quinta-feira, 5 de junho de 2008

Acidentes na Duque reacendem polêmica sobre faixa

No AMAZÔNIA:

Um acidente envolvendo quatro veículos, ontem à tarde, na Duque de Caxias, reacendeu o debate acerca da chamada 'Faixa Cidadã' - dispositivo instalado ao longo de toda a avenida que dá ao pedestre prioridade para a travessia. A regra está prevista no Código Nacional de Trânsito, mas a sua eficácia, pelo menos nos moldes em que se encontra atualmente, começa a ser questionada por motoristas e pedestres. 'Para mim, deveria haver, junto com a faixa, algum mecanismo que chame a atenção do condutor. Muitas vezes, só o pedestre não é percebido pelos motoristas, o que pode acabar provocando acidentes como o que vimos hoje. Acho que um semáforo de atenção seria uma boa saída', opinou um taxista que trabalha na área.
Um outro taxista, ligado à uma cooperativa que atua na avenida Duque de Caxias, acredita que a melhor saída seja uma intensa campanha educativa, que vise conscientizar pedestres e motoristas acerca do aparato. 'Me parece que agora em alguns pontos serão fixadas placas informando que o pedestre deve não apenas colocar os pés nas também sinalizar com as mãos que está atravessando. Essa é uma boa solução, já que, em Belém, os condutores ainda não estão acostumados a esse tipo de mecanismo', destacou.
A opinião é compartihada pelo estudante Marcelo Henrique Pinheiro, que precisa circular diariamente pela avenida, principal via de acesso para a casa dele. Segundo Marcelo, a maior parte dos motoristas espera que os pedestres cheguem ao outro lado da rua para seguir adiante. No entanto, a maioria dos acidentes acontece antes disso, quando eles precisam frear para o pedestre passar. 'O problema é que os motoristas não conseguem visualizar muito bem quando vem se aproximando alguém, principalmente durante o dia, quando os próprios semáforos de atenção ficam meio apagados. Muitas vezes, o pedestre também fica ‘patinando’ na pista, não sabendo se vai ou volta, o que pode levar a acidentes', avaliou.
Já a costureira Raimunda Vieira, que mora na travessa Barão do Triunfo e quase todos os dias precisa circular pela avenida Duque de Caxias, avalia a instalação das faixas como uma medida positiva e concorda que é necessário um trabalho educativo, a fim de evitar mais acidentes. 'O que precisa mesmo é que os motoristas tenham mais atenção. Ao longo de toda a Duque já existem placas indicando a presença das faixas', explicou.

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