Líder em número de processos no Supremo Tribunal Federal (STF) entre os 594 parlamentares, o deputado Neudo Campos (PP-RR) trabalha para vencer mais que as 17 acusações a que responde na mais alta corte do país. Cinco anos após ter sido preso pela Polícia Federal, acusado de comandar um esquema que desviou R$ 230 milhões dos cofres públicos, de acordo com a denúncia, o ex-governador de Roraima já articula abertamente seu retorno ao governo do estado nas eleições de 2010. Para isso, costura o apoio de ex-adversários políticos.
Em dez ações penais e sete inquéritos, o Ministério Público Federal acusa Neudo Campos de formação de quadrilha, peculato (desvio de dinheiro), compra de votos e crime contra a Lei de Licitações. O deputado rebate as acusações, diz que os processos foram desdobrados para prejudicá-lo e que nunca soube dos desvios em sua administração.
Em entrevista ao site, Neudo culpa um juiz federal por seus problemas, dá como certo que será o próximo governador de Roraima e avisa: da próxima vez, fará tudo diferente para evitar sustos. “Não vou assinar um convênio. Vou fazer uma auditoria rigorosa”, garante.
O ex-governador foi preso em novembro de 2003, com cerca de outras 40 pessoas, na Operação Praga do Egito (também conhecida como Gafanhoto), da Polícia Federal, acusado de liderar um esquema de fraude na folha de pagamento do governo por meio de funcionários fantasmas. Na época, havia apenas 11 meses que ele tinha deixado o cargo.
As denúncias enfrentadas pelo deputado estão longe de se restringirem às listadas pelo Supremo. Na Receita Federal, Neudo é alvo de cinco processos administrativos, acumulados entre 1988 e 2007. Os procedimentos incluem um auto de infração de Imposto de Renda, uma inscrição em dívida ativa, um arrolamento de bens e uma execução fiscal para fins penais. A empresa Neudo Campos Engenharia Ltda., que o deputado afirma já ter desativado, também tem processos na Receita.
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