa da oposição de atingir diretamente ele, sua família e amigos próximos. Nos seus raros contatos com a imprensa, Teixeira sempre negou que a sua amizade com Lula influenciasse o sucesso de suas ações jurídicas.
É antiga a amizade entre Lula e Teixeira. Compadres, o primeiro batizou uma filha do segundo. E Teixeira batizou um filho de Lula. Em 1989, o advogado emprestou a Lula uma casa em São Bernardo do Campo. Lula morou no imóvel até 1997, quando se mudou para um apartamento na mesma cidade.
Em 1997, Lula teve de depor em uma sindicância do PT sobre a acusação de que Teixeira usava a relação com o petista para conseguir contratos com prefeituras do partido. Foi o caso Cpem, episódio que rendeu atrito entre Lula e José Dirceu, então presidente do PT.
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