Na FOLHA DE S.PAULO:
Prevendo dificuldades na continuidade da votação no plenário da Câmara do projeto que cria a CSS (Contribuição Social para a Saúde) e ciente do apoio apertado no Senado, a base governista defende que o projeto que ressuscita a CPMF seja votado pelos senadores depois das eleições, evitando também perda de votos motivada pelo período eleitoral. No entendimento do governo, a conclusão da CSS não é urgente, já que sua cobrança é só em 2009.
Na noite de quarta, os deputados aprovaram a recriação da CPMF por 259 votos favoráveis, apenas dois acima do mínimo necessário. Ainda falta analisar quatro destaques à matéria, sendo que um deles pode modificar a proposta, já que suprime artigo que estabelece a base de cálculo da contribuição, ou seja, sobre que valores incidirá a alíquota de 0,1%.
Pelo menos três motivos dificultarão a continuidade da votação no plenário: o início das convenções eleitorais, que deve reduzir o quórum no Congresso, e uma medida provisória que, a partir de amanhã, passará a trancar a pauta. A obstrução da oposição será facilitada ainda por outras oito MPs que não trancam a pauta, mas que estão na fila de votação.
"Temos a esperança de que eles [da base] não consigam concluir a votação na semana que vem. São quatro destaques, temos convenções e, depois, festas de São João [com viagens de congressistas]. O contexto nos favorece", disse o líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).
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