sábado, 30 de janeiro de 2010

PSDB vê “revanchismo” na destruição de mural

O Diretório Regional do PSDB divulgou nota em que atribui à “falta de escrúpulos”, ao “revanchismo” e ao “desrespeito ao artista paraense, motivados pela cegueira ideológica” a decisão de remover, da área do Ver-o-Peso, um mural de autoria do artista plástico Osmar Pinheiro de Souza Jr., substituindo-o por um grafite do paulistano Eduardo Kobra.
Conforme o blog divulgou com exclusividade, a família de Osmarzinho ingressará com uma ação judicial pedindo reparação pela destruição da obra.
Acima, a nota do PSDB, que os jornais deste domingo – com edições que chegarão às ruas daqui a pouco – deverão publicar.
Clique nela para ler melhor.

Um comentário:

Anônimo disse...

Uma nota de desagravo é, no mínimo, o que o PSDB deveria fazer em relação ao episódio que envolve a demolição do painel do Osmarzinho, tratada nesta postagem.

De fato, é uma barbárie, uma “falta de escrúpulos”, um “revanchismo” enfim, um “desrespeito ao artista paraense”, como diz o PSDB. Verdadeiramente um crime praticado com requinte de crueldade talvez idêntico aquele que, alhures, foi perpetrado contra os 19 “sem terra” mortos em Eldorado dos Carajás (lembram?).

Ora, respeitável público; meus senhores e minhas senhoras. Ainda que “tucano” fosse (provavelmente sim, mas não posso afirmar até porque não conheci o Osmarzinho em vida) o grande artista é, neste momento, vítima, “post mortem” deste mesmo PSDB que hoje o desagrava. Um PSDB ainda ferido pela ascensão do PT ao comando da nação verde-amarela.

Façam isto não, meus caros! Não ponham nem o artista, nem sua obra, no meio deste fogo cruzado, atitude que, imoral como tantas outras, parece fazer parte do manual de procedimentos que, exceções à parte, vocês, os políticos de carteirinha, utilizam no balizamento das suas cegas e desenfreadas luta pelo poder.

Com razão, a família do Osmarzinho, como consta, buscará o desagravo judicial à memória do grande artista, sufocada nesse “mar de lama” que é a disputa político partidária pelo poder, financiada pela usurpação à dignidade do cidadão comum.

A ação da família, contudo, não restará plena se não perpetrada contra os caciques de PT e PSDB.
Sim: Contra o primeiro em face da ação do momento; Contra o segundo em face da ação do passado, qual fora o crime de persuadir o artista a homenagear, sob encomenda, um político que, àquela altura era não mais que aspirante a personagem da história recente do Pará. Um sonho enfim conquistado, não fora pela sua desastrada participação como “maestro” no deplorável espetáculo que resultou na matança dos “sem terra” em Eldorado dos Carajás, mas pelo conjunto de algumas obras que, inegavelmente, produziu como gestor público em benefício da nossa gente, notadamente os mais afortunados na escala sócio-econômica da Terrinha Parauara.