segunda-feira, 23 de junho de 2008

Festa e alívio para a galera do leão azul

No AMAZÔNIA:

Depois da vitória azulina, a torcida do Remo deixou o Mangueirão confusa. Não sabia se estava feliz com a vitória ou aliviada pelo sufoco que antecedeu a classificação para a final do Campeonato Paraense 2008. A partida foi dramática. Os azulinos assistiram a um gol adversário, empataram, viraram, golearam e, no final, ainda sofreram com a reação bicolor.
No primeiro tempo, os gritos vindos do lado B da arquibancada, onde ficam os torcedores do Paysandu, ainda conseguiam abafar o barulho da torcida remista. Mas depois da virada, o lado alvi-azul calou. O eco dos azulinos virou a trilha sonora da 'Batalha do Mangueirão'. Nem o gol da esperança de Zé Augusto tirou o brilho da comemoração dos torcedores do Remo.
O sentimento, talvez pela primeira vez num Re x Pa, não foi de felicidade, ou pelo menos não só esse. 'É alívio. Para quem esperava um jogo truncado, o time venceu com tranqüilidade', confessou o torcedor Márcio Miranda, de 24 anos. 'Se tivesse que destacar um ponto positivo, seria o Lenílson, que foi o melhor em campo e ainda fez dois gols', completou.
Nos últimos minutos, a torcida azulina começava a encher as rampas de acesso às arquibancadas. Mas não estavam cabisbaixos como os bicolores. 'É só para evitar o aperto. Com relação ao Remo, não tenho do que reclamar. O time entrou nervoso. Só que, ainda no primeiro tempo, começou a tocar a bola e ‘matou’ o jogo', disse Gabriel Jordy, 21 anos.
'O Paysandu é freguês', gritava Luan Clelvan, de 16 anos, ressaltando o tabu de sete partidas mantido pelo Leão sobre os rivais. Depois do apito final, era como se o Remo tivesse vencido o campeonato. O público azulino não se conteve enquanto não viu o outro lado das arquibancadas vazio e em silêncio. 'O Águia vai tremer nas bases quando sentir a pressão da torcida', avisou Waldir Santos, de 48 anos.
Apesar da vitória, os torcedores azulinos deixaram o estádio conscientes de que a equipe ainda precisa acertar detalhes para jogar a final com tranqüilidade, ainda mais com os desfalques de Ratinho e Lenílson, punidos com cartão amarelo. 'A equipe tinha uma zaga bem formada e um goleiro seguro. O resto ainda precisa de ajuste se o time quiser ser campeão', ressaltou Márcio Pinheiro, de 30 anos.

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