sexta-feira, 20 de junho de 2008

Febre amarela silvestre causa a primeira morte no Pará

No AMAZÔNIA:

O Instituto Evandro Chagas confirmou, ontem, a primeira morte por febre amarela silvestre, este ano, no Pará. A vítima é um agricultor de 21 anos de idade que morava em Parauapebas. O município deverá fazer um levantamento da cobertura vacinal na área. Esse é o segundo caso da doença registrado em 2008, em cidade paraense. No Brasil, 45 casos foram confirmados e 25 deles levaram ao óbito, sendo que a maioria não era vacinada.
O agricultor Antônio Édio Alves morreu no dia 9 de junho, mas o diagnóstico só foi confirmado ontem. Ele ainda foi internado no hospital de Pronto-Socorro de Belém, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa), onde foram levantadas as suspeitas de febre amarela ou dengue hemorrágica.
A vítima morava em área rural de Parauapebas. Ontem, o Departamento de Epidemiologia da Sespa tinha a informação do caso confirmado e orientou a Secretaria Municipal de Saúde do município a identificar quantas pessoas já foram vacinadas. A recomendação é que a vacinação seja intensificada na área do registro.
O último caso da doença notificado pela Sespa foi em maio, na cidade de Breves. O registro consta do último boletim do Ministério da Saúde, fechado no dia 11 deste mês, sobre 2007 e 2008. Dos 45 casos, o primeiro foi confirmado em dezembro do ano passado e o último, no dia 23 de maio deste ano.
O boletim federal revela casos confirmados em Goiás (22), Mato Grosso do Sul (9), Distrito Federal (6), Mato Grosso (2), Paraná (2), São Paulo (2), Pará (1) e Minas Gerais (1). E, 37 vítimas (82%) não tinham comprovantes de vacina. Outros quatro (7%) tinham o estado vacinal ignorado, dois (4,5%) foram vacinados há mais de dez anos e dois (4,5%) estavam com a data da vacina próxima ao vencimento.
Ainda segundo o boletim, 78% (35) das vítimas eram homens, com idade média de 39 anos. A variação é de 11 a 69 anos. A recomendação do MS é que os municípios onde ocorreram casos da febre amarela silvestre montem estratégias para identificar quem não foi vacinado.
Também é recomendada prioridade na imunização de pessoas a partir dos seis meses de idade, não vacinadas residentes ou que se dirijam para as áreas afetadas. E, ainda, a investigação de mortes de macacos para que se identifique a circulação do vírus.

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