sábado, 2 de janeiro de 2010

Laser: a medicina da luz

Na VEJA:

O mundo, do jeito como o conhecemos hoje, seria impossível sem o uso do laser. Esse feixe de luz concentrada é imprescindível na transmissão de dados pela internet e no sistema de telefonia. Quando ouvimos um CD ou assistimos a um DVD, lá está ele, transformando ondas eletromagnéticas em sons e imagens. Graças ao laser, as filas nos supermercados e bancos andam mais rapidamente - os códigos de barras são interpretados por ele. É essa luz, ainda, que dá exatidão milimétrica à mira dos mísseis lançados pelos navios, aviões e tanques de guerra; mantém os trens alinhados sobre os trilhos; permite a medição dos poluentes atmosféricos... "Com suas múltiplas funções, o laser é, sem dúvida, a invenção mais impactante do mundo moderno", diz o físico Nilson Dias Vieira Junior, superintendente do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). Há uma área do conhecimento humano, no entanto, em que a revolução provocada pelo laser, ainda que grandiosa, ocorre de maneira silenciosa, quase imperceptível para a maioria das pessoas. Na medicina, ele corta (com muita precisão e pouco sangue) músculos, pele e ossos. Monitora o crescimento de tumores e os faz evaporar. Substitui medicamentos no tratamento de doenças crônicas, como artrite reumatoide e asma. Estimula a renovação celular e pode ser capaz até de diagnosticar lesões na retina. Dentro da medicina, ainda, há outra área em que o laser é um bálsamo, sobretudo agora, no verão. Na dermatologia, além de remover as manchas de pele e as linhas de expressão, a luz corta literalmente o mal pela raiz, ao danificar os bulbos capilares e impedir o nascimento e o crescimento de pelos indesejáveis. Na temporada de corpos à mostra, não ter de se preocupar com a depilação e exibir as pernas lisinhas o tempo todo é (quase) um milagre.
O primeiro aparelho de laser foi criado em 1960 pelo físico americano Theodore Maiman (1927-2007). Seu objetivo era desenvolver uma fonte de energia para ser usada em experiências de laboratório (veja o quadro). O laser é a única fonte de luz que se propaga de forma organizada, em uma mesma direção, por meio de ondas de comprimento idêntico. Tais características o tornam um emissor de grandes quantidades de energia e de fácil manipulação. Em 1961, por obra da curiosidade de um oftalmologista pelas novas tecnologias, o laser foi usado fora de um laboratório de pesquisa. Charles Campbell (1926-2007), do Instituto de Oftalmologia do Centro Médico Presbiteriano da Columbia, nos Estados Unidos, utilizou-o para eliminar um tumor maligno da retina de um paciente. Desde os anos 50, os médicos empregavam a luz solar para queimar lesões na retina. Com uma lente, eles convergiam os raios de sol diretamente para o olho do doente. Ainda que o laser seja 1 septilhão de vezes mais forte, ele provocava menos efeitos colaterais, como queimaduras. Isso porque, ao contrário da energia solar, é mais controlável e direcionável. As operações de Campbell foram consideradas revolucionárias e, assim, a nova técnica começou a ser testada nos diversos campos médicos. Mas o grande impacto do laser na medicina só viria na década de 90, com a difusão dos aparelhos por pulsos. A emissão passou a ser feita, por exemplo, por meio de microtiros, o que permitiu o uso de potências elevadas em procedimentos delicados ou superficiais. De lá para cá, o laser tornou-se a primeira opção para nada menos do que 50% de todos os procedimentos médicos - o dobro em relação há vinte anos.

Mais aqui.

3 comentários:

Unknown disse...

ola, gostaria de saber onde que posso fazer o tratamento da medicida da luz (laser).

Poster disse...

Larissa,
Desculpa, mas não sei.
Quem sabe é a revista Veja.
Eu apenas reproduzi informação da revista.
Abs.

Cristian disse...

Eu acho que a medicina a laser é o movimento que está vindo e para todos os tipos de tratamento de uma operação apenas pedras nos rins a um clareamento dental é tal que eles estão usando-o no oftalmologia centro, a fim de curar a cataratas.