sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ananindeua lidera ranking

No AMAZÔNIA:

Em cada grupo de 100 mil habitantes no Pará, 14,7 estão infectados com aids. Dados do Boletim Epidemiológico Aids/DST 2009, divulgados ontem pelo Ministério da Saúde, mostram que o número de casos de Aids não param de crescer no Estado. No período entre 2002 e 2007, a taxa de incidência (número de casos de aids a cada 100 mil habitantes) aumentou de 9,3 para 14,7. O município de Ananindeua é um dos principais responsáveis pelo avanço da epidemia. Em nenhuma outra cidade do Brasil, com mais de 500 mil habitantes, houve uma evolução tão alta da taxa de incidência. Em dez anos, de 1997 a 2007, o número de casos saltou 380%. No período, esse índice passou de 7,2 para 21 por 100mil.
As capitais do Maranhão e do Piauí aparecem em seguida, com as maiores evoluções da doença. São Luís registrou 272,1% de aumento de casos e Teresina 254,4%. Belém surge em quarto, com crescimento de 230,9%. Na avaliação geral, é a 8ª capital do País com a maior taxa de incidência de aids: 30,7 a cada 100 mil. Quando comparada com todos os municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes, Belém fica na 66ª posição. Porto Alegre é o campeão do País, com o registro de 111,5 infectados a cada grupo de 100 mil.
Duas outras cidades paraenses também aparecem entre os 100 municípios com o maior número de portadores do vírus da aids. Na 54ª posição do ranking, Barcarena responde pelo maior índice paraense: 32 infectados por 100 mil habitantes. Já Redenção, na região sudeste do Estado, aparece no 83º lugar, com taxa de incidência de 28,6. Os números paraenses mostram que a epidemia da aids no Estado caminha em um processo distinto do observado em todo o País.
'Os dados justificam a necessidade de contínuo investimento em ações descentralizadas, respeitando as especificidades de cada local, sem perder o foco de que a epidemia, no Brasil, é concentrada', destaca a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mariângela Simão.

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