Na FOLHA DE S.PAULO:
A ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu e outros ex-dirigentes de órgãos da aviação acusam a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, de ter pressionado o órgão regulador para beneficiar o comprador da Varig. Os interessados em adquirir a empresa eram clientes do advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula.
Em reportagem publicada ontem no jornal "O Estado de S.Paulo", Abreu acusou a ministra de ter pressionado para que a agência não exigisse documentos que atestassem a origem do capital dos sócios brasileiros da VarigLog. O empresário Marco Antonio Audi, um dos sócios, afirmou ainda que pagou US$ 5 milhões para que Teixeira resolvesse os problemas relacionados à aquisição.
Abreu disse ontem à Folha que a interferência da ministra começou desde que os diretores tomaram posse. Quando a Varig entrou em crise, o primeiro passo dos gestores da companhia foi vender a subsidiária de transporte de cargas, a VarigLog, para a Volo do Brasil, de propriedade dos empresários brasileiros Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel e do fundo de investimentos americano Matlin Patterson. Com o agravamento da crise, a Varig acabou sendo vendida em leilão para a ex-subsidiária.
Segundo Abreu, Dilma convocou os diretores da Anac para que elaborassem um plano de contingência para a quebra da Varig. Ela afirma que a ministra teria definido uma divisão das linhas intercontinentais para a TAM e as da América do Sul para a Gol.
No mesmo período, a agência analisava o caso da transferência de ações da VarigLog para a Volo do Brasil. Diante de denúncias do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) de que os brasileiros poderiam ser "laranjas" do fundo americano, Abreu, relatora do processo, decidiu exigir dados do Imposto de Renda dos sócios e informações sobre a entrada do capital estrangeiro junto ao Banco Central. Em nova reunião, Dilma afirmou que isso não era atribuição da Anac e que era comum entre empresários do país sonegar impostos, disse Abreu.
O ex-diretor da Anac Josef Barat foi o encarregado de avaliar o pedido do Snea. No parecer, Barat disse ter sugerido a remessa dos documentos ao BC e à Receita para que investigassem os compradores.
"Não cabia à Anac investigar, mas deveríamos agir se tivéssemos a comprovação de que o capital não era nacional." A Anac, contudo, nunca teve resposta. Barat confirmou que a agência sofria ingerência do governo. "O que aconteceu foi um exemplo bem didático de como não se deve agir com uma agência reguladora", afirmou.
Antes do leilão, Dilma convocou nova reunião em que disse que a empresa não iria falir e que não era preciso plano de contingência. Na mesma ocasião, disse ter recebido denúncias de que os diretores agiam segundo os interesses das concorrentes, TAM e Gol.
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Um comentário:
Dilma, tal qual seu grande guia pai Lula, nada vê, nada sabe e sempre tudo que lhe é imputado não é verdade.
Pronto. Tudo esclarecido e estamos conversados.
Segue o PACto da senvergonhice.
Quem te víu, hein "guerrilheira"...
antes mentia corajosamente para salvar os companheiros; hoje mente covardemente para salvar a própria pele.
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