Como aqui já disse – ou melhor, já se testemunhou -, as madrugadas às proximidades do Cosanostra são sempre inesquecíveis. Sempre.
Por volta de 1h30 de hoje, novo fuzuê.
Felizmente, desta vez não houve pontapés e nem tiros.
Mas houve berros, palavrões, dedo em riste, ameaças, uma loura fazendo top-top-top em desafiador diante de quem aparecesse na frente dela, seguranças correndo meio tontos e todo aquele espetáculo que, vocês sabem, somente são protagonizados por freqüentadores descontraidíssimos que entram e saem do Cosanostra durante as madrugadas.
E dane-se o mundo. Dane-se quem sonha acordado em sossegar. Dane-se quem ainda sonha em ter madrugadas serenas.
Porque as madrugadas perto do Cosanostra, vale repetir, são inesquecíveis.
Verdadeiramente inesquecíveis.
9 comentários:
Se fosse no "sereno" de uma gafieira-bate-estaca-tremendão-sei-lá-o-que, seria porque lá a frequência é barra-pesada, só de "colunáveis" dos cadernos de polícia.
Mas no point-high-society do centro da city, onde supõe-se que esteja a classe creme-de-la-creme, os mais destacados sobrenomes, os mais sorridentes das colunas de domingo??!!
Tem algo de podre nesse chamado tecido social da classe A, não?
E a puliça, por onde anda?
Será que, algum dia, veremos a foto desses "descontraidíssimos" arruaceiros no caderno do crime?
Há controvérsias.
Inesquecíveis são os momentos passados no interior do banheiro do Cosanostra.
Banheiro de cristal puro, diga-se de passagem...
Posso comprovar o que você diz. Já morei no edifício Benjamin Constant(bem em frente) e certa noite vi uma mulher sair aos berros do bar. Gritava, esperneava e xingava o maridão, flagrado no interior do Cosanostra em companhia de uma sirigaita qualquer. E era relativamente cedo, cerca de 20h30.
O marido traidor estava petrificado: andava em direção à esposa como um zumbi, sem esboçar qualquer reação.
No fundo, não achei engraçado. Fiquei com pena da esposa, de tão desesperada que ela estava.
Qual será o futuro da Braz de Aguiar?
O futuro da avenida mais charmosa de Belém é incerto. Com novos shoppings surgindo na cidade, dois deles (Yamada e Boulevard) bem próximos do bairro de Nazaré, a Braz começa a perder a vocação de rua comercial elegante.
Na verdade, atualmente a maioria das boutiques finas vive às moscas. Fico pensando como ficará a situação daqui a 4 anos, prazo médio para a inauguração dos shoppings da Doca e no antigo ponto da Tágide Veículos, na Pedro Álvares Cabral.
O que vai acontecer com a Braz?
A Braz de Aguiar será invadida por bares, nos pontos onde hoje agonizam as lojas mais caras da capital paraense?
Será que vai se transformar numa loja de comércio popular, como hoje o é a Presidente Vargas, com camelôs e lojas de 1,99 disputando a freguesia "no grito"?
Será que vai reforçar o seu perfil residencial, sendo "redescoberta" pelas grandes construtoras e incorporadoras?
Ou vai acontecer tudo isso ao mesmo tempo?
Porque a verdade, doa a quem doer, é que em 10 anos o cenário da avenida Braz de Aguiar será outro, completamente diferente do atual. Só espero mesmo é que a Braz nunca perca o charme.
Anônimo das 11:11,
Polícia, em Belém, não há no Cosanostra, nem no cosa dos outros, em lugar nenhum.
Por isso essa bagunça de madrugada.
O blog vai postar seu comentário mais tarde.
Abs.
Anônimo das 14:13,
Seu comentário comprova o que o blog tem relatado. Nada contra os bares. Quem gosta que os freqüente. Mas é precisa atentar para o sossego público, amigo. E isso não aconteceu nas imediações.
Abs.
Anônimo das 18:50,
Você levanta uma questão importantíssima e pouco perceptível pelos que se preocupam apenas em festejar a Braz de Aguiar com rua de bacanas.
O blog vai postar seu comentário ao longo desta quinta.
Abs.
A Braz nunka vai mudar porque é uma rua chique e eu moro na Braz e estudo na Braz.
Anônimo das 13:20,
Tomara.
Tomara que não mude.
Ou, se mudar, tomara que seja para melhor ainda.
Abs.
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