No AMAZÔNIA:
A interdição para banho das praias do Caripi, Vila do Conde e Itupanema, todas no município de Barcarena, a 120 quilômetros de Belém, deixou 600 pessoas sem trabalho, ameaçando o sustento de famílias que vivem da venda de comidas e produtos diversos nas praias. 'A praia é o principal trabalho para os moradores do Caripi, Itupanema, Vila do Conde, Sirituba, Cuipiranga, Furo do Arrozal e Guajarina. São garçons, cozinheiros, Dj’s, músicos. Nas últimas semanas foram dispensadas 634 trabalhadores', disse o presidente da Associação dos Barraqueiros da Praia do Caripi, Laércio Alves de Oliveira.
Ontem, as praias estavam vazias. O movimento nas baracas era fraco. Os ambulantes não faturam nem R$ 5,00, após uma manhã inteira de trabalho. As três principais praias de Barcarena foram interditadas no sábado à tarde pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Walmir Ortega, após análise parcial de amostras das águas dos rios Pará e Dendê que estariam contaminadas com metais pesados, além de coliformes fecais e outros resíduos de esgotamento urbano.
A área industrial de Barcarena abriga grandes empresas como Alunorte, Albrás (ambas pertencentes à Vale) e Alubar (empresa de origem argentina, produtora de cabos de alumínio), além do Porto de Vila do Conde, que opera com materiais como alumínio e outros utilizados em indústrias químicas e metalúrgicas da região.
A notícia sobre a possível contaminação afastou os banhitas das praias de Barcarena. Ontem, mesmo com o calor forte e a água aparentando estar limpa e sem contaminação, ninguém se atreveu a tomar banho. Hoje, devem ser colocadas placas indicando a interdição da praia. Ontem, o aviso era feito por dois homens do Corpo de Bombeiros. 'Avisamos todos que se aproximam da água, mas não estamos tendo muito trabalho porque a notícia (da interdição) saiu na televisão', explicou o cabo Carvalho, do 6º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Barcarena.
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